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Manuel Bandeira

Afinal, o resgate da poesia de Pena Filho

"Então, pintei de azul os meus sapatos por não poder de azul pintar as ruas, depois, vesti meus gestos insensatos e colori as minas mãos e as tuas" xxx Esta poesia correu no Brasil há mais de 20 anos, tornando famoso um poeta pernambucano, falecido em plena juventude - Carlos Pena Filho (1931-1960), deixando uma obra importante - embora dispersa - e algumas históricas parcerias musicais, como a belíssima "A Mesma Rosa Amarela", que seu amigo, Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa) musicou em 1964.

Nossos Clássicos voltam com Vinícius de Morais

A Editora Agir é uma antiga casa publicadora, com um respeitável catálogo. Entretanto, nos últimos anos, não tem tido a presença que merece no competitivo mercado editorial. Por isto, uma boa notícia foi a que Carlos Menezes, book-review d"O Globo" trouxe na semana passado: a coleção "Nossos Clássicos", que a Agir editou entre 1952/1970, voltará a ser ativada. "Nossos Clássicos" chegou até o volume 107, coordenado no setor brasileiro por Alceu Amoroso Lima e, no português, por Jorge de Sena.

Cantoras brasileiras

Uma das maiores injustiças que se poderia cometer contra uma artista brasileira foi a que fez o ministro Jair Soares, da Previdência Social, ao denunciar com o maior estardalhaço, a falsificação da documentação que trouxe aposentadoria a cantora Carmen costa (Carmelina Madriaga), fluminense de Trajano de Morais, 60 anos completados dia 5 de janeiro último, pelo menos 43 de vida artística. Se a documentação pela qual se habilitou a uma mais do que justificada aposentadoria, apresentou falhas, a culpa foi do despachante a quem Carmen, com sua santa ingenuidade, confiou esta responsabilidade.

Sambistas

A programação de marketing das grandes gravadoras já estabeleceu cronogramas fixos para a disputa do mercado em determinadas faixas. E na área das sambistas os campos estão definidos: a Odeon ataca com Clara Nunes, que de elepe para elepe vem vendendo cada vez mais, a RCA tem Beth Carvalho (ex-Tapecar) para dividir o orçamento dos fãs e a Phonogram vem tendo na ascendente Alcione uma candidata forte a garantir excelentes vendas.

Compositores

Impossível negar: os baianos não são apenas talentosos, mas organizados. E solidários. Só isso para explicar a permanente e múltipla presença de compositores e intérpretes baianos no cenário nacional. Em várias levas, os baianos estão sempre chegando ao Sul maravilha, onde, em tempo reduzido, conseguem fazer seus discos. Mais quatro lps de baianos, na praça, todos trabalhos bastantes pessoais e sinceros. Discutíveis, talvez, os resultados, não se pode duvidar da essência.

Conservatória, a cidade com noites de serestas

Poetas, Seresteiros, namorados, correi! Há noites de luar em um paraíso para quem conserva o romantismo em seus corações. Chama-se Conservatória, é um distrito do município de Valença (a cidade natal da violonista Maria Rosa Canellas, 45 anos, que adotou o nome artístico de "Rosinha de Valença", distante 150 km do Rio de Janeiro. Tem pouco mais de 4 mil habitantes, um casario colonial espalhado por apenas três ruas mas ali vive a alma da Seresta brasileira.

Irreverência e afinamento nas vozes desta "Garganta"

Quando apareceu no MPB Shell 81, com seus integrantes em malhas pretas, dançando e cantando numa performance inusitada (mas renovadora para aquele pálido festival), o coral da Cultura Inglesa era o antípoda da instituição que representava: irreverentes, divertidos e com um humor brasileiríssimo na música que ali defenderam ("Cobras e Lagartos", Nestor de Holanda Cavalcanti/Hamilton Vaz Pereira).

Olivia e Vania, duas excelentes cantoras

Uma das dificuldades no levantamento anual que se faz em termos de música é apontar as revelações de cada período. Afinal, se houve uma projeção de um determinado artista - cantor, compositor, instrumentista, grupo - não significa que ele tenha aparecido exatamente naquele ano, mas, sim, já vinha trilhando há anos os caminhos artísticos, não sendo, portanto estreante. Apenas é que a tirania da mídia de comunicação não os permitiu aparecer antes.

MAPA, 3ª edição (que não falte alpiste...)

Só o fato de se ouvir um chorinho do melhor nível como "Arrepiado", de Celso Pires, 26 anos, ou uma proposta realmente inteligente de letra-caleidoscópica, como "Receita", de Marinho/ Paulo Vítola, já faz com que se saúde, entusiasticamente, o Terceiro Movimento, do MAPA, idealizado em princípios de 1975 por Paulo Vítola e que hoje, com serenidade e inteligência, tem continuidade graças a Mário Gallera, 27 anos, compositor e violonista dos melhores.

A grande enciclopédia brasileira

O escritor Francisco de Assis Barbosa, editor da Enciclopédia Mirador, contava, quinta-feira, no coquetel de apresentação da notável obra, que só agora, após cinco anos de full-time para realizar este projeto em que foram investidos US$ 12 milhões e empregados 1.300 colaboradores e 150 redatores fixos, poderá voltar a escrever os seus livros. Com 18 obras publicadas e 32 prefácios "para livros de amigos", Assis Barbosa tem planejados três novos trabalhos: um deles sobre D.
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