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Oliver Stone

Um grito de indignação

Repete-se com "Um Grito de Liberdade" (Condor, 3 sessões) o mesmo que caracteriza alguns outros exemplos do melhor cinema político que se tem feito nestes últimos 20 anos: mais importante do que a estética, a linguagem e mesmo ocasionais propostas do realizador é o fato da denúncia em si, da coragem de num grande painel, em bloco, reavivar a memória do espectador, despertá-lo de sua inércia, dar-lhe um soco no estômago (do comodismo) e fazê-lo ao menos ter uma visão do problema que acontece aqui e agora, neste mundo às vésperas da virada de milênio - mas ainda vítima da canalhice, do fascism

Soldadinhos de Chumbo

12 anos depois de "Apocalypse Now", Francis Coppola revisita o Vietnã em "Jardins de Pedras" (Cinema I, 4 sessões). Só que ao invés do explícito naquela superprodução que levou a Zoetrop à uma do suas falências, desta vez ele faz um filme implícito sobre a mais cruel das guerras deste século. Em "Apocalypse Now", partindo da idéia de um dos mais densos romances do polaco-inglês Jerome Conrad (1857-1924), "O Coração nas Trevas" (1906), Ford mergulhava seus personagens no inferno do Sudeste da Ásia, numa viagem delirante de um oficial em busca de um coronel que havia enlouquecido.

Veja o filme, leia o livro e ouça o disco

Há dois anos, a premiação de "Entre Dois Amores" (Out of Africa, 85, de Sidney Pollack) provocou o "descobrimento" da escritora dinamarquesa Isak Dinensen, em cujos livros autobiográficos o roteirista Kurt Leudke baseou-se para "Out of Africa" que levou os Oscars de melhor filme, direção, roteiro adaptado, fotografia (David Watkin), trilha sonora (John Barry), direção de arte e som. Só meses depois que o filme chegou ao Brasil, foi que as editoras animaram-se a começar s publicar os romances de Isak Dinensen, uma das grandes escritoras deste século.

"Criação Monstruosa", o terror explícito

A temporada é do Oscar. Naturalmente que as filas voltaram a acontecer nos cinemas que exibem filmes como "O Último Imperador" (Bristol) e "Feitiço da Lua" (Condor), que na segunda-feira, 11, levaram 12 bonecos. Mas mesmo os que não tiveram nenhuma premiação - como "O Império do Sol", de Spielberg, ou o filme-canalha do ano "Atração Fatal" continuam atraindo grande público.

Um desperdício fatal na semana do Carnaval

Parece brincadeira, mas é verdade: distribuidores insistem em "queimar" excelentes filmes na esvaziada semana de Carnaval como se fossem fogos de artifícios. Parece que falta aos (ir)responsáveis pela marcação das datas, a mínima sensibilidade em entender o óbvio: no reinado de Momo, a freqüência aos cinemas cai de forma impressionante. Quem não viaja, cai na folia e no máximo fica em casa para acompanhar, pela televisão, os desfiles das escolas-de-samba do Rio de Janeiro - que é considerado um dos maiores espetáculos do mundo.
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