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John Ford

Os "oscarizáveis" de 1990 e o vento que o tempo não leva

Dois dos cinco filmes que na noite de 25 de março estarão concorrendo ao Oscar já podem serem vistos pelos curitibanos: desde a semana passada, "Sociedade dos Poetas Mortos", de Peter Weir, está em exibição no Cine Bristol e, com boa bilheteria, deve permanecer no mínimo mais duas semanas. Além de concorrer ao Oscar de melhor filme - disputa ainda como melhor ator (Robin Willians), roteiro original (Tom Schulman) e direção. Já "Campo dos Sonhos" (Cine Plaza, desde ontem), concorre como melhor filme, roteiro captado [adaptado] (Phil Alden Robinson) e trilha sonora (James Norner).

Depois de coçar Sarney, Zé volta com Dario Fó

José Maria Santos é, em termos paranaenses, aquilo que o veteraníssimo Paulo Autran sempre diz, desde que a fala entrou em "Liberdade, Liberdade" (1964). - Sou e serei sempre um homem de teatro! Pois o nosso bom Zé Maria, 55 anos, 35 de teatro, lapiando apaixonado, também há muito tempo vive de sua arte no palco. Só lamenta que não haja condições para montagens mais audaciosas, melhores recursos de produção e uma política cultural da qual, corajosamente, sempre soube ser um leal oposicionista. Sem querer ser nostálgico, José Maria fala, de cadeira, da decadência de nosso teatro.

O pacote com os clássicos da fase de ouro da Warner

Sem dúvida o empresário Henrique Sverner, presidente da organização Breno Rossi, é mais do que um comerciante bem sucedido. Pertencente a uma família de artistas (sua irmã, a pianista Clara Sverner, é uma de nossas grandes recitalistas, com vários elepês já gravados), Henrique vem há anos possibilitando que gravadoras de grande acervo, como a CBS, Polygram e EMI/Odeon (entre outras) façam edições de coleções classe "A", que normalmente não chegariam as lojas do Brasil.

"Piratas" de Polanski é a única estréia da semana

Em setembro do ano passado, quando veio ao Brasil para caitituar a estréia de "Busca Frenética" (Frenezy), Roman Polanski evitou falar sobre o filme que havia realizado anteriormente: "Piratas". Cada vez que lhe perguntavam a respeito, o realizador de "Chinatown", um homem extremamente inteligente e bem humorado, buscava escapar de qualquer comentário mais longo e fazia com que o interlocutor buscasse outra questão - preferencialmente ligada à "Busca Frenética", objetivo de sua vinda ao Brasil.

O charme e o bom humor de Roman Polanski

Rio de Janeiro - Inteligência, bom humor, charme. Três adjetivações para Roman Polanski, transmitidas nesta sua quinta vinda ao Brasil, para promover a estréia de "Busca Frenética" (lançamento nacional nesta quinta-feira em Curitiba, Cine Bristol) - que já rendeu 60 milhões de dólares - o suficiente para compensar o prejuízo que teve com "Os Piratas", realizado em 1986 e que fracassou tanto nas bilheterias - lá fora e aqui - que até agora só foi lançado no Brasil no eixo Rio-São Paulo (e em vídeo, mas também com pouca procura).

Marty abriu as portas de um cinema realista

A festa de entrega dos Oscars em 1955 foi extremamente romântica. Afinal, quatro dos cinco indicados traziam histórias de amor. O favorito era a superprodução de Buddy Adler, na Fox, "Suplício de Uma Saudade" (Love Is A Many Splendored Thing), direção de Leo McCarey, sobre a trágica paixão entre um jornalista americano, Mark Elliot (Willian Holden) e a médica eurasiana Han Suyn (Jennifer Jones) vivendo numa Hong Kong que ganhou o seu maior comercial turístico, ao som da enternecedora música de Sammy Cahn e Francis Paul Webster, até hoje embalando romances.

No campo de batalha

O governador Álvaro Dias havia convidado a professora e socióloga Maria de Lourdes Montenegro para assumir a chefia da Coordenadoria de Proteção ao Consumidor, cargo símbolo da DAS-5, da Secretaria da Justiça. Embora Maria de Lourdes, há alguns anos, tenha sido a pioneira na luta em defesa do consumidor, liderando o boicote aos açougues que exploravam a freguesia, não quis o cargo. Afinal, há muito que ela - como milhões de brasileiros - se decepcionou de ser "Fiscal do Sarney". xxx

A dor da velhice com as imagens da música

Poucas vezes o cinema tratou com tanta profundidade, sinceridade e emoção um tema difícil, incômodo mas verdadeiro - a velhice como fez Fabio Carpi em "Quarteto Basileus" (cine Luz, até amanhã). A partir da morte de um violinista, Oscar - logo na primeira seqüência, "Quarteto Basileus" é um painel profundamente humano do crepúsculo dos três sobreviventes, músicos virtuoses que, por 30 anos, dedicaram-se a sua arte, desprendendo-se de uma vida familiar, de uma realização afetiva e, sentindo, de repente, a chegada do peso da idade, a proximidade da morte e o vazio da existência.

Uma grande estréia e última chance para ver "O Grito"

Com o Brasil partindo para as quartas-de-final - dependendo do resultado do jogo de ontem, com a França (impossível de prever, quando editávamos esta página), é natural que a programação cinematográfica continue precária - já que é preferível manter os filmes que ainda dão alguma resposta em termos de bilheteria ao invés de fazer chutes fora do gol - isto é, queimar filmes que podem faturar mais a partir de agosto - já que o mês de julho será reservado para as fitas de censura livre, aproveitando as férias.
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