MPB
Música popular - Esse tal de João Bosco, um mineiro com talento demais
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de janeiro de 1974
"E quando acaba a bala?
É no rala-rala? Faca com faca?
Rapa com rapa?
João, heim!? Tua música já atravessou o riacho.
Mineiro, é cedo para o cansaço da controvérsia a respeito da beleza e da parecença.
Há muito a fazer e tem de ser feito.
O Aldir Blanc está com você, o Paulo Emílio e o Cláudio também.
E o urubu sai voando, baixo, manso".
(Antônio Carlos Jobim)
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Para o povo cantar
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1974
Uma cantora de rara sensibilidade, Tânia Maria, contribuirá para tornar mais agradáveis os intervalos entre o desfile de uma e outra Escola de Samba, amanhã à noite, na Marechal Deodoro. Maranhense de São Luís, criada em Volta Redonda, Tânia começou a cantar há quase 10 anos, tendo feito um auspicioso lp de estréia na Continental, quando o produtor Romeo Nunes (responsável por discos dos Cariocas e Rio 65 Trio), afirmou que se tratava da maior revelação da MPB.
GENTE
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de março de 1973
Um compositor da sensibilidade de Carlinhos Lyra - que a partir de 1958 se firmou como um dos mais respeitáveis nomes do movimento de renovação de nossa MPB, ao qual acrescenta os adjetivos de "Urbana e Culta" - foi sempre um romântico consciente sabendo falar das mulheres e do amor. E para quem fez (ao lado de Vinícius de Moraes) musicas como "Marcha da quarta-feira de Cinzas" e "Minha Namorada" a mulher ideal tinha que ser alguém de igual sensibilidade e ternura: e ele existe, chama-se Kathy e os dois se encontraram no México, em 1969.
Palco/Som/Imagem
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de abril de 1973
Chico Anísio diz que o projetor de slide é um aparehinho que foi inventado para não funcionar quando a gente mais precisa dele. Nonato Buzar. Parceiro e amigo de Anísio, poderia adaptar a piada para explicar o problema do som que prejudicou bastante a estréia de seu concerto ("O Primeiro Retrato") , sexta-feiraa noite, no auditório da Reitoria * A Orquestra sinfônica, apresentou os arranjos que Gedeão Martins fez de três temas de Nonato "O Homem Que Deve Morrer", "Missa Norte em ação de graças ao talento de Antônio Carlos Jobim" e "Irmãos Coragem".
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Palco Som Imagem
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de abril de 1973
O professor Alceu Zanardine é um senhor de cabelos brancos simpático e que sempre gostou da boa música popular brasileira. Parnanguaia foi um dos fundadores da Sociedade dos Amigos da Música e Cultura, há 20 anos naquela cidade.
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Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de abril de 1973
Com relação a versão sempre me ocorre uma reportagem que saiu na revista "O Cruzeiro", Há mais de 20 anos, quando a revista associada era o principal seminário de atualidades (ilustrado) de alcance nacional: "Acabamos com as versões: músicas estrangeira traduzindo é abacaxi". A matéria baseava-se, evidentemente, numa entrevista com um famoso compositor, não me lembro quem, mas que estava preocupado com a invasão de sucesso internacionais, disputando o mercado com a nossa MPB.
Lá no Xingu
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de abril de 1973
LA NO XINGU
O homem da cidade grande, em frente ao Rio das Mortes, olha para o planalto que corre até a Serra ao longe e pergunta ao matuto ao seu lado, emocionado, para que serviria aquele "descampado todo". O matuto responde tranqüilamente:
- Para fazer longe, doutor.
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Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de abril de 1973
Cabelos brancos, suíças bem tratadas - que lhe dão um aspecto de personagem dos romances de pierre boulle, uma vez clara e forte e bastante objetivo: CELSO BATISTA, um homem de 53 anos, decide fazer uma revisão em sua vida, trocar uma profissão que abraçou ainda jovens mas que nunca o realizou - a de vendedor pracista - pela carreira artística, que sempre o tentou. Assim, apoiado por amigos ligado a televisão e rádio, como Dirceu Graeser e Ubiratan Lustosa, Celso começa a mostrar em público as músicas que há mais de 30 anos vem cantando, até agora, em rodas informais de amigos e familiares.
Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de abril de 1973
A presença de Carlos Galhardo (foto0 no último suplemento da Odeon é mais um reflexo da positiva colaboração que o poeta Herminio Belle de Carvalho está dando ao setor de produção da gravadora. Após produzir os excelentes álbuns de Francisco Alves e Dalva de Oliveira. Bello de Carvalho indiretamente é o responsável pela boa reaparição deste vocalista de alto nível, criador de alguns dos grandes êxitos de nossa melhor MPB nas décadas de 40-50 e que mostra extraordinária atualidade, voz segura e o bom gosto na escolha do repertório.
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Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de março de 1973
A aparência agradável e jovial, do rapaz que a partir de 1958 integrou o lado mais sadio e talentoso do movimento de renovação da musica popular brasileira: "A Bossa Nova desapareceu porque não era uma entidade: entidade é um Antônio Carlos Jobim, um Sérgio Ricardo, um Vinícius de Moraes, um Carlos Lyra". E acrescenta: "Não estou preocupado em fazer música de consumo no momento de mediocridade porque passamos: - prefiro armazenar, reservar minhas músicas para um novo momento, que deve acontecer".
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