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Nova República

Uma revisão dos anos duros, com bom humor

Desde que os ventos liberalizantes soprados no final do governo Geisel permitiram peças proibidas por tocarem em assuntos incômodos aos donos do poder nos anos da ditadura, uma sucessão de textos significativos inundou os palcos: da "Patética" de João Ribeiro Chaves Neto à obra-prima "Rasga Coração!" de Oduvaldo Vianna Filho, passando por Dias Gomes (Amor em Campo Minado) e Mário Prata (A Fábrica de Chocolate), entre outros autores que, com seriedade se debruçaram sobre aspectos diversos da violência e intolerância da ditadura que se implantou no Brasil em 1º de abril de 1964.

Zé Maria procura Sarney em Pelotas

José Maria Santos decidiu iniciar por Pelotas, no Teatro 7 de Abril, a grande tournée de "José Maria Santos procura Sarney para se coçar". Assim, no próximo dia 23, o irreverente ator paranaense começa um longo roteiro, que depois de Pelotas irá a Porto Alegre, Santa Maria e outras cidades gaúchas - subindo depois para Santa Catarina. xxx

Balcão de Ofertas

A José Olympio lança no Brasil a tradução de "O Quinto Personagem", de Robertson Davis, saudado pelo crítico L. J. Davis como "um romance maduro, perfeito e notável sob todos os aspectos; um dos melhores deste e de todos os tempos, que simplesmente não pode ser ignorado". sua ação abrange 60 anos, 3 continentes e duas guerras, englobando uma série de personagens. O autor, Davis, 73 anos, canadense de Thamesville, tem vários títulos famosos, um dos mais é este "Fifth Busines", primeira parte de uma trilogia. xxx

João Gilberto e a maravilhosa neurose em busca da perfeição

A história se repete. Como em junho de 1981, quando, dentro de um clima de mistério e muitos segredos, finalmente era lançado "Brasil", as páginas dos mais importantes veículos da imprensa brasileira abriram-se espontaneamente para saudar o retorno de João Gilberto ao disco. E na companhia de três outros ilustres baianos: Caetano Velloso, Gilberto Gil e Maria Bethania - num projeto que teve uma cara gestação de nove meses entre São Paulo-Rio-Nova Iorque, até atingir a perfeição que João sempre procura.

Marylou e Caldas, os saldos carvanavalescos

Se a produção caracterizadamente carnavaleca - sambas e marchinhas ao estilo tradicional - praticamente desapareceu e os sambas-de-enredos das grandes escolas do Rio de Janeiro (eventualmente de São Paulo), apesar de toda superpromoção via televisão, não emplacam autonomamente, resta ainda uma outra faixa de música ligada ao Carnaval. São os intérpretes (e compositores) que astutamente sentem a possibilidade de terem suas músicas absorvidas por essa festa, justamente pela falta de uma criação específica. Dois exemplos: o grupo Ultraje A Rigor e o baiano Luiz Caldas.

Promessa de candidato em sátira inteligente

Felizmente tem crescido o interesse dos pesquisadores por interpretações em blocos temáticos da música brasileira. Até mesmo os sambas de enredo para 1986 já permitem analisar os temas que, neste ano, serão os mais cantados - como o Cometa Halley, a inflação, a Nova República etc. Se de um lado existe uma preocupação política dos compositores das escolas de samba - especialmente do Rio de Janeiro e São Paulo, cujos sambas-de-enredo já foram lançados em lps (RCA, Continental etc.), por outro nota-se também reflexos de uma liberação de costumes, chegando mesmo ao erotismo.

As marchadeiras e a "revolução" de 1964

Poderia, em outros tempos, ser motivo de frustração. Hoje, com os ventos da Nova República e ascensão das esquerdas no Poder, até que muitas senhoras que entre 1963/64 faziam tremular faixas de protesto ao governo João Goulart nas enfurecidas "Marchas com Deus Pela Democracia", devem estar respirando tranqüilas ao folhearem aos 180 páginas de "Deus, Pátria e Família", de Solange de Deus Simões (Editora Vozes, janeiro/86) e não encontrarem citações de seus nomes.

Da política à guerra, temas diversificados

Antes de se tornar um político em evidência nacional, o hoje senador Fernando Henrique Cardoso - candidato derrotado do PMDB à Prefeitura de São Paulo - construiu uma respeitável bagagem de sociólogo e escritor. Autor de livros adotados em cursos de Ciências Sociais, nos quais há 10 ou 15 anos já expunha suas teses nacionalistas, FHC não deixou de produzir bons trabalhos intelectuais.

O Festival de Pato Branco não decolou

Como era fácil de se prever, o Festival da Canção promovido em Pato Branco aconteceu e não teve a menor projeção. O idealístico esforço de seus organizadores esbarrou naquilo que, por varias vezes, aqui temos lembrado: a falta de uma infra-estrutura que possibilite promoções como estas não se reduzam a apenas a três dias de festas e cuja repercussão não ultrapassa as fronteiras municipais.
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