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Nelson Pereira dos Santos

Festival do Rio (III) Emoção maior no "Cabra" marcado para o sucesso

RIO (Especial para O ESTADO DO PARANÁ) - Ao final da projeção de "Cabra marcado para morrer", na manhã de sábado, 24, os jornalistas e convidados do I Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo deixavam a Sala Glauber Rocha, emocionados (muitos com olhos lacrimejando). Realmente, nenhum dos filmes apresentados até agora trouxe uma carga tão grande de emoção como esse documentário que, iniciado em princípios de 1964, foi interrompido pela revolução e só pôde ser retomado entre 1981/83. À saída da sessão, outra emoção: a sra.

No campo de batalha

Domingos Pellegrini Jr., hoje, o mais respeitado e criativo escritor paranaense, colhendo merecido sucesso: poucas semanas após o seu lançamento, "Paixões", seu novo livro de contos, chega à segunda edição (editora Ática, 144 páginas, Cr$ 3.800,00) numa prova irrefutável de sua importância na ficção brasileira atual. X A crítica nacional recebeu com entusiasmo o livro de Pellegrini. A jornalista Miriam Paglia Costa, na "Veja", sintetizou muito bem: "Convicente e sedutor, Pellegrini conquista o público pela emoção contida em "Paixões", seu livro mais maduro e bem acabado".

"Quilombo" chega dia 7; Cannes vê amanhã

" Quilombo" de Cacá Diégues a maior esperança do cinema brasileiro já tem data marcada para estrear em Curitiba ( simultaneamente a 20 outras cidades ): 7 de junho. O cinema não está definido, mas uma coisa é certa: esta superprodução de 4 bilhões, representa a grande cartada para a sobrevivencia do cinema nacional neste critico 1984. Por isto, a expectativa por sua recepcão no festival de Cannes ( será exibido amanhã a noite ), onde compete oficialmente, é imensa enquanto as vendas para o mercado internacional iniciaram, começando pelos Estados Unidos.

Amargo e bruto

Em algumas seqüências de "Feios, Sujos e Malvados" (Cine Astor, hoje, último dia em exibição) alguns espectadores ensaiam risos. Mas parece não chegar a contaminar histrionicamente a ninguém. Ao contrário, há uma sensação de sufoco, de angústia, frente a imagens tão brutais, chocantes como a que Ettore Scola coloca neste filme denso e pesado, um documento amargo de nossos dias. "Feios, Sujos e Malvados" não é uma comédia, muito menos um filme agradável. Ao contrário: é desagradável a quem busca o belo, o colorido, o alienado.

Sabor (amargo) de Brasil (II)

Em Cannes, em maio, "O Homem de Ferro", que Andrez Wajda havia recém-concluído, foi premiado com a Palma de Ouro. Os acontecimentos políticos da Polônia - dos quais é, de certa forma, uma espécie de documentário, podem ter influído na decisão do júri, mas não retiram a grandiosidade daquela obra, uma seqüência a "O Homem de Mármore", já visto pelos curitibanos.

Cinema em questào: cópia prejudica um ótimo filme

NA noite de quarta-feira, 29, se não fosse a chegada exatamente às 22k01min, de um quinto solitário espectador, o Sr. Ari, gerente do Cine Lido, não teria outra alternativa do que cancelar a última sessão de "Os Homens Que Eu Tive". Afinal, para 4 espectadores, não havia sentido em fazer uma projeção que fica ao redor de Cr$ 250,00, sem contar despesas adicionais.

Kubrick, um iluminado e inquietante cineasta

Como uma espécie de presente de Natal aos fãs do bom cinema - e se constituindo na última grande estréia de 1980, "O Iluminado/The Shining" (cine Astor), e mais uma oportunidade de se contemplar o múltiplo talento de Stanley Kubrick, 52 anos, 11 longa-metragens em 27 anos de atividades cinematográficas.

A resistênci a de Farias

A passagem ,mesmo que rápida, do cineasta Roberto Farias, 47 anos, por Curitiba, na quinta e sexta-feira, foi uma nova oportunidade de se ouvir, com dados que chegam a ser estarrecedores, detalhes até hoje, não divulgados da verdadeira guerra de bastidores, em que foram utilizadas as mais sórdidas armas, provocada pelos interesses multinacionais contrariados pelo diretor de "O Assalto ao Trem Pagador" nos 4 anos que permaneceu na presidência da Embrafilmes.

A morte do operário

Sobre a imagem congelada do operário Mário (Nelson Xavier) tomando um café no alvorecer de um novo dia, na última cena de "A Queda" (Cine Lido, até amanhã 5 sessões) aparece abaixo da palavra ("Fim" a frase "Este filme foi rodado na cidade do Rio de Janeiro - 1976".
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