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Jean Gabriel Albicoco

Operação França traz missão para renovar cinematografia

A Operação França para fazer com que o melhor da produção não só daquele país mas de outros pontos do mundo em que se faz bom cinema volte a ser vista no Brasil, deslanchada há uma semana no Rio de Janeiro incluiu duas mostras com um total de 40 filmes. Numa delas, retrospectiva, estão sendo exibidos no Rio de Janeiro e São Paulo (Curitiba, como outras capitais, ficará para uma segunda etapa) 16 títulos, entre alguns já distribuídos comercialmente e vários inéditos comercialmente.

Uma ajuda para o cinema brasileiro

A missão francesa que se encontra no Brasil, marcando o lançamento do circuito Belas Artes, não veio apenas oficialmente para reaproximar o cinema francês. Ao contrário, significa mais uma tentativa de Jean Gabriel Albicoco em estimular acordos que possam, realmente, fazerem com que a parceria de realizadores brasileiros e franceses se efetive.

A bendita Operação França vem atualizar os cinéfilos

Para quem nasceu no meio cinematográfico - filho de um dos mais famosos diretores de fotografia dos anos 40, Quinto Albicoco, e que aos 13 anos já fazia seu primeiro curta-metragem inspirado num poema de Rimbaud - participando depois da Nouvelle Vague, com ao menos um filme que os cinéfilos curtiram muito nos anos 60 ("A Garota dos Olhos de Ouro"), com Marie Laforet, Jean Gabriel Albicoco conhece, como ninguém, a cinematografia internacional.

Uma estratégia para privilegiar a inteligência dos espectadores

Acompanhando o cinema internacional há mais de 20 anos a jornalista Susana Schild, do "Jornal do Brasil" - uma das mais respeitadas críticas que comparece anualmente a inúmeros festivais no mundo, a propósito do reaparecimento do cinema francês no Brasil, em texto exclusivo para o catálogo da Belas Artes, lembrou que no início dos anos 60, o lema "Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" aproximou de uma forma inédita realizadores e cinéfilos brasileiros e franceses, identificados pela busca de um cinema autoral, independente das motivações pessoais e do contexto social dos dois países.

Em 91, a Abril trará o melhor do cinema francês

Paralelamente à construção da rede de cinemas que exibirá exclusivamente a produção de altíssimo nível distribuída pela Belas Artes - a nova empresa fundada por Jean Gabriel Albicoco e Jaime Tavares - já foram iniciados também os contatos com a Abril Vídeo, para negociar os direitos da edição em vídeo do melhor destes filmes que já começam a chegar ao Brasil (atualmente os 5 primeiros de um pacote de 25 estão no conjunto Belas Artes / Alvorada, em São Paulo).

Gabi e Jaime fazem cinema francês voltar ao Brasil

Apesar de ter uma das maiores (e melhores) produções cinematográficas do mundo, a França tem sido pouco vista nas telas do Brasil. Desde que a Gaummont encerrou suas atividades entre nós, foram raros os filmes franceses - e mesmo de outros países europeus nos quais aquela poderosa produtora atua - que conseguiram distribuição comercial. Assim, o cineasta e executivo Jean Gabriel Albicoco, 54 anos, que por muito tempo dirigiu a Gaummont no Brasil, decidiu retomar o setor de exibição e distribuição.

Albicoco quer vestir os descamisados do cinema

Rio de Janeiro - "Vamos ajudar a vestir os descamisados cinemas do Brasil". Em seu português com um simpático sotaque português que 20 anos de Brasil ainda não eliminaram - apesar de todo seu amor ao país, aqui se naturalizando e nascendo sua única filha, Vanessa - Jean Gabriel Albicoco, 54 anos, anunciava os amplos projetos de sua nova empreitada cultural: formar um circuito de salas em todo o pais para abrigar não apenas a produção francesa ou européia, "mas de todos os países fora do mercado dos Estados Unidos".

Belas Artes com um pacote de inéditos

O pacote inicial de 25 filmes inéditos que a Belas Artes começa a exibir neste final de ano em São Paulo e que durante o primeiro semestre de 1991 chegará a pelo menos 40 cidades brasileiras já mostra o cuidado com que Jean Gabriel Albicoco teve ao fazer a seleção. São filmes produzidos entre 1986/90, de diferentes gêneros e estilos, alternando tanto realizadores já consagrados, como outros ainda desconhecidos no Brasil - justamente pelo fato de que há pelo menos 5 anos que a cinematografia francesa não tem uma distribuição regular entre nós.

Cinema sem festivais neste ano de imagens desfocadas

E os festivais de cinema, hem? Depois do dia 16 de março, com a extinção da Embrafilme / Fundação Nacional de Cinema e as duras imposições do Plano Brasil Novo - levando também os benefícios da Lei Sarney - ninguém mais sequer se atreve a falar em festival de cinema. Afinal, se há o lado positivo, cultural e mesmo econômico, em eventos destinados a promover, divulgar e (às vezes) estimular negociações de filmes, o custo e o glamour com indispensáveis mordomias que cercam os eventos fazem com que os mesmo sofram, agora mais do que nunca, cortes viscerais.

Os festivais de cinema enfrentam dificuldades

Nas últimas duas semanas Walkiria e Cecília, coordenadoras do IV Rio Cine Festival praticamente só saíam de madrugada do escritório de organização, na Rua Frei Leandro, 35, na Lagoa, com dois telefones ocupadíssimos e atendendo centenas de pessoas para que o evento tivesse um bom astral - a partir de sua instalação ontem, no Rio Othon Palace Hotel. Com exibições paralelas que se espalharão, por uma semana, em várias salas.
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