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Lupiscínio Rodrigues

O canto dos Pampas (V) - O som de Porto Alegre e a bossa de Leonardo

Um gaúcho de adoção e um gaúcho exilado foram responsáveis por duas das mais interessantes produções independentes lançadas já há muitos meses mas que, dentro da permanência que os discos alternativos obtêm, merecem ser registrados.

Festival de Gramado (I) - Poucos filmes mostram a crise de nosso cinema

GRAMADO - Março - o 13º Festival de Cinema de Brasileiro, que se realiza nesta cidade, com encerramento amanhã à noite, quando será projetado Hors Concours "Cabra Marcado para Morrer", o grande premiado no FestRio, em novembro/84, é bem um reflexo da crise do cinema brasileiro. Se no festival do ano passado haviam sido inscritos 24 longas-metragens, dos quais foram selecionados dez, este ano a Comissão de Seleção teve que escolher os seis filmes concorrentes aos "Kikitos", entre apenas 8 filmes que chegaram.

Alverecer Nativista (IX)

Consequência direta do revigoramento nativista dos últimos anos, duas revistas especializadas nas raízes da cultura gaúcha vêm circulando. A primeira é a Nativismo fundada por Jorge Lopes e Francisco Souza, com sede em Santa Maria, e que, mesmo sem a periodicidade desejada, já teve seis números lançados. A segunda é a "Tarca", editada por Atanagildo Brandot, Milton Berwian e Juliane Mentz, de Porto Alegre. Ambas têm a cultura regional como tema, enfocando, de forma criativa e comunicativa, os diversos aspectos da música, dança, teatro, literatura etc.

Artigo em 25.11.1984

A literatura israelense é pouco difundida no Brasil, apesar da força cultural da colônia israelita. Por isto, merece destaque o lançamento de "O Amante" (The Lover) que A.B. Yeochua (Jerusalém,1936) escreveu em 1977 e que tem recebido elogios internacionais. Esta obra, agora publicada pela Summus Editorial, é ambientada em Israel, após a Guerra do Yom Kippur, quando o amante de uma mulher desaparece, dando a impressão de que seriam resolvidas as perturbações de um casamento. Uma ilusão: a ausência só serve para ampliar sua influência e o marido empreende a procura do amante.

Gaúchos

O Rio Grande do Sul já conseguiu entrar no mapa da música popular brasileira. Sem contar os grandes valores do passado - o eterno Lupiscínio Rodrigues (1914-1974), o imenso Radamés Gnatalli - magnífico aos 76 anos de vida e música, ou o ainda esquecido Tulio de Piva, ou mesmo deixando de lado os talentos dos anos 60 - como a hoje superstar Elis Regina, o fato é que os gaúchos podem se orgulhar de seus filhos.

A Semana Musical

Lançado em 1977, "Comigo é Assim", terceiro lp de Emílio Santiago na Phonogram, mostrou o excelente vocalista num repertório de músicas inéditas. E a temporada que encerra hoje, ao lado de Leny Andrade (em breve, com seu novo disco, pela RCA Victor), dentro do Projeto Pixinguinha (Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, 18h30min) permite aplaudir ao vivo este cantor, revelado em 71 - e hoje entre os nossos grandes interpretes.

Lúcio Rangel dá nome para estimular a MPB

Uma das melhores iniciativas da Funarte, através de sua Consultoria de Projetos Especiais, foi reestruturada para melhor: o concurso de monografias iniciado em 1977, tendo por tema Pixinguinha (e vencido pelo jornalista Sérgio Cabral, que está nos vídeos da cidade, fazendo o comercial da Rádio Brasil FM, que só executa MPB), passou agora a ter o nome de "Projeto Lúcio Rangel de Monografias", em homenagem ao pioneiro do jornalismo crítico musical brasileiro, falecido há poucos meses.

Mulatas e Alke, sem preconceitos

É hora de retirar os (falsos) preconceitos elitistas e cair na gandaia. Ou seja, apreciar dois espetáculos de raízes populares, comerciais, << assumidos >> em sua simplicidade, sujeitos a chuvas e trovoadas, mas brasileiríssimos. No grande auditório do Guaíra, somente hoje, às 21h30min, << Gandaia 80 >> , título infeliz para um espetáculo repleto de plumas, cores e animação - e que tem não só as 22 esculturais >> mulatas que não estão no mapa >> , mas, especialmente, a presença de uma das mais belas vozes deste país: Jamelão.

A nova Cláudia

Pessoalmente bem diferente da imagem de cafonice que algumas músicas e parte da imprensa lhe deram, a cantora Cláudia Barroso mostrou, no último fim-de-semana, em Curitiba, que tem condições de revelar outra face como vocalista - a de boa intérprete de nosso melhor cancioneiro. Em shows de clubes (Curitibano, Operário do Ahú) e no restaurante Mouraria, Cláudia chegou a entusiasmar com um popurri dos melhores sambas de Lupiscínio Rodrigues e Ataulpho Alves. No final, descontraída, lamentava "não poder gravar isso que eu gosto de cantar". xxx
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