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Jean Luc Godard

Uma sala para os filmes franceses

O prefeito Jaime Lerner recebeu um comitê encarregado de organizar nacionalmente os festejos comemorativos aos 200 anos da revolução francesa e falou sobre uma de suas paixões: o cinema. Ou melhor, a falta de bons filmes franceses em Curitiba. Se colocou inclusive, a disposição de ajudar para que se programem bons filmes franceses. Afinal, Curitiba é uma das raras cidades do Brasil na qual a Prefeitura concorre ostensivamente com a iniciativa privada e mantém nada menos que quatro salas comerciais.

Nem Cristo tentou mais o espectador

Polêmica não lota mais cinema. Prova disto é que apesar das milhares de centimetragens que a imprensa nacional e regional dedicou para "Última Tentação de Cristo", ameaças de protesto e explosões nos cinemas que o exibiram e as "vigílias religiosas" que as ingênuas freirinhas fizeram na galeria dos Cines Lido I/II - o filme de Martin Scorcese não foi uma atração fatal para os católicos (e não católicos). Estreou no dia 25 de novembro e ao final de uma semana, o Lido l, com seus 550 lugares, apresentava um borderô de 4.208 espectadores, que cairia para 2.650 na semana seguinte.

Sexo já não assusta ninguém

"Salô ou os 12 Dias de Sodoma", que Pier Paolo Pasolini (1922-1975) concluiu em poucas semanas antes de morrer assassinado, finalmente chega às telas brasileiras. Após duas exibições na Mostra Internacional de Cinema, que o crítico Leon Cakoff organiza em São Paulo, foi adquirido pelo grupo Fama Filmes e teve sua estréia nacional em Curitiba. O filme mais escatalógico e chocante da história do cinema - em que pese em sua visão a crítica de seu autor - foi exibido por um mês (Cines São João / Bristol) e não provocou qualquer protesto.

Os premiados do FestRio

Entre a correria do V FestRio (17 a 26 de novembro), durante um almoço reunindo o coordenador da área de televisão e vídeo, Hamilton Costa Pinto; o assessor de imprensa João Luiz Albuquerque e o TV-man Solano Ribeiro, presidente do júri de vídeo neste ano, nasceu a idéia de, na edição de 1989, fazer o setor de vídeo/tv adquirir uma dimensão ainda maior. Grande, já é!

IV FestRio decolou; um Boeing de imagens visuais está no ar

"Freedom Cry", novo filme de Sir Richard ("Ghandi") Athenborough, que tem por tema os conflitos raciais na África do Sul, não pode vir para a abertura, hors concours do IV Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro (Sala Glauber Rocha, Hotel Nacional), mas a substituição foi à altura: "Au Revoir Les Enfants", o emotivo filme que marca o retorno de Louis Malle a França após 11 anos de EUA - e que recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, há apenas dois meses.

Formigas de Werner, desprezo de Polanski e o sexo de Jean

A Globo e a Pole Vídeo estão apostando na inteligência do público. Só isto para justificar a edição de títulos tão atraentes quanto arriscados em termos de repercussão junto aos tradicionais consumidores, que nas locadoras querem apenas os sucessos de bilheteria. Depois de lançar "O Estado de Coisas", filme em preto e branco, inédito no circuito comercial, realização de Wim Wenders, a Globo traz um inédito de Werner Herzog, outro dos mais importantes cineastas alemães: "Onde Sonham as Formigas Verdes", rodado há 5 anos, na Austrália.

Chato, pretencioso, mas é inteligente!

Uma das mais (fáceis) observações que se pode fazer a respeito de "O Cinema Falado" é de que se o mesmo fosse reduzido para uma média metragem, de 30 a 40 minutos, seria uma obra-prima, capaz de merecer prêmios em qualquer festival com júri de bom senso. Há seqüências belíssimas. Produção irrepreensível (fotografia de Pedro Farkas, montagem de Mair Tavares). Entretanto o filme é longo. E se há momentos deliciosos - visual ou mesmo auditivamente - há seqüências que se tornam insuportáveis a quem não seja tiete de Caetano.

Stallone, a mesma fórmula de sempre

Menahem Golan e seu primo, Yoram Globus, são os novos Midas do cinema. De modestos produtores de filmes de terceira categoria, fizeram a Connan se transformar numa grande produtora, hoje buscando prestígio com diretores famosos e bilhões de dólares. No ano passado, a presença da dupla Golan/Yoram em Cannes foi tão grande que a imprensa chamou de "Connan Festival".

Uma "Carmen" curitibana

Carlos Triencheiras se entusiasma com o personagem de Maria Bueno, uma mulher bonita, independente e alegre, que desafiando tabus e preconceitos sexuais, tinha posições liberais na provinciana Curitiba do final do século XIX e que morreu, tragicamente, assassinada por um militar. No entendimento do coreógrafo português - que vem dando ao Ballet Guaíra uma projeção internacional - a personagem de Maria Bueno tem a força de uma Carmen, lembrando a morena e sensual cigana que Prosper Merimée (Paris, 1803 - Cannes, 1870) criou no seu romance, publicado em 1845.
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