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Marília Medalha

Vinícius sem Lágrimas

Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva. De repente não tinha pai. (Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta e cidadão) *** A notícia chegou também pelo telefone. Do amigo Jorge, depois reiterado pelo interurbano do poeta e irmão Hermínio Carvalho. Desta vez, infelizmente, não era apenas um boato. O poeta Vinícius de Moraes morreu.

A missa de Vinícius

Quando Carmem Costa, 60 anos, vestida de branco e com sua voz personalíssima, cantou << Eu Sei Que Vou Te Amar >> , e deixando o altar aproximou-se dos fiéis que lotavam a Igreja da Ordem, na noite de terça-feira, 15, não houve quem não se emocionasse. Ao encerramento da missa de 7.º dia pela alma do poeta Vinícius de Moraes, as palavras do padre Gustavo Pereira, o roteiro entremeando trechos de poemas de Vinícius e a liturgia - preparado pelo << expert >> em assuntos religiosos, Raphael Greca de Macedo, e as músicas interpretadas por Carmem.

No campo de batalha

Uma efeméride que deveria ser festiva mas que se torna melancólica: a maioridade do Teatro do Paiol. Inaugurado há exatamente 18 anos, com o show "Encontro" reunindo Vinícius de Moraes (que, então, veio pela primeira vez a Curitiba), Toquinho, Marília Medalha e o Trio Mocotó, o Paiol teve grandes momentos e enfrentou muitas crises. Em 1989 - apesar da simpatia com que Jaime Lerner sempre o viu (afinal foi sua melhor obra na área cultural durante a primeira gestão) - praticamente não funcionou. Agora está fechado, desde stembro, para reformas.

Os <<Cameratos>>

JOEL NASCIMENTO (Rio de Janeiro, 1937), bandolinísta, considerado pela crítica como o legítimo sucessor de Jacob Bittencourt, eleito pela revista << Playboy >> , em 1978 e 1979, como o maior instrumentista de cordas do País, começou estudando piano, passou para o acordeon, retorno ao piano, deixou-o pelo cavaquinho e, finalmente, em 1969, passou a estudar bandolim. Cinco anos depois (1974) já participava do acompanhamento de duas músicas gravadas por João Nogueira: << Braço de Boneca >> (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro) e << De Rosas e Coisas Amigas >> (Ivor Lancellotti).

A volta de Marília

Quase seis anos após ter inaugurado o teatro do Paiol, a 27 de dezembro de 71, junto com Vinicius de Moraes, Toquinho e o Trio Mocotó, a cantora Marilia Medalha volta a Curitiba. Junto com o compositor Zé Ketti (José Flores de Jesus, 56 anos), Marilia Chega hoje à tarde, para, a partir de amanhã, fazer a última temporada do Projeto Pixinguinha.

A cantora do coração & o poeta do povo

Quando na segunda vez que entra no palco, dando (seqüência( ao show musical com o qual se encerra o Projeto Pixinguinha - edição 77, Marília Medalha leva o público a vários minutos de aplausos após cantar "Ponteio", de Edu Lobo/Capinam, por ela defendida no Festival de MPB da Record, há 10 anos.

As bolachas da RGE

A RGE, a fabrica paulista que já teve períodos áureos e hoje luta para voltar a brilhar no mercado fonográfico, está colocando na praça um punhado de compactos, de diversos gêneros, para todos os gostos. De princípio registramos, apesar do atraso com que os discos nos chegam às mãos, os seus compactos com seis músicas que apesar de toda a boa vontade acabaram passando despercebidos: a veterana Carmélia Alves, 48 anos, que nos anos 40 foi uma espécie de "Princesa do Baião" e fez sucesso com "Cabeça Inchada" e "Trepa no Coqueiro", ataca com "Feliz Carnaval" (Nelson Sampaio).

Toquinho e Vinicius e as férias baianas de Gil/Gal/Caetano.

O lp de Vinicius & Toquinho na Phonogram há muito vinha sendo aguardado. Contratado em 1968 pela RGE, de São Paulo, Toquinho levou para aquela gravadora o seu amigo e parceiro Vinicius de Moraes, fazendo uma série de lps alegres, felizes, descompromissados - com a participação de outros artistas (Marilia Medalha, Maria Creuza, Ciro Monteiro) e influindo, diretamente, nos lps individuais de Maria Medalha e Maria Creusa.

Música popular - O bom samba dos mestres Ismael e Elton Medeiros (e uma grata revelação)

Duas das mais agradáveis surpresas do final de 1973 foram os lançamentos dos discos de Elton Medeiros e Ismael Silva dois dos mais representativos de nossos sambistas e que há muito mereciam gravar novos lps, eles que há tantos anos - Ismael há quase 50, Elton no mínimo há 15 - tanta contribuição vem dando à nossa legítima MPB, com criações inspiradíssimas e que tem sido cantadas em todo o País.
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