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Lamartine Babo

O modificado som do Carnaval brasileiro

Há mais de quinze anos que os registros musicais do Carnaval são melancólicos. A lamúria é sempre a mesma: só se canta as marchinhas e (alguns) sambas do passado, especialmente dos grandes mestres – como Lamartine Babo e João de Barro.

Há 30 anos, 500 marchas e sambas faziam o Carnaval

Observando - se algumas músicas do Carnaval de 1962, nota-se que aquele ano refletia as grandes temáticas que sempre marcaram a criação popular. Assim havia marchinhas satirizando fatos políticos, filmes - "O Belo Antonio" (J. Mascarenhas/ Moacir Vieira e Luis Januzzi) - aproveitando o sucesso do filme de Mauro Bolognini, a moda ("Garota Saint-Tropez", João de Barro e Jota Júnior) ou a liberação feminina, mas vista ainda preconceituosamente: "Andorinha" (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), até hoje cantada nos salões em seu refrão: Mulher casada/ que anda sozinha

As Cantoras de Rádio, esbanjando juventude, talento e brasilidade

Gravadora com um marketing definido de vendas - preferindo colocar seus produtos em supermercados e lojas de departamentos, a preços mais acessíveis - a Companhia Industrial de Discos tem um catálogo diversificado e popular. Há mais de 30 anos que a família Zuckerman fez da CID uma fábrica que além de ter sua própria produção também prensa em suas instalações discos para várias etiquetas.

Os sambas-de-enredo que poucos sabem cantar em nosso Carnaval

Com humor, criatividade e amor que tem pela cidade, Hélio Leites, 40 anos, há quase dois meses já comunicava ao Sr. Nelson Santos, presidente da comissão executiva do Carnaval de Curitiba, que, pela segunda vez, a mais alternativa das agremiações momescas de Curitiba - a Ex-cola de Samba "Unidos do Botão" (com "ex" mesmo) sairia uma semana antes do Carnaval para um minimalista desfile pela Boca Maldita, apresentando seu samba-de-enredo e os sete mini-carros confeccionados por seus 21 integrantes.

O talento plural de uma internacional Gal Costa

Após uma inesperada (para o público) entrada via platéia de sete entusiastas crioulos do "Raízes do Pelô" com esfuziante percussão, são quinze minutos de emoção: o violão de um dos grandes virtuoses da nova geração, Marco Pereira, emoldura a voz carinhosa e suave, daquela que é hoje, em seu estilo, a melhor cantora brasileira: Gal Costa.

Ademilde, 70 anos, com a maior agilidade vocal

Uma das fórmulas para apresentar intérpretes variados da velha guarda em trabalhos de reedição não deixa de ser aquela forma de "os grande sucessos...". A Moto Discos não foge à regra, e assim, em seu catalogo, dispõe de vários títulos agrupando ao total mais de 400 artistas, de diferentes estilos e gêneros, mas que sempre tornam-se importantes ser reapreciados pelos mais velhos - e revelados a uma nova geração disposta a perceber a beleza de nossa música do passado.

Raphael e Dino ao violão, o melhor LP instrumental de 91

Quando criou há pouco mais de um ano a Caju Musik, o alemão "Cariocarizado" Peter Klan, ex-Ariola, decidiu que produziria os melhores discos instrumentais brasileiros. Record-man de sensibilidade tanto artística como em sua visão empresarial, Klan vem cumprindo o que se propôs. O catálogo da Caju, embora ainda reduzido, contém algumas das melhores produções instrumentais dos últimos anos - incluindo reedições de discos que haviam passado desapercebidos quando de seu lançamento em pequenas tiragens.

Todo o Carnaval graças a coragem da Revivendo

Aquilo que o grande pesquisador Edigar de Alencar fez num livro referencialmente indispensável, "O Carnaval Carioca Através de sua História" (*), Leon Barg começa a realizar sonoramente a história do Carnaval numa coleção de CDs "sem data nem números para terminar, que permita Deus possa ter continuidade", garante em seu entusiasmo.

Inédito de Ary Barroso gravado pela Revivendo

Além de 22 históricos fonogramas, com registros que vão desde os Hinos à Bandeira Nacional (1906) e o "Hino Nacional Brasileiro" (1822), até "Isso é Brasil" (1947, José Maria de Abreu / Luiz Peixoto), a arqueologia ufanista promovida por Leon Barg incluiu uma faixa inédita. Trata-se de "Onde o Sol Doira as Espigas" (1944), samba de Ary Barroso (1903-1964), que só foi cantado no rádio duas vezes pelo cantor Moraes Neto em 1944. Hoje aos 73 anos, residindo em Curitiba desde 1989, Moraes Neto contou a Leon Barg sobre esta música inédita do grande Ary, que sofreu a censura na época.
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