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Dias de violência e tortura em documentários

Brasília Após duas diferentes visões da periferia do Rio de Janeiro - a intensa realidade capturada nas imagens contundentes de Octávio Bezerra em "Uma Avenida Chamada Brasil" - que abriu ontem à noite o Festival - para a diluição na linha humorística do besteriol glamorizado de "Lili, a Estrela do Crime" (programado na última hora, em substituição a "Barella", que não ficou concluído a tempo de concorrer), o momento de maior emoção política do Festival deve acontecer amanhã, quando será apresentado "Que bom te ver viva", de Lúcia Murat.

Depois de "Collor - a cocaína dos pobres", o livro sobre o "Brizula"

Na sexta-feira, 10, em Brasília foi lançado o livro-reflexão "Brizola" (editora Pajelança, 120 páginas), segundo livro sobre o momento político que o jornalista, ensaísta e professor Gilberto Vasconcelos, publicou em menos de 40 dias. O primeiro, "Collor - a cocaína dos pobres" (Icone Editora, 96 páginas, NCz$ 18,00) teve sua primeira edição (25 mil exemplares) praticamente esgotada em três dias.

O pensamento político de Giba

Algumas reflexões de Gilberto Vasconcelos em "Collor - a cocaína dos pobres" (A nova cara da Direita)": "A esquerda ainda não entendeu que o verdadeiro não é popular, assim como é através de história que rola a memória do Brasil. Nosso povo acredita que o inconcebível pode ser verídico. Alertando Leonel Brizola em 1979, o cineasta Galuber Rocha dizia que a razão mística é mais importante do que a razão política para chegar ao poder". xxx

Munchausen, o maior mentiroso do mundo

Nova Iorque, 12 de março de 1989: o "Coronet", um dos maiores cinemas do mundo, está superlotado: apesar do frio e chuva, filas imensas circundam o quarteirão. Na Big Apple, como havia acontecido em Paris e Londres (e depois em outras metrópoles), a estréia de "As Aventuras do Barão de Munchausen" atraía multidões. Afinal, a Columbia montou um esquema especial para recuperar os quase US$ 40 milhões investidos nesta realização complicada, que se arrastou por mais de um ano com filmagens em vários países.

Um filme emocionante sobre a tortura de mulheres no Brasil.

Gramado - Se estivesse em competição, "Que Bom te Ver Viva" seria o grande vitorioso desta 17ª edição do Festival de Cinema que aqui acontece. Após a projeção para a imprensa, na terça-feira (o filme será apresentado, hors concours, às 23h30 de amanhã, sexta-feira), mesmo experientes e rigorosas críticas como Susana Schield ("Jornal do Brasil") e Helena Salem ("Última Hora") e até o implacável Almir Labak ("Folha de São Paulo") não escondiam uma emoção intensa, abraçando o cumprimentando a diretora do filme, Lúcia Murat, 41 anos.

A mineirice do Grande Mentecapto na tela.

Gramado - Mesmo que não saia com o Kikito de melhor filme deste festival porque, afinal, surpresas podem acontecer (e os resultados só foram anunciados na noite de ontem, impossíveis assim de serem registrados neste espaço), "O Grande Mentecapto" obteve a maior aceitação do público - o que o fez o maior favorito ao troféu do júri popular - e entre (muitos) méritos tem o de conseguir aquilo que poucos filmes têm obtido: uma fácil, deliciosa e emocionante comunicação.

Em defesa do cinema de nosso continente

Se a Mostra Latino-Americana de Cinema (2 a 10 de outubro de 1987) não tivesse (como tantos outros eventos ocorridos no Paraná) ficado na primeira e única edição, hoje poderia estar a caminho de se tornar um acontecimento de importância no calendário de festivais cinematográficos. Principalmente porque agora, mais do que nunca, a Embrafilme / Concine estão preocupados em aproximar as cinematografias do continente, como ficou definido durante a primeira reunião preparatória do Foro de Integração Cinematográfica Latino-Americana, realizado paralelamente ao Festival de Gramado.

Reedições com marketing

Há mais ou menos 10 anos, Guto Graça Mello, na época diretor artístico da Sigla/Som Livre, comentando seu projeto de fazer da etiqueta uma presença vigorosa na MPB, a definia apenas "como uma etiqueta-marketing". Passados 10 anos e dentro das leis do mercado, a Sigla transformou-se cada vez mais em etiqueta-marketing, dispensando seu elenco (que, em certa época, chegou a ser expressivo) e se utilizando apenas de fonogramas de todas as outras gravadoras - já que a força de divulgação que a Rede Globo garante, compensa a cessão das faixas por outras fábricas.

"Rio-Leningrado", um filme de aproximação

Até agora, só houve uma exibição pública: "Rio-Leningrado Sem Fronteiras" foi mostrado numa sessão às 23 horas durante o V FestRio (17 a 26 de novembro de 1988) para um público que lotou o Cine Roxy, ansioso para conhecer a primeira co-produção Brasil-Rússia. Dentro das glastone, este documentário realizado a quatro mãos por Carlos Ribeiro Prestes e Valery Naumov poderá fazer mais pela aproximação maior entre o Brasil e a Rússia do que milhões de dólares gastos oficialmente.

MPB, 15 anos em que o marketing é quem manda

Em 1973, quando CLAUDIO MANOEL DA COSTA começava no jornalismo, a era dos festivais de Música Popular já tinha praticamente acabado a forma de grande impacto. Um ano antes, em setembro de 1972, a Rede Globo promoveu o VII FIC - o último da série - que premiou "Fio Maravilha" (Jorge Ben), revelando a ex-empregada doméstica Maria Alcina como uma intérprete original e destacando também "Diálogo" (Baden Powell/Paulo Cesar Pinheiro), defendida no Maracanãzinho por Tobias e Claudia Regina - dois entre tantos cantores lançados em festivais que não deram certo.
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