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Martinho da Vila

Cama & sexo na roda do samba (como faturar com erotismo)

Vem, vamos pro leito, Vem arranhar meu peito, me arranque o coração Vem, vem sem pudor nenhum Vulgar e tão comum é não morrer de amor Sem antes e depois O convite explícito, direto: ao longo de 11 faixas - quase diria, sussurros eróticos - Wando, que no passado já havia escalado as paradas de sucesso com uma machista música sobre "a moça que já é mulher" ("Moça", 1977, tema de telenovela "Bandeira 2"), assume, definitivamente, a condição de sambista-excitação para um público basicamente feminino, acima dos 30 anos.

O bom "Realejo" que Rildo sabe executar

Nesta época de consumo do mais supérfluo rock tupiniquim - sem falar nos pacotes internacionais - deve-se saudar, com entusiasmo, o aparecimento de discos de instrumentistas brasileiros. Por exemplo, o Som da Gente, bravamente, inaugura seu catálogo de 1987 com um belíssimo elepê da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco, que anteriormente fez dois discos, produzidos por Hermínio Bello de Carvalho e Maurício Carrilho - mas que ficaram restritos ao circuito oficial.

Canto feminino (1)

Num mesmo suplemento (maio/77), a Odeon presenteia os apreciadores da melhor MPB com a apresentação de quatro dos maiores talentos femininos deste nosso. País: Claudete Soares, Márcia Dóris Monteiro e Rosinha de Valença - nomes que falam por si mesmo. Como o melhor vinho, Dóris (Adelina) Monteiro, 43 anos, 26 de carreira (começou em 1951, cantando na Rádio Guanabara e fez seu primeiro disco, com "Se Você se Importa", na Todamérica) é daquelas cantoras cada vez mais coerentes.

De Umbanda, Plágios, 80km/h & Cláudia

Um aspecto ainda virgem de pesquisas mais profundas - a música umbandista - ganhou um interessante depoimento de um dos autores mais veteranos do gênero, J. B. de Carvalho, 75 anos. Participando do programa "Os Caminhos da Magia", que o deputado Atila Nunes, apresentava na extinta TV-Rio, J. B. de Carvalho, que desde 1929 vem compondo "pontos", gravados em dezenas de elepês, fez sérias acusações, de temas de sua autoria que vem sendo aproveitados por compositores populares.

Bandas e sambas em lps sem compromissos

Desde que a Big Banda do canecão - maior choparia do Brasil, na Guanabara - provocou a existência de um público interessado em potpourri de músicas de sucesso, em arranjos para metais e percussão, as gravadoras passaram a dar importância a produção de lps deste gênero com a banda não sendo mais identificada apenas como executante de musica marcial. Ao lado da banda do Canecão, com regulares lançamentos pela Phonogram, e a Veneno, do falecido Erlon Chaves, outras formações vão sendo testadas.

Sinatra e Caldas. Dois ótimos discos na praça.

Nunca a falta do cumprimento de uma palavra, de uma promessa foi tão benéfica quando as (in)decisões de Sílvio Caldas e Frank Sinatra, que apesar de anunciarem publicamente suas decisões de "aposentadoria" não resistiram aos chamados de seus milhões de admiradores e voltaram a gravar. Não é heresia musical comparar o Cabocrino querido ao The Voice, muito pelo contrário!

Sambas apenas. Um bom disco.

Em 1967 o publicitário Marcus Pereira, paulista de Anhembi, 44 anos, dono de uma das mais prósperas agências de São Paulo, teve uma original idéia: entusiasmado com o sucesso da boate Jogral, que havia inaugurado em sociedade com o compositor Luiz Carlos Paraná e que em pouco tempo havia se transformado no principal ponto da vida musical em São Paulo, em termos de samba, decidiu inovar em termos de brindes de fim de ano.
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Os bons sambistas

Em pouco mais de cinco anos de carreira regular, o grupo Os Originais do Samba se firmou como um dos mais expressivos conjuntos vocais percussionistas, na divulgação do chamado "Sambão", melhor tradição verde-amarela. Hoje com um esquema de apresentações em clubes e Shows especiais que lhes garante um alto faturamento, este sexteto vem também fazendo gravações cada vez melhores na RCA - Victor, por onde tem [saído] todos os seus discos.

A boa estréia de Belini e outros jovens de talento

Pequena mas agressiva em termos de competição no mercado fonográfico brasileiro, a RGE/FERMATA, de São Paulo, fundada em fins dos anos 50 por José Scatena e que teve uma fase dourada, quando Benil Santos foi um dos seus mais ativos produtores, está tentando se manter no mercado brasileiro, enfrentando o poderio das fábricas que dispõe de apoio no exterior. Para tanto, em termos de catálogo nacional, está investindo em novos interpretes e compositores, pois foi assim que em 1968 conseguiu contratar um moço chamado Toquinho que só há poucas semanas pode passar para outra gravadora (Phonogram).
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