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Martinho da Vila

Foram poucos gols na futebolgrafia

Considerando que o Brasil é o país do futebol, a musicografia inspirada pelo esporte-rei não é tão significativa quanto deveria. Quem ainda mostrou, recentemente ("O Estado de São Paulo", 25/5/85) a pobreza musical em termos de futebol como temática foi o jornalista Zuza Homem de Mello, ex-presidente da Associação de Pesquisadores da Música Popular Brasileira e produtor do programa de maior audiência na Jovem Pan, em São Paulo.

O melhor de nossa música para as rádios do mundo

Ao patrocinar a edição de "Caymmi - Som/ Imagem/ Magia" com o livro de Marília T. Barbosa e Vera Alencar em edição bilíngüe e os dois lps com Dorival Caymmi interpretando sua obra, a Fundação Emílio Odebrecht desenvolveu uma importante contribuição para difundir a obra de um dos nossos maiores autores em termos internacionais. Afinal, da edição de 3 mil exemplares, algumas centenas foram enviadas a instituições culturais e jornalistas ligados à música em várias partes do mundo.

Geléia Geral

Aos 66 anos, quase 50 de carreira, Nelson Gonçalves, gaúcho de Livramento não pára. Mais de 100 lps gravados - metade dos quais ainda em catálogo para bom faturamento da RCAu - NG é daqueles cantores que faz um disco em poucas horas, da forma mais econômica. Com isto, tem centenas de fitas ainda inéditas, material suficiente - como ele próprio diz - para seus [discos] continuarem a serem lançados, regularmente, até o ano 2.000 - temas aliás de uma das músicas de seu inseparável parceiro, compositor favorito e empresário - Adelino Moreira.

Joanna, a receita que agrada sempre

Coincidência ou não, em termos de marketing os novos discos de Joana (RCA) e Simone (Cristal", CBS) aparecem quase que simultaneamente. Na capa dos dois elepês, as superstars vêm vestidas de branco. Os repertórios também se aproximam. Deixemos o disco de Simone para depois e fiquemos com Joanna, que neste sexto elepê repete o mesmo esquema anterior: o romantismo abolerado e os sentimentos derramados. Só que com sete anos de carreira, vendendo bem (média de 100.000 cópias por disco) Joanna já pode pretender vôos maiores.

Martinho da Vila Izabel

Bonita homenagem Martinho da Vila presta a Noel Rosa, em seu último lp ("Martinho da Vila Isabel", RCA). Um álbum concebido como uma revisitação de um dos bairros mais tradicionais do Rio de Janeiro, ligado a história da MPB por ali ter nascido e morrido o grande compositor Noel de Medeiros Rosa (11/12/1910 – 4/5/1937).

Beth, a felicidade que está no samba

Beth Carvalho está feliz. Muito feliz. E transmite isto no belo disco que gravou no ano passado, lançado em novembro, mas só agora chegando às paradas de sucesso: "Coração Feliz" (RCA).

Pagodeiros classe A

O surgimento de algumas estrelas maiores do samba provocou, nos últimos anos, a valorização de grupos de apoio. Assim, à sombra de Martinho da Vila (por sinal, com um novo e ótimo elepê na praça). Os Originais do Samba teve uma justa promoção nacional. Mesmo problemas internos e a saída de Mussum - que preferiu sua carreira de comediante, com "Os Trapalhões" e, o posterior afastamento de Martinho, não retiraram dos Originais um bom prestígio nacional.

Música

Está ainda à espera de um ensaio acadêmico a figura do produtor fonográfico. De Aloysio de Oliveira a Mazola, um estudo que faça justiça aos homens que são responsáveis, na maioria das vezes, pelos acertos (e desacertos) de um artista e de um disco. Há produtores como Hermínio Bello de Carvalho que praticamente reinventaram a criação fonográfica com trabalhos históricos. Outros que deram a artistas populares uma dimensão excelente, fazendo valorizarem-se a cada disco. Exemplo disto é Rildo Hora (Recife, 20/04/1939), compositor, executante de harmônica-de-boca e sobretudo excelente produtor.

Discovisão, o Midem brasileiro

CANELA - junho - Seis dias em que compositores, cantores, músicos, maestros, arranjadores, produtores, capistas de discos, divulgadores, vendedores, executivos de todas as gravadoras brasileiras (com exceção da CBS) passam juntas, discutindo problemas ligados à música e, em consequência, ao produto que chega ao "consumidor", ou seja, o disco fazem da festa nacional do disco e, em sua terceira edição, realizada de 21 a 24 de junho no Hotel de Laje de Pedra, o mais importante evento de musicografia brasileira - no aspecto arte-indústria.

Temporada dos sambistas

A temporada dos bons sambistas está aberta. Na batalha de vendas do final do ano, enquanto a RCA lanças os novos elepês de João Nogueira, Martinho da Vila e Beth Carvalho, a Odeon ataca com Roberto Ribeiro e, em sua estréia na Copacabana, reaparece o versátil Luiz Ayrão. Jair Rodrigues, Alcione e Dicró, entre outros, já chegaram há algum tempo com novos discos - numa prova de que apesar das lamentações, o mercado continua farto.
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