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Nelson Rodrigues

Vaias à dramaturgia

Vai mal a criatividade, na dramaturgia brasileira. Pela primeira vez em sua história, o Concurso Nacional de Dramaturgia (adulto) - prêmio Nelson Rodrigues, do Inacem - não teve premiações. E havia 257 inscrições para essa 14ª edição de uma premiação que nos anos mais duros da ditadura distinguiu peças de Oduvaldo Viana Filho (duas vezes) e outros autores, imediatamente proibidos pela Censura Federal.

No campo de batalha

Orlando Noronha, que vendeu na semana passada a concessão do restaurante "Casa Brasileira" no Parque do Barigui, tem uma capacidade sensorial de se comunicar com aves - assim como Luis Reis, administrador do Passeio Público, consegue com animais e peixes. Durante os 3 anos em que passava grande parte do dia (e noite) no Parque Barigui, Noronha estabeleceu uma amizade com uma gaivota que, diariamente, vinha aos seu encontro. Dizem até que agora, com sua saída do parque, a gaivota também vai voar para outras paragens. xxx

Bianchi, o melhor de nosso cinema em 1983

O cineasta Sérgio Bianchi deve estar sorrindo bastante deste sábado, quando leu o Caderno de Programas e Leituras do Jornal da Tarde, de São Paulo. É que na lúcida análise sobre o ano cinematográfico, vendo com realismo um ano crítico - cinemas fechando, público em recesso, crise pelas telas do Brasil e do mundo, o estabelecimento de vídeo-cassete entre a classe média, com dezenas de vídeo-clubes nas primeiras cidades brasileiras - ao se referir ao cinema brasileiro, o grande elogio foi para Bianchi.

Na batalha das rendas as pornofitas salvam cinema

Jofre Rodrigues, primogênito do dramaturgo Nelson Rodrigues, chega hoje, ao entardecer, para catituar o filme "Perdoa-me Por Me Traíres" em exibição no cine Condor. Joffre, que tem muitos amigos na cidade, entre os quais o advogado e ex-secretário Ruy Ferraz de Carvalho tem participado como coprodutor dos filmes baseados na obra de seu pai, um dos autores brasileiros mais filmados nos últimos anos - já que apesar do moralismo e reacionarismo de seus textos, foi um autor "maldito" para a época devido suas obseções sexuais. Xxx

Artigo em 06.10.1981

Há mais de 30 anos que Armando Maranhão faz teatro em Curitiba. Chegou aqui ainda garoto, vindo de São Luís e desde então não parou mais de trabalhar. Integrou a equipe de idealistas jovens que fundaram o Teatro do Estudante do Paraná e enquanto todos os seus companheiros acabaram partindo para outros campos, mais gratificantes financeiramente, Maranhão se manteve fiel ao teatro. Amigo pessoal de Paschoal Carlos Magno, esteve presente em todos os festivais e manifestações artísticas que o "Embaixador da Cultura" promoveu em sua longa vida.

Sabor (amargo) de Brasil (II)

Em Cannes, em maio, "O Homem de Ferro", que Andrez Wajda havia recém-concluído, foi premiado com a Palma de Ouro. Os acontecimentos políticos da Polônia - dos quais é, de certa forma, uma espécie de documentário, podem ter influído na decisão do júri, mas não retiram a grandiosidade daquela obra, uma seqüência a "O Homem de Mármore", já visto pelos curitibanos.

Perspectivas da Semana

Uma semana de excelentes opções para o espectador de bom gosto, que exige algo mais do cinema. Woody Allen, o genial e premiado ator-diretor-roteirista; em dose dupla: "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (Annie Hall), desde ontem no Cine Rivoli, para uma carreira de, no mínimo, dias semanas. No Astor, em sessões à meia noite, Jayme Tavares está reprisando os filmes anteriores de Allen: na semana passada, 810 pessoas superlotaram o cinema de (apenas) 500 lugares para rever "Tudo Que Você Sempre Quis Saber Sobre O Sexo...".

Perspectivas da Semana

Com "A Dama do Lotação" (1977, de Neville D'Almeida), merecendo um lançamento nacional ultra bem promovido, precedido de maciça campanha em "out-doors" por toda cidade, o produtor Luiz Carlos Barreto pretende repetir o sucesso de "Dona Flor e Seus Dois Maridos". O roteiro de Nelson Rodrigues é bem mais agressivo do que o humor baiano de Jorge Amado e a presença no elenco da maringaense Sônia Braga, generosamente despida em muitas seqüências, é atrativo para boas rendas nos cines Lido, Astor e São João, onde o filme está em exibição, desde ontem.

A bênção, poeta!

Durante pelo menos 10 anos Vinícius de Moraes era uma espécie de Frank Sinatra nacional, em termos de sua presença em Curitiba. Diplomata, poeta, dramaturgo e, sobretudo, o grande letrista da Bossa Nova, Vinícius de Moraes permanecia curtido apenas em disco e livros nos anos 50/60, pois apesar de todos os convites e propostas nunca pode aceitar vir a Curitiba.
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