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João Aracheski

Filmes das alemãs sobre as mulheres

Mais uma vez, o "culto" público de Curitiba deu um recibo de que realmente não sabe prestigiar os grandes filmes - e que só vai mesmo ao cinema quando há atrações (sic) que ultrapassam a área artística e ficam no modismo. Assim, "Cotton Club", de Francis Ford Coppola, esplêndida superprodução sobre a época do jazz, sofisticado, com uma trilha sonora excelente, ótimo elenco, saiu de cartaz - com renda tão pequena que João Aracheski nem pensa em reprogramá-lo em outra sala.

Máfia com humor, comédias, SF e documentários da RDA

Uma semana de boas perspectivas. Afora uma mostra de filmes da República Democrática da Alemanha - quebrando assim um pouco a presença quase que exclusiva dos cineastas da RFA - temos uma das mais aguardadas estréias do ano: "A Honra do Poderoso Prizzi", de John Huston, que teve oito indicações ao Oscar mas que, afinal, na noite de 24 de março último, ficou apenas com o troféu de melhor atriz coadjuvante - para Angélica Huston, filha do diretor John e atual amante de Jack Nicholson - astro deste filme (e que também concorreu ao Oscar).

Comédias e reprises em época de férias

Julho começa com a reprise do clássico da nostalgia - Casablanca, de Michael Curtiz, produção de 1942, e que há quase 50 anos resiste ao tempo como exemplo melhor do cinema romântico. Seu relançamento, em cópia nova, no cine Itália, faz parte do esforço de João Aracheski, executivo da Fama Filmes, em transformar aquela sala numa espécie de "Paissandu Nostalgia" local, a exemplo do que ocorre no Rio de Janeiro. Depois de Casablanca, serão reprisados Roma, 1972, de Fellini - um dos menos conhecidos filmes do mestre italiano - e Quanto mais Quente melhor, 1959, de Billy Wilder.

Entre as estréias, a emoção de A História Oficial

Emoção. Eis o sentimento primeiro que provoca a visão de "A História Oficial", para nós, até o momento, o melhor lançamento em 1986 - e em exibição desde quinta-feira no Palace-Itália. Na pré-estréia, na noite de segunda-feira, convidados especiais se emocionaram com este filme que recebeu 26 premiações em 13 festivais internacionais realizados em 1985 - e acabou, mais do que merecidamente, obtendo o Oscar-86, como o melhor filme-estrangeiro.

Curitibano prefere agora a arte do que o erotismo

Quem tem medo da pornografia - em especial do cinema pornográfico - não precisa se assustar: em termos econômicos a exploração do sexo explícito está começando a deixar de ser um bom negócio. Como aconteceu nos Estados Unidos e Europa, em décadas passadas, os filmes pornográficos vêm caindo de público cada vez mais - e mais de cem produções deste gênero exibidas em meia dúzia de cinemas de Curitiba durante 1985 não chegaram a representar nem 30% do faturamento das empresas.

De gente & fatos

Neiva Braska Negrão é o exemplo da mulher-coragem. Dinâmica, criativa, não teme desafios e está sempre em novas empreitadas. Reassumindo a direção do Ballet Dan'Jô, fundado pela filha, Josemar, Neiva montou um belo espetáculo comemorativo aos 10 anos de existência da academia. Com o título de "Festival Dan'Jô", terá a participação de nada menos que 270 alunas, em coreografias desenvolvidas a partir de músicas brasileiras. As apresentações acontecerão dias 26 e 27, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto.

Afinal, chegam os filmes do FestRio (Os do ano passado!)

Curiosa coincidência: enquanto no Rio de Janeiro acontece o II Festival Internacional de Cinema, Vídeo e Televisão (ao qual estaremos dando cobertura na próxima semana), finalmente chegam às tela de Curitiba ao menos dois dos filmes mais interessantes ali exibidos há um ano: "1984", de Michael Radford (cine Itália, a partir do dia 28) e o extraordinário "Koyaanisqatsi", de Godfrey Reggio (cine Astor, também a partir da dia 28).

Indiana, Piaf, Jânio e Lady Hawk, as reprises

"Indiana Jones e o Templo da Perdição", de Steven Spielberg, o maior sucesso de bilheteria do ano passado, retorna ao Condor, para alegria dos fãs de filmes de aventura. Uma espécie de antecipação da próxima temporada natalina, com superespetáculo como "De Volta ao Futuro", com estréia nacional a 25 de dezembro, mas que já no próximo dia 4 de dezembro terá pré-estréia patrocinada pela Provopar, em benefício de obras sociais.

Koyaanisqatsi, uma obra prima visual

O título é complicadíssimo, quase impronunciável: KOYAANISQATSI. Tão difícil que a Gaumont, ao comprar os direitos de sua distribuição no Brasil, decidiu usar um subtítulo: A VIDA EM DESEQUILÍBRIO. Mas se o título é complicado, o filme não o é. Ao contrário: são duas horas de delirante beleza visual, nenhum diálogo, apenas uma trilha sonora magnífica de Philip Glass e as Imagens mais delirantes já vistas num filme. Exibido na 8ª Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, no ano passado, foi o filme predileto pelo público. Depois teve algumas sessões paralelas ao I FestRio.
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