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Joaquim Pedro de Andrade

Comédias e reprises em época de férias

Julho começa com a reprise do clássico da nostalgia - Casablanca, de Michael Curtiz, produção de 1942, e que há quase 50 anos resiste ao tempo como exemplo melhor do cinema romântico. Seu relançamento, em cópia nova, no cine Itália, faz parte do esforço de João Aracheski, executivo da Fama Filmes, em transformar aquela sala numa espécie de "Paissandu Nostalgia" local, a exemplo do que ocorre no Rio de Janeiro. Depois de Casablanca, serão reprisados Roma, 1972, de Fellini - um dos menos conhecidos filmes do mestre italiano - e Quanto mais Quente melhor, 1959, de Billy Wilder.

Passoline e Antonione estarão na Cinemateca

Apesar de estar adotando o sistema de reprises de filmes de sucesso - devido a dificuldades de conseguir lançamentos - o bom Francisco Alves dos Santos continua a segurar a peteca na programação das salas da Fundação Cultural. Assim, enquanto "A Rosa Púrpura do Cairo" de Woody Allen está agora no cine Luz, o Ritz relançou aquele que foi, para nós, um dos melhores filmes do ano passado: "Procura-se Susan Desesperadamente", de Susan Seidelman, com a cantriz Madonna (excelente atuação), Susan Baquette e Aidan Quenn. Um filme de revisão obrigatória.

O mercado de vídeo e o guia de Rubens

Durante o I Festival Internacional do Cinema, TV e Vídeo (Rio, novembro/85), Ronald Suplicy, presidente do Vídeo - Clube do Brasil, foi um dos poucos empresários do setor a participar da mesa-redonda que debatia o palpitante - e ainda pouco conhecido - mercado de vídeo em nosso país. Em Gramado, na última semana de março, Suplicy estabeleceu vários contatos com produtores e cineastas, e, ao deixar o XIII Festival do Cinema Brasileiro, havia ampliado o catálogo de sua empresa com mais de cinco filmes, todos realizados pelo Centro de Produção e Comunicação, de Tizuka Iamazaki: "J.S.

No campo de batalha

Um poderoso executivo da área bancária, homem sem papas na língua e que, como tantos, se confessa assustado com o risco do deputado Paulo Salim Maluf vir a ser presidente do Brasil, recortou as fotos que o irreverente Tarso de Castro publicou em sua coluna de terça-feira, 24, na "Folha de São Paulo". Aproveitando a foto que "Veja" divulgou esta semana - mostrando uma pose atlética de Maluf - o brincalhão Tarso a comparou a duas outras fotos, nas quais aparecem também em exercícios atléticos, Mussolini e Hitler.

Clima de tranquilidade num festival sem vedetismos

BRASÍLIA - , de Tizuka Yamazaki (em exibição no Cine Glória I, em Curitiba) fez com que o Cine Brasília - onde estão sendo projetados os filmes concorrentes do XVI Festival de Brasília do Cinema Nacional - tivesse uma superlotação na noite de terça-feira a tal ponto que cineastas, convidados e membros do júri, sem lugares à sua disposição, se retirassem. Cremilda Medina, ex-editora de arte e cultura do jornal (foi substituída há duas semanas por Eduardo Martins), e hoje repórter especial do jornal, ameaçava sair do corpo de jurados.

Heide & suas teses

Heidede Emily Liede, há 3 anos em Toronto (onde seu marido, Helmud, ali dirige o Goethe Institut) continua a manter o mesmo dinamismo cultural. Se em Curitiba, onde o casal Liede residiu por oito anos, aqui implantando o ativíssimo Instituto Cultural Brasileiro/Germânico, Liede fez o curso de Letras na Universidade Federal do Paraná, na cidade canadense na qual vive desde 1980, Heidede passou a frequentar o Departamento de Espanhol e Português da University of Toronto, dirigido pelos professores Mario Valdés e Ricardo Sternberg. xxx

Nossa Dama premiada no VI Festival de Bogotá

Apesar das notícias na imprensa brasileira, as premiações que "A Dama do Cine Shangai", de Guilherme de Almeida Prado, obteve há duas semanas no VI Festival de Cine de Bogotá - melhor filme, música (Hermelino Nader), fotografia (José Roberto Eliezer) e direção de arte (Chico Andrade) não passaram à dimensão desta mostra competitiva.

Cinema

A semana cinematográfica começa a melhorar com opções a todos os gostos. Para quem admira os romances de Agatha Christie, a mais fertil das romancistas policiais inglesas, << O Mistério de agatha >> (Vitória) especula sobre o que teria ocorrido com a escritora em fins de 1926, quando, por razões sentimentais, desapareceu por algumas semanas. O roteiro é de Katheleen Tynan e Arthur Hopcraft e Agatha sempre conservou em mistério este período de sua vida. Nem em sua << Autobiografia >> (edição da Nova Fronteira no Brasil) revelou.

Itala troca Brecht por Oswald Andrade

Entre o brasileiro Oswald de Andrade (1890-1954) e o alemão Bertolt Brecht (1898-1956), a gaúcha Itala Nandi, 38 anos, ficou com o autor de << O Rei da Vela >> . Explicando: no final do ano passado, a bela e consciente atriz havia se definido pela peça << Santa Joana dos Matadouros >> , que Brech escreveu há 50 anos e nunca foi encenada no Brasil. Convidou o ex-marido e companheiro de grupo Oficina, Fernando Peixoto, para revistar a tradução e fazer a direção e acertou a estréia nacional para agosto, no Teatro Guaíra.
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