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Marcelo Marchioro

O filho enjeitado de nossa memória

Idealizado e fundado por Maurício Quadrio, um dos mais admiráveis pesquisadores e produtores culturais do Brasil, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro - instalado na administração de Carlos Lacerda, surgiu numa época em que mais do que nunca era grave a perda da memória da música, cinema e fotografia no Brasil. Quadrio idealizou o primeiro MIS no Brasil mas não chegou a permanecer em sua direção por muito tempo.

Uma diretoria que pode ser extinta

Uma boa sugestão levada ao secretário René Dotti, da Cultura, e que se tiver sua boa vontade poderá fazer com que o governador Álvaro Dias enxuge a administração da Fundação Teatro Guaíra sem causar maiores traumas: a eliminação do cargo de Diretor de Programação e Artes. Vago desde o dia 1 de janeiro, quando a jornalista Lúcia Camargo, que ali se encontrava desde abril de 1987, tomou posse como Secretária Municipal de Cultura, o cargo pode ser suprido, perfeitamente, por uma ágil assessoria, diretamente subordinada ao diretor superintendente.

Nenúfar, uma aposta no mistério

Após uma pesquisa de seis anos, incluindo uma viagem a Paris, Marcelo Marchioro leva à cena a peça "Nenúfar", baseada no livro A Espuma dos Dias, considerado a obra-prima do romancista francês Boris Vian. Como Nenúfar, Marchioro (melhor diretor, prêmio Gralha Azul por "Eu, Feuerbach") encerra uma trilogia sobre autores, que inclui "Do outro lado da paixão" (melhor espetáculo de 87) e "Camões" (em cartaz por mais de seis meses em São Paulo em 88).

Marchioro revela Boris na emoção de "Nenúfar"

Na terça-feira à noite, Marcelo Marchioro viajou para São Paulo: foi chamado às pressas para supervisionar a substituição do ator Paulo Goulart no personagem Truscott na peça "O Olho Azul da Falecida", em cartaz no Teatro do Paiol, na Capital paulista, desde o dia 25 de novembro. Devido a compromissos com a próxima telenovela da Globo e a participação numa nova peça de Dias Gomes ("Meu Reino por um Cavalo"), Goulart deixa a produção paulista - e é substituído, a partir de hoje, pelo ator João José Pompeu.

Peças digestiva, cerebral e tradicional estão em cartaz

Por uma feliz coincidência, a normalmente fraca programação teatral da cidade oferece neste fim-de-semana três espetáculos diferentes - e que além de se destinarem a públicos específicos mostram que é possível ampliar as opções. Quem busca um espetáculo apenas divertido, como entretenimento, tem "O Vison Voador" dos americanos Ray Cooney e John Chapman (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, 21h, ingressos a NCz$ 6,00 e NCz$ 5,00), quase um vaudeville, direção de Odavlas Petti (que no passado já fez coisas melhores) e elenco em que reaparece até a ex-vedete Marly Marley, hoje sra.

Palavras de Vian e música de Duke

As editoras Nova Fronteira e Brasiliense deveriam agradecer a Marcelo Marchioro: o interesse que "Nenúfar" está despertando junto aos jovens espectadores em conhecer as obras de Boris Vian, faz com que haja uma corrida às livrarias em busca de seus 3 únicos livros editados no Brasil: "A Espuma dos Dias" (tradução de Eliana Motta, Nova Fronteira, 1984, 208 páginas); "Vou Cuspir no seu Túmulo" (tradução de Onézio Paiva, Nova Fronteira, 1986, 176 páginas) e "Escritos Pornográficos" (tradução de Heloísa Jahn, Brasiliense, 1985, 92 páginas).

Erramos, sim!

Dois erros na coluna de ontem, no comentário sobre a peça "Pegando Fogo... lá fora", - um de composição, outro de informação. Ao referirmo-nos ao personagem Eugênio Tosta (interpretado pelo pianista-ator Pietro Maranca), que lembra fisicamente e comportalmente a Woody Allen, o certo seria "entre o humor patético e o drama de uma solidão assumida" e não assassina como saiu, truncando totalmente o sentido. Afinal, a última coisa que o personagem Tosta, na peça do Gianfrancesco Guarnieri, seria é assassino.

Colegas esqueceram a homenagem para Kraide

Pelo menos durante uma década, Antônio Carlos Kraide (Piracicaba, 1-06-1945-Curitiba, 19-01-1983) viveu em nossa cidade. Aqui fez e viveu teatro - de seus tempos de aluno do curso de Arte Dramática da Fundação Teatro Guaíra até o mais criativo (e promissor) diretor revelado nos anos 70, com uma carreira brilhante e que uma morte brutal - um assassinato até hoje nunca esclarecido devidamente - veio interromper há três anos.

No campo de batalha

Vicente de Paula Athayde, 46 anos, professor, escritor e editor, perdeu a direção do Colégio Estadual Loureiro Fernandes, devido a sua participação na greve dos professores. Houve manifestações de solidariedade. Tranqüilo, Vicente diz que o episódio "enriqueceu meu currículo e é mais uma experiência pessoal". Um bom gancho para seu próximo livro. xxx Como editor, Vicente está lançando "E não Foi Deus quem Fez o Homem", de Delmir de Andrade, escritor de Cascavel que, em sua opinião, é "uma grande revelação". xxx
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