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João Donato

E o Donato bossanovista voltou com muita paixão

Em apenas cinco meses de explícita paixão por Leila Svartsnaider. João Donato (de Oliveira Neto, Rio Branco, Acre, 17/8/1934) lhe dedicou nada menos que 50 músicas. E fez mais: afastado de gravações há 10 anos, entusiasmou-se tanto que fez um disco ao vivo, resgistrado durante sua temporada no People, de 18 a 21 de junho. O resultado é que "Leilíadas" (Elektra/Musician, novembro/86) se inclui, ao lado de "Muito à Vontade" e "A Bossa Moderna" (que gravou em 1962, na Philips, num rápido retorno dos Estados Unidos) na categoria de discos antológicos.

Yana, a outra Purim, que também venceu nos States

Era janeiro de 1978. Hospedado num pequeno hotel em Westwood, um bairro de Los Angeles, próximo da Ucla University, telefono para Airto e ele avisa-me que Flora passaria para apanhar-me. Não deixava de ser emocionante rever Airto, amigo de Curitiba, e conhecer sua residência em Beverly Hills, próximo a tantas mansões de gente famosa da música e cinema (atualmente ele mora em Santa Mônica). Flora eu conhecia rapidamente, da única vez que passou por Curitiba, em 1964, quando divulgava seu primeiro elepê, feito na RCA - de uma fase inicial, que não gosta nem de lembrar.

Cida e Leila, a palavra trabalhada

O som & (ou) a palavra? Uma questão que não se pensaria há alguns anos mas que hoje, numa linha evolutiva musical, passa a ser questionada cada vez mais por quem se propõe a trazer algum trabalho mais consistente, numa briga que ultrapasse o mercado consumista, imediato, e deseje uma permanência dentro de um panorama sonoro cada vez mais mutante.

Geléia Geral

Houve o título mas faltou o texto na matéria de domingo sobre o disco do saxofonista Sadao Watanabe (Tochigi, Japão, 1°/2/1933): "Charlie's Mood" (WEA), gravado ao vivo no Bravas Clube, em Tóquio, há um ano exatamente (13/7/85) é, sem favor, o melhor disco de jazz editado até agora, neste ano, no Brasil. Sadao, saxofonista de intensa criatividade e muita suavidade em seu sopro, está se tornando cada vez mais admirado no Brasil.

O balanço bem Brasil de jorge Ben

Se não tivesse outros méritos, Jorge Ben (Jorge Duíllio Lima Meneses, RJ, 22/3/1942) já mereceria atenção por uma qualidade especial: o incrível balanço de suas composições e interpretações. Há 25 anos na MPB, colecionando sucessos e desenvolvendo uma linha musical que o faz justamente pelo seu suingue um artista de imensa popularidade no Exterior, Jorge Ben consegue dar um balanço, uma comunicação, uma empatia as músicas que interpreta.

Música

Está ainda à espera de um ensaio acadêmico a figura do produtor fonográfico. De Aloysio de Oliveira a Mazola, um estudo que faça justiça aos homens que são responsáveis, na maioria das vezes, pelos acertos (e desacertos) de um artista e de um disco. Há produtores como Hermínio Bello de Carvalho que praticamente reinventaram a criação fonográfica com trabalhos históricos. Outros que deram a artistas populares uma dimensão excelente, fazendo valorizarem-se a cada disco. Exemplo disto é Rildo Hora (Recife, 20/04/1939), compositor, executante de harmônica-de-boca e sobretudo excelente produtor.

Não tão novos, mas ainda bons baianos

É interessante observar a evolução dos compositores e intérpretes de nossa MPB. Artistas que começaram há dez, quinze ou vinte anos - e que ao longo desse período, com maior ou menor regularidade, foram galgando novos espaços, buscando um público específico - foram se adaptando às regras do mercado. Por exemplo: o grupo que começou no Teatro Vila Rica em Salvador, em 1968, com o espetáculo "Desembarque dos bichos depois do dilúvio".

Mendes, a boa Vanguarda.

Um rápido registro de um disco que mereceria todo um ensaio. Mas aqui vai ao menos a dica: " Irmã" de Carlos Mendes ( Odeon, abril 1984 ) é um dos mais interessantes lançamento deste ano. Um disco para pensar e refletir, com uma carga de vanguarda séria e criativa tão ampla quanto foi a do ( ainda ) imcompreendida "Araça Azul" ( 1973 ). Aliás, não é sem razão que tanto Caetano ( "Velhicidade" ) como Gilberto Gil ( " Pratitude " ) participam das faixas de aberturas dos dois lados deste disco Gil como perceiro, Caetano como interprete apenas.

O romantismo certo nas vozes do Quarteto em Cy

O fato de ser um cantor romântico e sentimental é sempre lembrado como atenuante para o comercialismo de Roberto Carlos, cujo último lp (CBS, novembro/81) saiu com 1.600.000 cópias vendidas antecipadamente. Realmente, o Rei é um intérprete que sabe, astutamente, aproveitas os aspectos mais cor-de-rosa açucarados do dia-a-dia, da classe média, para encantar corações femininos. Ser romântico não é crime. Ao contrário, numa época de tanta crise, encontros & desempregos dos seres humanos, é importante falar do amor, do carinho, da presença amiga.
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