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Oscar, o melhor marketing da usina de sonhos de Hollywood

Há dez anos passados, pouquíssima pessoas se interessariam em saber quem eram os candidatos ao Oscar. Os filmes indicados demoravam a serem lançados no Brasil e a divulgação da festa era precária, no máximo a imprensa nacional registrando os nomes dos filmes, diretor e principais atores/atrizes galardoados. Hoje, 18 anos após a cerimônia ter passado a ser transmitida via televisão para o Brasil - e atingindo mais de cem países - o Oscar é o maior elemento do marketing promocional da indústria cinematográfica americana.
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Os demais candidatos

A festa do Oscar começa com as premiações das categorias técnicas, intercalando-se com a apresentação das canções nominadas ao Oscar e homenagens especiais - este ano o troféu Irving G. Thalbert vai para Steven Spielberg pelo seu trabalho "que reflete a alta e consistente qualidade na produção de filmes" (uma espécie de desculpas pela injusta ausência de prêmios para "A Cor Púrpura" que em 1986 teve 11 indicações e não levou nenhum Oscar). Outro Oscar especial vai para o ator Ralph Bellamy "pela singular qualidade artística e serviços destacados na profissão de ator". Os indicados

Os premiados com o Oscar rendem os dourados frutos

Na temporada pós-Oscar, os exibidores lambem os filhotes que deram cria aos bonecos dourados. Já na quarta-feira, vistosos anúncios dos filmes em cartaz destacavam as premiações, para que os filmes em cartaz atraiam milhares de espectadores - pois mesmo sabendo-se que os mesmos estarão logo disponíveis em vídeo, quem ama o cinema não troca o prazer da tela grande pela mediocridade na redução para o vídeo, com todo o conforto que o mesmo ofereça.

Em temporada de Oscars, sem novidades nas telas

Era previsível: com a festa do Oscar e os lançamentos dos principais filmes indicados (e vencedores) nos circuitos comerciais, a temporada equilibra-se em termos de exibição. Ou seja, os "Oscarizados" - nominados e premiados - se manterão por semanas em cartaz, fazendo com que novas estréias sejam retardadas.

Depois do Carnaval, uma semana com vacas gordas

Depois do Carnaval, a bonança... cinematográfica. Após quase três meses em grandes estréias, nada menos que seis lançamentos interessantes, para todos os gostos. De princípio, temos "A Missão", de Rolland Joffe ("Os Gritos do Silêncio"), rodado quase na divisa do Paraná com a Argentina há menos de dois anos, Palma de Ouro em Cannes - 1986 e com oito indicações ao Oscar no próximo dia 30, inclusive o de melhor filme. No Cine Itália, já em exibição.

A bela Maria nas últimas projeções do Cine Vitória

Se houver boa resposta de público para "Os Amantes de Maria", este drama do diretor russo (radicado nos Estados Unidos) Andrei Konchalovsky será o último filme a ser exibido no cine Vitória, inaugurado há 24 anos e que foi a mais luxuosa e maior sala de projeção da cidade. As belas imagens da alemã Nastassja Kinski - amada e desejada por Keith Carradine, Vincent Spano e Robert Mitchum neste "Maria's Lovers" (em exibição a partir de hoje) - serão as últimas que, no próximo dia 28, estarão na enegrecida e encardida tela panorâmica do Vitória.

No campo de batalha

Constantivo Viaro está marcando sua gestão no Curitibano com boas iniciativas na área cultural. Promoveu no ano passado a grande mostra de Portinari - trazendo originais de nosso maior pintor, pertencentes ao acervo do MASP - e tem outros grandes projetos até o final de sua administração. Editorialmente, decidiu relançar a "Revista do Curitibano", que no início do século teve sua atuação das mais positivas como veículo cultural - e experimentou várias fases nestes 85 anos.

Apenas uma estréia de maior interesse

Derradeiras oportunidades: hoje, em 5 sessões, no Lido II, a chance de assistir um dos mais políticos e sociais filmes do ano - o emocionante "Minha Terra, Minha Vida" (Country), de Richard Pearce, produzido e interpretado por Jessica Lange - que mereceu indicação ao Oscar como melhor atriz. Infelizmente, mais uma vez, um grande filme tem sua carreira encerrada precocemente, já que o "inteligente" público curitibano ainda continua apenas ligado aquilo que lhe é imposto promocionalmente, incapaz de valorizar obras de arte que não estejam acondicionadas em esquemas pré-estabelecidos.
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