Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Lúcia Murat

Lúcia Murat

No campo de batalha

1) Apesar de um público reduzido, os encontros dos realizadores de filmes em competição nas manhãs, no hotel Carlton, têm sido produtivos em suas exposições. Mas dois dos realizadores de longas não compareceram: Octávio Bezerra ("Uma Avenida Chamada Brasil") encontra-se em Londres montando um novo documentário (sobre as queimadas no Brasil, produção para TV-BBC) e Lui Farias ("Lili, A Estrela do Crime"), desinteressado dos destinos deste filme e que teve problemas com a produção, preferiu ficar no Rio, ajudando seu irmão, Mauro Farias, na pré-produção de "O Inútil". xxx

Brasil, tortura e mulheres em duas visões de cineastas

Não é apenas um espaço cronológico (1964-1968-1972) que separa "1º de Abril - Brasil" (cine Ritz, 5 sessões) e "Que bom te ver viva" (em competição, dia 24, representando o Brasil no FestRio-Fortaleza; lançamento dia 7, cine Ritz), ambos realizados por mulheres e que abordam a ditadura militar. Cineastas estreantes no longa metragem, Maria Letícia ("1º de abril") e Lúcia Murat ("Que bom...") fazem apreciações diferentes de um período trágico da vida brasileira - no primeiro com uma tentativa de humor; o segundo com a sinceridade/seriedade mais pungente já colocada nas telas.

17 países mostram o que há de novo para o cinema

Como na maioria dos festivais de chamada classe A - isto é, os que tem apenas filmes inéditos, recém-produzidos, em competição - de princípio, há ainda pouca informação sobre os longas e curtas que estarão disputando as premiações. Há muitos filmes de realizadores jovens ou vindo de países cuja cinematografia ainda são desconhecidas entre nós. Pouco a pouco, porém, com a projeção dos filmes e a grande cobertura que recebem se descobrem novos talentos e também, naturalmente, as frustrações, muitas vezes de nomes até conhecidos.

Flashes do Festival

Pelo menos um curitibano terá um vídeo exibido, hor concours, no dia 29: é Henry Gervaisseau, 35 anos, filho de Violeta e Pierre Gervaissseau, que nasceu na capital paranaense - mas que só veio conhecer no ano passado, em setembro - pois seus pais, em 1955, retornaram a França, quando ele tinha menos de um ano de idade. Seu vídeo - "Homenagem ao Dom" focaliza Dom Helder Câmara, arcebispo de Olinda em 1964, quando seus pais foram perseguidos pelo exército, após o golpe que levou seu tio, Miguel Arraes, então governador de Pernambuco, Recife, a prisão.

No campo de batalha

Nos pioneiros tempos da televisão do Paraná em que os programas ao vivo eram transmitidos de uma kitchnette do 12º andar do Edifício Tijucas, uma cantora de formação lírica mas que agradava com música folclórica, tornava-se popular perante os poucos curitibanos que possuíam aparelhos de televisão: Rita Eliana. xxx

Festival de Gramado levará filmes para nove capitais

Uma novidade absoluta em termos de marketing festivalesco: pela primeira vez no Brasil (e talvez até no mundo) os filmes inéditos que concorrem numa mostra serão vistos, simultaneamente, em sessões comerciais em nove outros Estados. A novidade acontece no 17º Festival de Gramado (11 a 17 de junho), com a apresentação dos seis longas que ali disputam os Kikitos, também em salas do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Florianópolis, Salvador, Belém e Curitiba (Lido II, 320 lugares). xxx

Reflexões bem humoradas e dramáticas do Brasil 1964

Gramado - Duas maneiras de (re)ver o golpe militar e os anos duros da revolução. Com humor e ironia, como fez a estreante Maria Letícia em "1º de Abril, Brasil" - ou com o rigor documental, como fez a jornalista e cineasta Lúcia Murat, em "Que Bom te Ver Viva" - que será mostrado hors concours, na sexta-feira e que ontem teve uma exibição especial para a imprensa.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br