Guimarães Rosa
"Terra para Rose", o melhor documentário
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de outubro de 1987
Emocionante, contundente, político e atual, "Terra para Rose", de Tetê Moraes, foi o grande filme levado ao XX Festival do Cinema de Brasília. Independente dos méritos dos cinco (dos seis) longas em competição, que mereceram premiações, o documentário sobre o drama dos Sem-Terras da fazenda Anoni, no Rio Grande do Sul, se transformou no principal momento político-cinematográfico do Festival de Brasília, que em suas 19 edições anteriores - especialmente nos anos mais duros da ditadura militar - sempre se destacou como um evento de resistência democrática.
Dolceacqua lembrou-se do cinquentenário de Franco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de novembro de 1987
Há pessoas que não morrem. Ficam encantadas, como disse, com tanta felicidade, Guimarães Rosa. Franco Giglio é uma dessas pessoas iluminadas pelo talento que o fez um grande artista. Em suas obras - dos menores óleos e desenhos aos grandes murais que se espalham pela nossa cidade - estará sempre aquele italiano bonachão, simpático, excelente amigo que num frio setembro, há 28 anos, vindo de São Paulo com destino a Porto Alegre, parou por uma noite em Curitiba, encontrou alguns artistas, tomou um honesto pileque e aqui acabou ficando por quase duas décadas.
Caça aos piratas traz melhoria para mercado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de janeiro de 1988
O negócio está em tamanha alta que até mereceu matéria de capa do "Caderno 2" de "O Estado de São Paulo", 09/01/88: a entrada para valer no mercado de vídeo de grandes produtoras-distribuidoras, enquanto outras, menores, capricham em seus lançamentos.
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A voz da música de Carlos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de agosto de 1987
Irineu Garcia foi o pioneiro. Há três décadas, teve a idéia de registrar para a posteridade vozes dos poetas e escritores brasileiros. Assim em modestos 45 rpm, Garcia produziu disquinhos nos quais seus amigos Vinícius de Moraes, Augusto Frederico Schmidt, Paulo Mendes Campos, Manuel Bandeira, Cecília Meirelles e, naturalmente, Carlos Drummond de Andrade, entre outros, venceram a timidez e leram seus versos.
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Cabaré mineiro com poesia de Drummond
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de setembro de 1987
Desde "Perdida", Carlos Alberto Prates Correia, 48 anos, mineiro de Montes Claros, vem realizando um cinema extremamente ligado ao seu Estado. Em 1981, com "Cabaret Mineiro", inspirado livremente num poema de Drummond, conquistou os principais prêmios do 9º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: filme, direção, ator, atriz, atriz coadjuvante (Tamara Taxman), fotografia (Murilo Salles), montagem e trilha sonora (Tavinho Moura). Em 1984, voltaria a conquistar vários prêmios em Gramado com outro filme extremamente mineiro: "Noites do Sertão", baseado desta vez em Guimarães Rosa.
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Memória de Charquetti, o cavaleiro Percival
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de dezembro de 1987
O bar do Jovino não é mais. É hoje uma funerária - que destino funesto para um botequim um tanto selvagem mas gostoso e autêntico naqueles primeiros anos da década de 60, quando repórteres e gráficos de O ESTADO, há poucos metros, na mesma quadra da rua Barão do Rio Branco, ali faziam aperitivos e comiam um reforçado sanduíche de queijo e mortadela - ignorando a (pouca) limpeza que nunca foi o forte do bom Jovino (por onde andarás? Sua última referência era Guaratuba, anos atrás).
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Roberto, o cinema, a literatura e a morte
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de maio de 1987
No coffe shop do Hotel Serra Azul, bastante traqüilo já na madrugada de terça-feira, 28, segundo dia do XV Festival de Gramado, reencontro Roberto Santos e sua esposa. Haviam chegado a tarde de São Paulo mas, embora cansados, fizeram questão de assistir aos filmes em competição - o surpreendente e talentoso "Anjos da Noite" e o cansativo "A Guerra do Brasil". Roberto Santos está feliz e esperançoso: seu "Quincas Borba" programado para a sexta-feira, 1º , último dos filmes em competição, fará dobradinha com outra produção paulista, "Besame Mucho", de seu amigo Francisco Ramalho.
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Uma equipe jovem para tirar poeira do palco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de agosto de 1987
Não se deve fazer comparações, mas a proposta que Marcelo Marchioro desenvolve neste "Do Outro Lado da Paixão", com base nas primeiras informações - e antes mesmo de assistir ao espetáculo (que estreou sexta-feira), lembra aquilo que Antunes Filho tem feito em São Paulo: trabalhar exaustivamente sobre um tema, em torno do qual há uma recriação pessoal. Assim foi feito com "Macunaíma", do texto de Mário de Andrade, Nelson Rodrigues e, mais recentemente, "A Hora e a Vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa.
Polêmica: É Caetano Veloso, fazendo sua estréia no cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de novembro de 1986
Rio de Janeiro
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Despertando talentos com os jovens do Boi Voador
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de março de 1987
Quando um modesto grupo de jovens apaixonados por teatro passou por Curitiba, há seis anos, poucos se ligaram com o trabalho de uma atriz chamada Maria Padilha. Hoje, ela é um dos nomes crescentes na nova geração de estrelas do teatro brasileiro. Antes, o então desconhecido Asdrúbal Trouxe o Trombone, fazendo uma temporada de "O Inspetor Geral" de Gogol - numa demolidora montagem no Teatro do Paiol, foi praticamente ignorado pela imprensa e pelo público. O advogado (e crítico) Eduardo Rocha Virmond foi um dos poucos que, com muita visão soube valorizar o espetáculo.