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Hector Babenco

Solidão em Família (II)

Conflitos familiares não constituem, em absoluto, tema novo no cinema. Ao contrário, uma filmografia a respeito se estenderia por várias páginas e incluiria uma dezena de obras excelentes, cujos realizadores souberam perscrutar corações e mentes do universo familiar - condicionante de grandezas e fraquezas de todos nós, independente de limitações geográficas ou cronológicas.

Besame Mucho ou vamos dançar através do tempo

Gramado, abril. Último dia da 15ª edição do Festival de Cinema. Após a sessão de encerramento, encontro Francisco Ramalho Jr. e o elenco de "Besame Mucho" no bar do Hotel Serrano. Apesar do esforço de cada um, o clima é de frustração. Christiane Torloni, desglamorizada, não esconde algumas lágrimas. Afinal, ela vinha sendo lembrada com insistência como a vitoriosa para o Kikito de melhor atriz.

Uma mostra para conhecer um pouco mais de cinema

Entre 1930/1983, foram realizados 8.287 filmes em dez países da América Latina. Deste total, quantos foram vistos no Brasil? Embora o Brasil ocupe o segundo lugar na produção: com 2.028 filmes, abaixo somente do México (3.953), praticamente ignoramos a produção cinematográfica latino-americana. Aqui, como em todos os países do Continente, a indústria americana sempre impôs as regras do jogo e muito raramente um filme argentino ou chileno apareceu nos circuitos comerciais.

"Vera", a melhor estréia da semana

Duas ou três estréias apresentam-se como opções para quem já assistiu aos (bons) filmes em cartaz e, inteligentemente, prefere ainda a beleza ampla da tela larga do que o vídeo que limita (e prejudica) a projeção de filmes concebidos originalmente para o cinema.

Aos 70 anos, Burt / Douglas são os melhores da semana

As férias chegaram e com elas, definitivamente, a temporada de filmes de censura livre (ou 14 anos, no máximo) para opção das crianças e adolescentes. Portanto, natural que, em termos de interesse artístico a programação fique reduzida a pouquíssimos títulos.

Muito prazer!

Esta notícia de Zózimo Barroso do Amaral, no "Jornal do Brasil" (02/07/1987), merece transcrição. xxx "Uma das historinhas mais em voga atualmente nos meios intelectuais do Rio de Janeiro conta o recente encontro numa solenidade, do ministro da Cultura, Celso Furtado, com Tom Jobim, que não se conheciam. Depois do protocolar "muito prazer", Furtado demonstrou não saber ao certo de quem se tratava e foi socorrido pelo próprio compositor: - "Ministro, eu sou o autor da música "Garota de Ipanema". E Furtado, com o semblante subitamente iluminado:

A cor, o som e a vida em "Mishima"

Há filmes que independente de outros méritos já atingem o espectador por alguns detalhes. Dois exemplos estão em exibição - infelizmente somente até amanhã (salvo decisão de última hora dos programadores) na cidade: "Mishima - Uma Vida em Quatro Capítulos" (Cinema I, 3 sessões) e "Viver e Morrer em Los Angeles" (Condor, 5 sessões).

O som com Glass está em Koyaanisqatsi e Mishima

Se fosse planejado, talvez não desse certo. Mas nas bruscas mudanças de programações a coincidência aconteceu: na mesma semana, a dupla chance de se curtir dois filmes com trilhas sonoras do mais famoso compositor minimalista do momento, o americano Philip Glass, 48 anos, que passou a ser consumido vorazmente no Brasil - ao ponto de já existir cinco elepês com suas obras entre nós.

Quatro estréias para público diferentes

Quatro estréias - variando desde mais um caça-níquel com o halterofilista Arnold Schwarzenegger ("Jogo Bruto", Plaza) até um lançamento nacional up to date, que chegou tão quente, que já está em cartaz desde quarta-feira no Condor: "A Difícl Arte de Amar" (Heartburn), de Mike Nichols - com os dois mais famosos astros do cinema americano da atualidade - Meryl Streep e Jack Nicholson. Tem ainda Bo Derek, num medíocre filme dirigido por seu marido - "Bolero" e uma fraquíssima fita brasileira, "Tensão no Rio", o maior fracasso no festival de cinema de Gramado há dois anos.
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