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Ney Matogrosso

A mensagem (musicada) dos poemas de Pessoa

Deve-se a Irineu Garcia, já falecido, o privilégio de se poder ouvir poetas como Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Augusto Frederico Schmidt, Vinícius de Moraes e tantos outros dizendo seus textos. A partir de 1957, quando inaugurou a sua etiqueta "Festa" (com o histórico "Canção do Amor Demais", com Elizeth Cardoso cantando as primeiras composições de Tom & Vinícius), Irineu voltou-se para a produção de discos culturais, inicialmente em 45 rpm e depois em elepês - numa preciosa documentação sonora de nossa literatura.

E terminou no Guaíra o grande encontro musical

Quem esteve no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto na noite de domingo assistiu não apenas a um dos mais belos espetáculos da música brasileira já visto em Curitiba. Viu, sem saber, também a despedida do grupo que desde o início do ano vem apresentando momentos de virtuosismo instrumental a propósito de um novo show que seria apenas mais um na longa listagem dos que Ney Matogrosso vem fazendo desde que deixou o grupo Secos e Molhados há 13 anos.

Os Garfunkel, muito talento na estrada

Os irmãos Jean e Paulo Garfunkel - que estréiam hoje, 21 horas, o espetáculo "Ninguém é um" (Sesc da Esquina, Rua Visconde do Rio Branco, 969) incluem-se entre os mais talentosos "ratões de festivais". Ao lado de Cesar Brunetti e Celso Viáfora - com que, aliás, dividiram o belo elepê "Trocando Figuras" (Copacabana, 1986, projeto Bom Tempo), praticamente já venceram todos os festivais que se realizam no interior de São Paulo - com incursões também em outros estados.

Kuarup, uma receita de trazer a melhor música

O ex-jornalista Mário Aratanha é o exemplo do produtor-revelação nestes últimos anos. Foi durante anos um dos mais respeitados profissionais da imprensa brasileira, com longa atuação no "Jornal do Brasil", em especial. Assumindo a divulgação do Ballet Stadium - um dos grupos de dança mais importantes do país, integrou-se tanto ao seu trabalho que evoluiu para o gerenciamento de projetos artísticos, tornando-se mais do que um simples empresário artístico, um verdadeiro manager.

Afinal, os roqueiros que sabem tocar instrumentos

Algo surpreendente dentro da poluição do rock tupiniquim nestes últimos dois anos: um grupo que além de trazer bons instrumentistas não abusa dos recursos eletrônicos, conduz as músicas numa altura razoável e mostra garra e talento: "Heróis da Resistência" (WEA, novembro/86).

Um festival de cinema com ritmo musical

Filmes sobre música e músicos como "Bring the Night" de Michael Apte (diretor de "O Mistério de Agatha" e "O Destino Mudou sua Vida"), que faz com que mesmo quem não gostasse se reconcilie com a música de Sting - apresentado de uma forma extremamente humana e bem comportada. Mais uma dezena de vídeos que, direta ou indiretamente abordam também a música - desde a tietagem gay-coroa em torno de Emilinha Borba - até dois vídeos de Valéria Burgos sobre Marina Valença ou documentários sobre shows de Ney Matogrosso, Nina Haggen, Alceu Valença e tantas outras personalidades musicais.

Sem frescura, Ney pesca as belas pérolas da MPB

A escalada grandiloquente era preocupante. A cada novo-show-disco o ex-Secos & Molhados procurava imagens mais estapafúrdias: entre chifres e penas ("Água do Céu-Pássaro", Continental, 1975), metais e couros ("Pecado", 1977), faca na mão, chama no olhar ("Sangue Latino", 1982), rosto recoberto de purpurina ("Destino de Aventureiro", 1984) e até rosto esculpido em laser ("Bugre", Barcaly/Polygram, 1986).

Canta, Brasil!

Ney e Tim, cantando com a força personalíssima O que marca um cantor? Eis uma questão para ser aprofundada por quem se interesse pela música popular em termos de arte & consumo. Pode ser a regularidade num estilo, como, há 40 anos, faz de Nelson Gonçalves, 67 anos - completados no dia 21 de junho, um dos nomes mais populares do Brasil. Ou o preciosismo vocal, a busca da perfeição que, de um outro lado, coloca um cantor como o baiano João Gilberto, 55 anos, em um altar especial a quem (como nós) o considera a mais perfeita das vozes do Brasil.

Canta, Brasil!

Bendita música popular brasileira. Num sopro revigorante, temos cantores personalíssimos e marcantes como Ney Matogrosso e Tim Maia em novos e marcantes discos, João Bosco internacionalizando um canto de origens afro, com scats em que une a malandragem e a Picardia (ao ponto de ter até uma faixa proibida para difusão pública), novos talentos como o pernambucano Fernando Pinto e o baiano Vevê Calazans, e a garra de Marçal, que como percurssionista e intérprete mantém a tradição familiar, lembrando que seu pai foi o grande parceiro do inesquecível Bide.

O melhor ficou nas exibições paralelas

Um momento de emoção no FestRio foi quando Mercedes Sosa, que havia chegado ao Rio na manhã de sábado, 30, subiu ao palco para entregar a sua amiga Estela Bravo, o prêmio especial dado ao tape "Ninos Desaparecidos", que aborda a repressão na Argentina.
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