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Nelson Cavaquinho

Discos do ano

Desde 1973 a cantora Beth Carvalho tem uma responsabilidade muito grande: seu disco anual passou a ser aguardado por um público fiel como um acontecimento da maior importância, em termos da melhor emepebe. Depois de "Canto por um Novo Dia" - onde iniciou um reencontro com a melhor MPB, os sambas mais autênticos e puros de compositores como Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, que passaram a se constituírem numa espécie de gurus musicais de seu repertório - Beth ganhou um lugar de maior destaque e importância dentre as vocalistas brasileiras.

Sambistas

Além de ser uma mulher bonita, comunicativa e hoje uma das artistas que mais fatura no Brasil, a mineira Clara Nunes veio provar que o sambão pode vender muito. Aliás, quem convenceu Clara de seguir este caminho foi seu ex-noivo, o paranaense Adelsom Alves. E com Clara vendendo mais de 400 mil cópias de cada elepe que grava, é natural que outras gravadoras busquem cantoras no mesmo estilo. A RCA Victor convenceu a excelente Beth Carvalho a deixar a Tapecar e agora a Continental lança uma nova sambista, na mesma linha de Clara: Renata Lu.

Nascimento & Santiago

É estimulante a audição de [elepês] de novos talentos - em termos de gravação e promoção nacional, numa prova de que os caminhos da emepebe continuam abertos a [múltiplos] talentos. Registremos hoje dois destes novos talentos, que embora já com alguns anos de estrada musical, só agora ganharam a chance de fazerem seus primeiros lps: Roberto Nascimento e Emílio Santiago.

Novas da Tapecar

A Tapecar é uma das gravadoras que mais vem prestigiando a legitima música popular brasileira, com uma série de edições de sambistas de bom nível. Por exemplo, está em fase final de gravação o disco de Beth Carvalho. Do disco constam musicas compostas por Nelson Cavaquinho, Paulo Cesar Pinheiro, Gisa Nogueira, Martinho da Vila e Chico Buarque. xxx Já saiu o primeiro elepe de Gilson de Souza ("Pôxa"), com quase todas as músicas de sua autoria, mas prestando também uma homenagem a Pixinguinha, através da regravação de "Gavião Calçudo". xxx

Uma boa reportagem

Banas - Revista Industrial e Financeira, em seu número 1088, semana de 10/16 de março de 1975 (48 páginas, Cr$ 5,00) dedicou seu informe especial para uma ampla e sincera análise da fonografia brasileira: "Disco/A Face Oculta da indústria fonográfica". Em oito páginas, a influente publicação mostra os problemas desta rendosa indústria, que teve um aumento de 400% no período de 1965/72, atingindo hoje a expressiva soma de US$ 50 milhões anuais.

Noel Rosa (1910-1937)

Se no ano passado, João Luiz Ferreti mereceu a escolha de "pesquisador do Ano", em termos fonográficos, apontado por alguns críticos e jornalistas paulistas, em 75, por certo, seu nome, não será esquecido em votações mais importantes - e não me surpreenderei, inclusive, se não vier a receber o troféu "Estácio de Sá", que o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro anualmente outorga a uma personalidade que tenha dado grande contribuição a nossa emepebe.

O cantor Chico com sinal verde e um álbum excelente do MPB-4

No final de 1974, como sempre acontece, as gravadoras reservaram algumas boas edições de musica brasileira, com nomes de enfrentar o ex-maior (ufa!) fenômeno de vendas -a majestade (sem trono) Roberto Carlos, da CBS, cujos recordes de vendagem já começam a ser superado por gente de melhor nível, como Martinho da Vila . Ao lado das estrelas maiores da melhor MPB.

Nos botequins da cidade

Tema fascinante para uma tese de mestrado em sociologia urbana é o estudo dos bares e botequins como pontos de encontro. O crescimento da cidade provoca o desaparecimento de locais que, durante décadas, marcaram a convivência, o encontro, o bate-papo de várias gerações. A Rua XV de Novembro, apesar de toda a humanização dada na administração Jaime Lerner, perdeu, nos anos 60, alguns de seus mais tradicionais endereços.

A Bossa Nova, vinte anos depois

Passadas muitas semanas de completa paralisação, o Teatro do Paiol reabre suas portas com um dos mais importantes eventos musicais do ano: três shows com o compositor Carlos Lyra, nome-base da música popular brasileira, um dos principais integrantes do núcleo original da Bossa Nova.

Das memórias de Viola ao frevo. É tempo de Carnaval

Feliz do País que tem talentos como Paulinho da Viola, um compositor-cantor - instrumentista que a cada ano dá um novo salto em criatividade, harmonia, inspiração, cada vez com raízes mais brasileiras, mais verde-amarelas (mas sem falsos ufanismos), valorizando a nossa melhor criação. Feliz também um País que tem novos talentos emergentes como Dalmo Castelo, que tem veteranos compositores como Mano Delcio da Viola, Duduca, Hernani de Alvarenga, Iracy Serra, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa de Oliveira, Walter Rosa e tantos outros.
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