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Murilo Salles

Sabino na tela ganha torcidas

Gramado - Em termos de júri popular, "O Grande Mentecapto", exibido na quarta-feira, é candidato forte a levar alguns Kikitos. Mas outro filme igualmente adaptado de um texto de Fernando Sabino se impôs como outro dos favoritos ao ser projetado ontem à noite - e que hoje poderá ser visto em nove capitais brasileiras (em Curitiba, Lido II, 5 sessões): "A Faca de Dois Gumes".

No campo de batalha

1) - Difícil, com antecipação, fazer previsões das premiações de hoje à noite. Após a exibição hors concours de "Lili, a Estrela do Crime", de Lui Farias (que representou o Brasil no último FestRio, ao lado de "O Mentiroso", de Werner Schulmann), serão anunciados os vitoriosos desta 17ª edição do Festival de Gramado. Em termos de voto popular, os preferidos são "O Grande Mentecapto", entre os longas, e "A Garota das Telas", de Cao Hamburger - filme de animação que fascina o público (é até covardia colocá-lo em competição após já ter sido premiado em outros festivais). xxx

A mineirice do Grande Mentecapto na tela.

Gramado - Mesmo que não saia com o Kikito de melhor filme deste festival porque, afinal, surpresas podem acontecer (e os resultados só foram anunciados na noite de ontem, impossíveis assim de serem registrados neste espaço), "O Grande Mentecapto" obteve a maior aceitação do público - o que o fez o maior favorito ao troféu do júri popular - e entre (muitos) méritos tem o de conseguir aquilo que poucos filmes têm obtido: uma fácil, deliciosa e emocionante comunicação.

Estão no laboratório os candidatos para Gramado

Dos sete filmes que estão prontos e em lançamento pela Embrafilme neste semestre, apenas dois são inéditos o suficiente para justificar sua participação no XVIII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: "A Faca de Dois Gumes", de Murilo Salles, baseado na novela de Fernando Sabino, com Paulo José, José Lewgoy, Marieta Severo e José de Abreu e "Jardim de Alah", de David Neves.

Os filmes brasileiros para 1989 / Cineastas preparam lote para 89, apesar do péssimo 88

O curitibano Mauro Alice, considerado um dos melhores montadores do cinema brasileiro (há dois anos, em Los Angeles, fez a edição de "O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco), encontra-se há mais de um mês no Rio de Janeiro, dando a forma final ao novo filme de Sérgio Resende - "Eu sem juízo, ela doida demais". Depois de "O homem da capa preta" (1986), Resende volta-se a uma ficção, rodada em Barreiras, rica cidade no Interior da Bahia (graças a cultura de soja), na região dos garimpos da Amazônia matogrossense e ainda no Rio de Janeiro.

Na Caixa, vídeos dos vanguardistas

Cineasta de vanguarda, autor de um longa tão famoso quanto inédito ("Tristes Trópicos"), Arthur Omar foi quem, no II FestRio, na tumultuada sessão da madrugda em que Caetano Veloso exibia, pela primeira vez, o pretensioso "O Cinema Falado", teve a coragem de dizer que "o rei está nu" e que a proposta do compositor baiano, travestido de vanguardisa das imagens, já era déjà vu.

Cabaré mineiro com poesia de Drummond

Desde "Perdida", Carlos Alberto Prates Correia, 48 anos, mineiro de Montes Claros, vem realizando um cinema extremamente ligado ao seu Estado. Em 1981, com "Cabaret Mineiro", inspirado livremente num poema de Drummond, conquistou os principais prêmios do 9º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: filme, direção, ator, atriz, atriz coadjuvante (Tamara Taxman), fotografia (Murilo Salles), montagem e trilha sonora (Tavinho Moura). Em 1984, voltaria a conquistar vários prêmios em Gramado com outro filme extremamente mineiro: "Noites do Sertão", baseado desta vez em Guimarães Rosa.

Astor fecha, mas o "Cárcere" continua

APESAR da excelente bilheteria que vem fazendo (a maior do ano, em termos de cinema nacional), "Memórias do Cárcere" tem, hoje, suas últimas três exibições, no Cine Astor. Entretanto, continua em cartaz na cidade, agora em sistema road-show, no Cinema I, ou seja, enquanto houver público, estará sendo apresentado, assim como aconteceu com "Retratos da Vida" (Les Uns et Les Autres, 81, de Claude Chabrol), que bateu todos os recordes em Curitiba, permanecendo seis meses em cartaz. xxx

Sentimentos profundos

Em abril último, logo após a projeção de "Nunca Fomos Tão Felizes", no Festival de Cinema de Gramado, RS, Murilo Salles nos contava que se havia uma grande influência/homenagem na sua fita, era, sem dúvida Elia Kazan, e, especialmente, "Vidas Amargas" (East of Edem, 1954). No comentário que publicamos, enviado do Festival, registramos esse detalhe, enquanto toda a imprensa nacioanl, ali representada, embora colocando a produção nas alturas (e lhe conferindo, ao final, o prêmio de melhor filme), não se lembrava de salientar esse posicionamento de Murilo.

O trimestre dos festivais

Espremido entre dois eventos intenacionais, o de São Paulo, iniciado no último dia 15, com uma intensa programação de filmes importantíssimos (muitos dos quais jamais chegarão aos circuitos comerciais) e o I Festival Internacional de Cinema, TV e Vídeo do Rio de Janeiro (Hotel Nacional, 18 a 27 de novembro), ao XVII Festival de Brasília, que a Fundação Cultural do Distrito Federal promoveu na semana passada, não conseguiu a mesma repercussão das edições anteriores.
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