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Jovem Guarda

Criança é o alvo no tiroteio do consumo

O alvo é a criança. Não pode existir melhor consumidor - que mesmo sem renda própria influi poderosamente nas compras. Não há especialista em marketing que negue esta realidade. Exemplos não faltam. Xuxa, uma simples modelo, conseguiu se tornar a "cantora" (sic) de maior vendagem (quase 3 milhões de exemplares do segundo lp, Sigla/Som Livre) da história da fonografia brasileira - apenas um dos segmentos que vem explorando graças ao carisma que passa aos "baixinhos".

Geléia Geral

Quando convocou o cineasta de vanguarda, Derek Jarman, para fazer o videoclip promocional do elepê gravado em 1986 - "The Queen is Dead", o grupo inglês The Smiths ganhou notoriedade promocional. Embora o grupo tivesse nascido em 1982, do encontro de Johnny Marr com o vocalista Morrissey - e ao qual se acrescentaram o baixista Andy Rourke e o baterista Mike Joyce, muitos shows na Inglaterra e EUA, foi preciso um título agressivo no elepê, provocando a família real inglesa, para ganhar maior popularidade.

Geléia Geral

Há dois anos, Luís Caldas foi a sensação do Carnaval baiano. Com o "Deboche" emplacou vendas impressionantes e comprovou o olhar clínico do produtor Roberto Sant'Anna que o lançou. Hoje, já consagrado, o irrequieto baiano vem com seu terceiro lp ("Lá vem o guarda", Polygram) no mesmo esquema dos anteriores: alegria, reggae, descontração - e até a participação especial de Luiz Gonzaga em Amaxonas . Numa faixa, só instrumental, "Classicaxé", Caldas mostra suas habilidades de violonista. O disco vai vender muito, sem dúvida. Só na Bahia já compensa todo o investimento feito pela Polygram.

Pena Branca e Xavantinho, o canto gostoso da terra

Faltam apenas 13 anos e cinco meses para chegarmos ao Ano 2000 e não se pode mais exigir que a música rural conserve-se como era há 50 anos, quando o pioneiro Cornélio Pires (1884-1958) teve a idéia de fazer, de forma alternativa (afinal, Mr. Evans, da RCA, não acreditava no gênero), as primeiras gravações com intérpretes sertanejos. Há anos, no Festival da Record, Rita Lee e os Mutantes, no auge da criatividade, abriam "2001", justamente imitando um trio sertanejo. Hoje o buraco é mais embaixo!

Geléia Geral

Moacir Machado é um dos mais experientes record-men da indústria fonográfica. Depois de ser o poderoso diretor artístico da Odeon durante anos passou pela Continental, estruturou a Pointer e, há 4 meses está formando uma nova etiqueta - a 3M, associada a RCA e com vários selos. Assim, com sua experiência do mercado, Machado procurou formar um elenco diversificado, capaz de apresentar bons resultados comerciais evitando o que aconteceu na Pointer, que apesar de milhões investidos por José Maurício Machline - filho do dono da Sharp, acabou sendo desativada devido aos prejuízos acumulados.

Moraes, o som mestiço para as três Américas

É verão. É fevereiro. O sol brilha mais do que nunca no Nordeste e portanto a época é da música quente desta rapaziada que faz uma música que mistura origens afro com outras tendências. Um exemplo desta geléia geral é o novo disco de Morais Moreira ("Mestiço É Isso", CBS), que em seu lançamento, há mais de um mês, na Praça Castro Alves, em Salvador, reuniu mais de 50 mil pessoas.

A viagem musical de Erasmo Carlos

Ao contrário de seu fiel amigo e parceiro Roberto Carlos, Erasmo Carlos (Erasmo Esteves, RJ, 5/6/1941) - o "Tremendão" da Jovem Guarda dificilmente conhecerá a glória de vender um milhão de cópias. Seu público é reduzido, embora ele se mantenha no mercado, satisfatoriamente, há tanto tempo quanto o "Rei". Enquanto o novo disco de Roberto Carlos (CBS, dezembro/86), já passou das 1.500.000 cópias vendidas, o elepê anual de Erasmo Carlos ("Abra Seus Olhos", Polydor/Polygram, novembro/86) ainda engatinha em vendas - mas teve boa acolhida.

Geléia Geral

A má vontade e mesmo o desrespeito com que uma parte da crítica tratou a participação do guitarrista e compositor Larry Carlton, no Free Jazz Festival - etapa paulista, vem demonstrar como também entre os ditos apreciadores de jazz, existem preconceitos e posições maniqueístas. Acusado de ter mostrado um som pausterizado e repetitivo, Larry Eugene Carlton (Torrance, Califórnia, 2 de março de 1948) nos parece, entretanto, um dos mais melódicos artistas contemporâneos.

Outro Barnabé. Agora a vez do mano Paulo

Há anos que Paulo Barnabé, guitarrista, vem acompanhando seu irmão, Arrigo. Agora, quando o irreverente e criativo compositor londrinense já obtém a consagração como autor-maldito e firma-se como ator - depois de "Nem Tudo é Verdade", de Rogério Sganzerla (no qual interpreta Orson Welles) e o recém-concluído filme de Chico Botelho - o mano Paulo também decidiu fazer um vôo solo. Associando-se a dois amigos - o guitarrista André Fonseca e o baterista James Muller, Paulo Barnabé gravou no final do ano passado um lp independente ("Patife Band"), com apenas seis faixas.

Tim Maia, o canto gordo e com vigor

Uma personalidade ( o termo é esse mesmo) da MPB que ainda não foi devidamente entendido - embora, finalmente, alguns críticos comecem a valoriza-lo é Tim Maia, Gordo, briguento, místico, sua carreira tem sido das mais atrapalhadas. Fez parte da pré -Jovem Guarda , amigo de Roberto e Erasmo Carlos; viveu nos Estados Unidos, de onde saiu devido a problemas com drogas. Com "Primavera "(Casiano), foi a grande revelação do mivimento Soul no início dos anos 70 e chegou a fazer alguns Lps pela-Polygram.
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