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Herbie Hancock

Grammy, a festança dos desconhecidos

A transmissão, ao vivo, da 29º festa de entrega dos Grammys (madrugada de ontem, diretamente do Shrine Auditorium, Los Angeles), visto pela primeira vez, integralmente, na televisão brasileira, valeu por várias razões. Em primeiro lugar por dar uma atualizada geral em termos da música que se consome hoje nos Estados Unidos, com inúmeros cantores e compositores que, a não ser para uma minoria (jovem) yuppie, bem informada (via publicações especializadas e discos importados), que ainda são desconhecidos no Brasil.

O melhor jazz de Bobby e Watanabe

A aproximação do Free Jazz Festival, em sua segunda edição, no eixo Rio-São Paulo, e a vinda so Brasil de superstars como Dizzy Gillespie, B. B. King e Miles Davis (setembro próximo), que inclui Curitiba em seus roteiros - sem falar na aguardada tourneé de Airo Moreira e Flora Purim (26 de agosto, no Guaíra), faz com que, fonograficamente, também cresçam os lançamentos.

A maravilhosa gaita de Toots

Enquanto o Barclay (ex-Ariola) está reeditando o melhor do jazz dos anos 50, através das excelentes etiquetas Fantasy, Milestone e Prestige, os tesouros jazzisticos da Decca americana ressurgem na básica Jazz Odissey, aqui produzida pela WEA – e que acrescentou, já no final do ano, dois fundamentais álbuns: o concerto da orquestra de Los Brown no Hollywood Palladium, em setembro de 1953 e "Bluesette", com Toots Thielemans.

Gino, o pop que chega do Canadá

Gino Vanelli, apesar do nome, não é italiano. É canadense. E não se trata de nenhum estreante. Já tem mais de dez anos de carreira, sete elepês e com "I Just Wanna Stop" chegou a ganhar um disco de platina nos EUA e uma indicação de melhor vocalista ao Grammy. No Canadá já ganhou por cinco vezes o Juno - correspondente ao Grammy. Fez seu primeiro lp há 12 anos ("Crazy Life") mas só agora está tendo uma maior promoção no Brasil. O que acontece através de "Black Cars" (Polygran), no qual introduz um estilo mais pesado ao seu vocal e a todo instrumental.

Duetos pianísticos ( com o melhor jazz )

Há muito tempo que Chick ( Armando Anthony ) Corea ( Chelsea, Massachussets, 12/6/1941) ultrapassou as limitações do jazz popular. Se iniciou como metade dos anos 60, trabalhando com instrumentistas como Mongo Santamaria, Willie Bobo, Blue Mitchel e Herbie Mann, logo partiria para trabalhos mais avançados - baseados especialmente na experiência adquiridano período em que tocou com Miles Davis ( com quem a gravou os demolidores " In a Silent Way", "Bitche's Brew", Life at the Filmore East " e "Live/ Evil").

O sucesso de Yana

De Los Angeles, especial: Airto Guimorvan Moreira, o catarinense paranaense que conseguiu, em 11 anos de EUA obter o maior sucesso no mercado musical internacional, já está preparando um novo disco, depois que "I'Am Fine. How are You?" (Warner Records), lançado em agosto do ano passado, fez uma boa carreira. Sua esposa, Flora Purim, há 4 anos com lugar seguro na cabeça das listas das melhores cantoras de jazz dos EUA, também terminou um novo disco, feito na mesma Warner, com arranjos especiais de Michel Colombier, o maestro e compositor francês, famoso por sua ópera-rock "Wings".

Garganta-orquestra de Al e da vanguarda ao tradicional.

No decepcionante Rio Monterey Jazz Festival (Maracanazinho, 14/17 de agosto), uma das poucas presenças agradáveis foi do cantor Al Jarreau. Na noite de sexta-feira, no sábado à noite e domingo, nunca "canja" a seu amigo George Duke, junto com Airto Moreira (percussão), Raulzinho (trombone) e Stanley Clarke (baixo), este americano de Milwakee, Wisconsin, 40 anos, mostrou sua impressionante versatilidade vocal. O homem que tem uma orquestra na garganta, como é conhecido. Al Jarreau já havia entusiasmado o público presente no I Festival Internacional do Jazz (São Paulo, agosto/78).
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