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Luiz Eça

Discos do Ano

A imagem que ficou de Laercio de Freitas foi de autor de "Capim Gordura", uma bem sucedida (comercialmente falando) apropriação de um tema rural, que numa produção de Helcio Milito, em compacto, há 10 anos escalou as paradas de sucesso. Mas Laércio de Freitas, paulista de Campinas, 39 anos, é um instrumentista dos mais competentes, produtor de jingles e esplêndido compositor, como mostra em "Ao nosso amigo Esme/São Paulo no Balanço do Choro"(Estúdio Eldorado, 1980).

MPB

Sinceramente, não entendia-mos porque Rildo (Alexandre Barreto da) Hora, pernambucano, 41 anos, não gravava um segundo elepe. Responsável por um dos melhores discos de 1971 (cremos), onde mostrava sua bela voz, seu talento de violonista e, especialmente executante de harmônica de boca, além de compositor, Rildo vinha dedicando-se apenas a produção, aliás um dos mais disputados responsáveis fonográficos da RCA, onde se encontra há anos. Antonio Carlos e Jocafi, Maria Creusa, Martinho da Vila e mesmo João Bosco tiveram em Rildo o produtor que os auxiliou a fazer muitos sucessos.

Joyce & Ivan, as boas atrações prometidas

Duas ótimas opções musicais nos próximos dias, tanto no Paiol, como no Guaíra: Joyce e Ivan Lins. Representativos em seus estilos, cada um buscando uma faixa do mercado, estarao em temporadas rápidas, mostrando composiçoes próprias, de várias fases. Joyce, no Paiol, de 16 a 18 de maio (sexta-feira a domingo), e Ivan Lins, somente 17 e 18, com ingressos de Cr$ 100,00 a Cr$ 300,00. Já no Paiol, a seguir, de 25 a 27 de maio, outra atração musical: a Banda de pau e Corda, formada em 1972, em Refice, e que teve seu quinto elepe, << Pelas Ruas de Recife >> , recentemente lançada pela RCA.

Cantores/Compositores (II)

Se um esquema comercial funciona, o negócio é explorado ao máximo. Essa filosofia capitalista se aplica, é claro, na indústria fonográfica, antes de tudo um comércio como qualquer outro. Se choro vende, vamos gravar choro! Se sambão jóia funciona, vamos dar sambão jóia ao público! E sambão vem saindo, com diferentes intérpretes, dos melhores aos piores, de gente original e criativa a pobres imitadores. Se um grande nome deixa uma gravadora, os técnicos de marketing buscam, imediatamente, um substituto - de preferência com a voz e estilo bem parecido - capaz de confundir o público.

Lançamentos

Walter Queiroz, como todo bom baiano, é boa gente, bom papo, usa bigode e tem barba. Está com 30 anos, 26 de Salvador, 4 do Rio de Janeiro. Compositor, poeta, intérprete, publicitário e ainda carrega um diploma de advogado tirado na Faculdade de Direito da Bahia.

Vocalistas

Há mais de 10 anos que muita gente boa, em termos de emebe, já insistia: Bebeto (Adalberto José de Souza Castilho), não só devia continuar a gravar com seus companheiros do Tamba Trio (Luiz e Helcio Milito), mas também fazer um elepe como solista. Executando flauta e baixo como poucos músicos no mundo, dono de uma voz deliciosamente renovadora.

O Tamba & Os Cariocas

Quando o Tamba Trio surgiu, a vida musical brasileira vivia um momento iluminado: João Gilberto, Sérgio Ricardo, Carlinhos Lyra, Sylvia Telles, entre outros, já tinham gravado seus primeiros elepês, produzidos por Aloysio de Oliveira, os grupos instrumentais eram cada vez mais prestigiados e se vivia uma fase de euforia. Respirava-se criatividade por todos os poros. Era, enfim, um tempo (muito) feliz.

Instrumental

Bons ventos sopram sobre a música instrumental brasileira a julgar pelos novos lançamentos feitos por compreensíveis razões comerciais, entrando também nas vocalizações, os elepês do Tamba Trio, João Donato e Edson Frederico são basicamente "discos de músicos" em que sente-se uma presença firme de instrumentistas - no caso pianistas, de sólida formação - seja erudita, como no caso de Luizinho Eça, seja prática, mas intensamente criativa, como a do acrense João Donato.

História da BN em 3 lps

Dezesseis anos após sua eclosão - o 78 rpm da Odeon, em que o baiano João Gilberto cantava "Chega de Saudade" (gravado em 1958, no lp "Canção do Amor Demais" por Elizeth Cardoso), a Bossa Nova é revisitada num álbum de três elepês, mais um bem diagramado e ilustrado folheto, tudo sobre a produção segura do admirável Aloysio de Oliveira, que se não foi o pai-da-criança BN, foi ao menos quem a ensinou a caminhar sobre as rodas - isto é sobre os discos.

Cesar Costa Filho, o samba que diz muito

"Em silêncio não significa calado. "De Silêncio em Silêncio" pode significar uma porção de coisas. Até mesmo isso: de silêncio em silêncio. Mas, talvez o silêncio seja o solo da canção..." (Jésus Rocha) Em "Só Isto" (faixa 6/lado A) do lp De Silêncio em Silêncio" RCA Victor, 103.0146, setembro/76) cada estrofe é separada por alguns segundos de silêncio, o que confere maior dramaticidade a letra de [Jésus] Rocha, que a certa altura, numa espécie de autobiografia diz: Meu nome lembra Jesus Cristo O passaporte, o sonho aflito Cruzei a solidão e o braços
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