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Heitor Valente

O som de Raulzinho é só para os paulistas

Quando o adolescente Airto Moreira era baterista no King's Club, na Rua Carlos de Carvalho, há poucos metros, no Luigi's, na Alameda Cabral, quem ali tocava bonito era o trombonista Raul de Souza, que entusiasmado pela música atravessava madrugadas e esquecia de que às 7 horas da manhã deveria estar em forma no quartel da Aeronáutica, no Bacacheri, de cuja banda fazia parte. Entre a boemia e o rigor de músico militar, Raulzinho ficava com a primeira e não foram poucas as detenções que pegou devido suas faltas na caserna.

As muitas artes de Sebastião Tapajós

Poucos artistas brasileiros se identificaram tanto com o Paraná quanto Sebatião Tapajós. Há 10 anos, quando pela primeira vez veia Curitiba, para um concerto no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, ao terminar a apresentação recebeu muitos aplausos mas não reconheceu uma só pessoa. Afinal, era a primeira vez que pisava em Curitiba e sua carreira havia sido desenvolvida mais na Argentina e Alemanha, do que em nosso País. Hoje a noite, a Sala Scabi (Solar do Barão) será pequena para as centenas de pessoas que ali estarão para aplaudi-lo. xxx

Uma montagem com sucessos de Elis

Uma das dificuldades do colecionador neófito, interessado em reunir os discos do artista que admira, está, justamente, na confusão provocada por sucessivas reedições e, principalmente, montagens de faixas extraídas de diferentes discos. De Billie Holiday (1915-1959) a Maysa Monjardim (1936-1977) são centenas as grandes intérpretes que, especialmente após terem morrido, são periodicamente reeditadas não em suas gravações originais, mas na montagem com seus maiores êxitos. Elis Regina (1945-1981) é o exemplo mais recente de artista que tem sua produção fonográfica recondicionada à exaustão.

Zé e Cláudio, a melhor dupla - 85

José Renato (Moshkovich) (Rio de Janeiro, 1956) é um rapaz de sorte. Com a mãe (que até parece irmã, tão jovem é), Marlene, aprendeu as mais belas canções que ela, com sua bela voz, embalava-o em sua primeira infância. Com o pai, um jornalista de muitas histórias e amigos, Simão De Montalverne, hoje numa etílica aposentadoria mas ainda capaz de contar quem foi quem na noite carioca nos anos 40/50, herdou a simpatia, a competência e sobretudo, o entusiasmo pela qualidade musical. O resultado só poderia ser o que deu: um compositor, instrumentista e cantor de mão cheia.

Trocadilho, a nova bossa de Erasmo e Gonzaguinha

Os músicos sempre tiveram um código muito especial de comunicação. Gírias próprias, com termos específicos, intraduzíveis para quem não pertença ao meio. Também o trocadilho é uma arte cultivada por instrumentistas, cantores e compositores. Maurício Einhorn, 52 anos, sem favor o melhor executante de harmônica-de-boca do Brasil - e que no Free Jazz Festival foi o grande destaque, ao fazer longos solos ao lado de Toots Thielemans (o astro internacional da harmônica) e Joe Pass, é tido e havido como o "rei do trocadilho" - fazendo páreo para alguns famosos trocadilhistas paranaenses.

De gente & fatos

Simão de Montalverne (Simão Moschkovitch, 56 anos) marcou época, na imprensa carioca, como cronista da noite. Radicado há muitos anos em Curitiba, orgulha-se, com razão, de ser lembrado agora como "o pai do Zé Renato, 28 anos, violonista, compositor e, sobretudo, excelente cantor, ex-Cantares, ex-Boca Livre, está agora com um novo lp, ao lado de Cláudio Nucci - outro talento maior, que também integrou o Boca Livre na primeira fase. Antecipando o álbum, saiu um compacto simples, com "Pelo Sim, Pelo Não" e "Manágua".

Aldir e Maurício, no melhor disco de 1984

Há quatro anos, Maurício Tapajós (Rio de Janeiro, 27.12.1943), dono já de uma sólida obra com ilustres parceiros - paralelamente a uma das mais lúcidas e corajosas lutas em defesa dos direitos autorais - gravou um elepê como intérprete ("Olha Aí", produção da Sociedade de Artistas e Compositores Independentes Ltda.). No primeiro semestre de 1984, Maurício voltou aos estúdios para fazer um álbum duplo, - desta vez registrando a parceria com Aldir Blanc e realizando aquele que é, em nossa opinião, o melhor disco produzido no Brasil em 1984.

Mulheres em ação

Rosirene Gemael, jornalista, estréia como autora infantil. Transpondo para um livro suave e terno as experiências com seu filho Marcos, 5 anos, escreveu "O Menino Que Não Gostava de Histórias", premiado em concurso de literatura promovido pela Fundação Cultural. A obra será lançada no próximo dia 21, na Feira do Livro. xxx

Memórias destes que já se foram

Mais do que um disco, a saudade: "Memories", montagem coordenada por Ney Padilha Filho/ Mário F. Bastos, pra lançamento via SBT, traz nostálgicos momentos da carreira de três grandes nomes da música americana, todos já falecidos: Louis Armstrong, Bing Crosby e Earl Grant.

No campo de batalha

Verinha Walflor, da Honey Baby Promoções, conseguiu uma boa promoção para a comédia "Quando o Coração Floresce"( amanhã a domingo, auditório Salvador de Ferrante ), de Aleksey Arbuzov. Além de ter um tema agradável e comunicatico, o fato de reunir dos aritistas populares - Eva Wilma e Carlos Zara contribui para garantir o êxito desta montagem dirigida por Paulo Autran. xxx
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