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João Batista de Andrade

No campo de batalha

Uma semana de homens de opiniões, radicais mesmo em suas posições. Que começa com a palestra de J. Ramos Tinhorão sobre Choro, hoje no SESC-Portão. Na Livraria Curitiba (Rua Presidente Faria, 175), no dia 28, ao entardecer, o mais radical dos defensores da negritude no Brasil, Abdias do Nascimento, autografa o seu novo livro: "O Negro Revoltado" (Nova Fronteira). xxx

Uma mostra para conhecer um pouco mais de cinema

Entre 1930/1983, foram realizados 8.287 filmes em dez países da América Latina. Deste total, quantos foram vistos no Brasil? Embora o Brasil ocupe o segundo lugar na produção: com 2.028 filmes, abaixo somente do México (3.953), praticamente ignoramos a produção cinematográfica latino-americana. Aqui, como em todos os países do Continente, a indústria americana sempre impôs as regras do jogo e muito raramente um filme argentino ou chileno apareceu nos circuitos comerciais.

Haja tempo para tantos programas

Como se não bastasse a excelente e diversificada programação da I Mostra do Cinema Latino Americano do Paraná (cine Lido I, e auditório da Biblioteca Pública, a partir de domingo), há ainda atrações especiais no circuito comercial - sem falar na Cinemateca. É aquela velha história: há meses de indigência cinematográfica e, de repente, uma torrente de opções - tornando impossível ao cinéfilo acompanhar toda a programação. Claro que a primeira fica para a Mostra Latino-Americana: são longas, curtas e médias inéditos - alguns dificilmente terão relançamento.

O nosso cinema vigoroso, atuante sempre presente entre os melhores

Os espectadores (e mesmo críticos e pesquisadores) mais xenófobos sonham com o dia em que a página dos Melhores do Cinema possa ser elaborada somente com filmes brasileiros. Afinal, apesar de todos os problemas que existem há 90 anos para quem tenta fazer cinema no Brasil, a nossa produção cresce em quantidade e qualidade.

"Fazenda Fortaleza", o grande projeto do cinema paranaense

Se o ministro Celso Furtado, da Cultura, tiver o mínimo interesse em conhecer um bom projeto na área do cinema que poderá ser realizado no Paraná em 1988, o secretário René Dotti poderá lhe expor, com facilidade, um exemplar trabalho que vem sendo desenvolvido pela mais promissora cineasta paranaense: "O Drama da Fazenda Fortaleza", de Berenice Mendes.

Muitos eventos e pouca competição

Professor de cinema da Universidade de Brasília e cineasta calejado em festivais, Pedro Jorge de Castro, 45 anos - e que apesar de ser o seu longa de estréia "Tigipió - Uma Questão de Amor e Honra", premiado com o troféu Pierre Kast no II FestRio, ainda não conseguiu lançamento deste belo filme - ao assumir a direção técnica do II Festival de Fortaleza do Cinema Brasileiro, decidiu modificar as regras do jogo. Assim a mostra principal de longa-metragem em 35mm, caracterizar-se-á como um "festival de seleção", ou seja, não competitivo. Explica Pedro Jorge:

Cinema & realidade (II): os anos de chumbo de Tenório

Caricaturado há 33 anos por Paulo Wanderley no filme "Carnaval em Caxias", no qual o personagem Honório Boamorte (José Lewgoy) era claramente inspirado em sua figura carismática - sempre em elegantes ternos, capa preta escondendo sua metralhadora, a fiel "Lurdinha" -Tenório ressurge agora, numa interpretação perfeita de José Wilker, que ao lado de Marieta Severo (como sua esposa, Valquíria Lomba Cavalcanti), também mereceu premiação de melhor atriz em Gramado pela sua magnífica atuação. xxx

A melhor safra do cinema brasileiro vai a Gramado

Fernanda Torres em 1986 com "Eu Sei Que Vou Te Amar": melhor atriz em Cannes. A paraibana Marcelia Cartaxo, também em 1986, em Berlim: melhor atriz por "A Hora Da Estrela". Ana Beatriz Nogueira em Berlim, 1987, melhor atriz por "Vera". As atrizes brasileiras jovens estão em alta. Desconhecidas ontem, famosas hoje, internacionais amanhã. E não apenas por quinze minutos, como dizia há anos, com ironia, o recém-falecido Andy Warhol.

Um prêmio para Bolinha no concurso de roteiros

Com poucos filmes inéditos (a maioria já foi levada a outros festivais e mesmo exibidos nos circuitos normais, como o superado "Céu Aberto", (de João Batista de Andrade), o Rio-Cine-Festival, que inicia oficialmente amanhã no Rio de Janeiro, só tem um ponto de ligação com os realizadores paranaenses: a premiação do roteiro inédito de "Impasse Social ou nem Marx, nem Odair José" de Altenir Silva (o Bolinha).
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