Terra do Sol
Othon
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de novembro de 1975
O ator Othon Bastos, desde "Deus e o diabo na Terra do Sol" (1964, de Glauber Rocha) um dos mais prestigiados artistas do teatro e cinema, aproveitou a folga de uma semana provocada pelo adiamento no início das filmagens de "Sargento Getúlio", que Ruy Guerra vai rodar em Lençóis e Cachoeira, no Interior da Bahia, para vir debater problemas de teatro, aqui em Fortaleza. Baseado no romance de João Ubaldo Ribeiro, considerado um dos melhores textos da moderna ficção brasileira, "Sargento Getúlio" terá Othon, Gianfrancesco Guarnieri e Fernando Peixoto nos principais papéis.
Enfrentando Godot
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de janeiro de 1977
O jornalista Eddy Antonio Franciosi, que no ano passado retornou ao colunismo diário e também à direção teatral, já tomou uma corajosa decisão: vai montar "Esperando Godot", custe o que custar. Começa os ensaios tão longo estréie "O Exercício", de Lewis John Carlino, que atualmente está dirigindo, com dois grandes amigos - e dos mais respeitáveis profissionais do teatro paranaense: Lala Schneider e José Maria Santos.
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O espantalho de Sergio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de novembro de 1974
"A Noite do Espantalho" (cine Scala, a partir do dia 7) além de se constituir na mais importante estréia do cinema nacional em 1974, é também um filme que demonstra que não é fácil aos autores honestos e realmente criativos desenvolveram os seus trabalhos. Pois este filme que Sérgio Ricardo escreveu, dirigiu e musicou - e para cujo lançamento vem [à] cidade, aqui chegando na terça-feira, com o produtor Otto Engel - constituíam desafio há 10 anos.
As notas e as imagens de Sérgio Ricardo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de novembro de 1974
"Nas nossas surdinas interiores, quando os ruídos da cidade não nos ferem os ouvidos, quantos de nós não nos embalamos com a lembrança de certas criações msicais privilegiadas de uns poucos grandes rapsodos nossos?
O que sei é que, nos meus silentes noturnos musicais, minha memória contabile se povoa de alguns deles e, seguramente, dos sons de Sérgio Ricardo, esse pan-brasileiro, que tem melorias e harmonias e cadências e timbres sons-nossos, expressões, dores e músicas sofridas e esperançosas, magoadas, amorosas e tristes, de nossa sensibilidade criativa".
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O cinema de Sérgio Ricardo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de novembro de 1974
A presença em Curitiba de Sergio Ricardo, compositor, cantor e cineasta, para a retrospetica de sua obra cinematográfica ("Menino da Calça Branca", 1961, curtametragem e "Esse Mundo é Meu", 63, hoje, terça-feira, 20,30 horas no auditório do Colégio Estadual; amanhã, mesma hora e local, "Juliana do Amor Perdido", 1970), conferirá, com certeza, maior repercussão ao lançamento do elogiado "A Noite do Espantalho" (cine Scala, dia 7), que representou o Brasil nos festivais de Nova Iorque e Toulon (França) e que, no recente festival de Belém do Pará, abiscoitou quatro troféus: melhor filme,
O cineasta Sérgio Ricardo (II)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de novembro de 1974
Em 13 anos de atividades cinematrográficas, Sérgio Ricardo realizou em curta-metragem ("O
Uma [Ópera] Jagunça
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de novembro de 1974
Uma [Ópera Jagunça] é a mais feliz e correta definição de "A Noite do Espantalho" (Cine Scala, hoje, 4 sessões, último dia em exibição) um dos mais belos e inteligentes filmes já realizados no Brasil - país onde, infelizmente, dificilmente será compreendido em toda sua dimensão. Sergio Ricardo, 41 anos, 3 longa-metragens, compositor-cineasta-cantor, realizou este filmusical mágico e fantástico consciente dos riscos financeiros do empreendimento (Cr$ 1.108.000,00) e de que apenas uma reduzida faixa de espectadores aceitaria a sua linguagem inovadora.
O filme americano de Glauber
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de novembro de 1974
Ausente dos noticiários há meses, Glauber Rocha comunicou em carta a um amigo, o brasileiro Fabiano Canosa, residindo em Nova York, música ambicioso projeto: a realização de um filme em que reunirá no elenco todos os artistas contestadores da política americana, como Marlon Brando, Jane Fonda, a inglesa Vanessa Redgrave e outros. As últimas notícias a respeito do polêmico cineasta baiano falavam de um projeto em torno de uma revisão cinematográfica da História do Brasil, mas agora o diretor de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" estaria preocupado com o seu filme americano.
A música de Sérgio Ricardo, um operário - artista em construção
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de outubro de 1974
FASCINANTE gênero musical, a trilha sonora dispõe hoje de um catálogo internacional dos mais expressivos, acrescido à cada mês de novos e importantes títulos - não apenas de produções recentes mas, principalmente, com as músicas dos grandes filmes do passado - num prato dos mais apetitosos aos colecionadores, que são obrigados a recorrer aos (caros) [álbuns] importados, haja [vista] que é tímida a iniciativa de nossas gravadoras em colocarem tais lançamentos ao alcance do público brasileiro.
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O cinema baiano vem aí!
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de setembro de 1974
Após ser apresentada em São Paulo, onde até domingo, no Palácio das Convenções do Anhembi, a Bahiatursa e a Rede Globo de Televisão realizam a Feira da Bahia - grande evento organizado para atrair à Boa Terra um maior número de turistas na chamada baixa estação - a retrospectiva Walter da Silveira, em homenagem ao crítico desaparecido e que durante duas décadas foi o grande mentor e incentivador da arte cinematográfica na Bahia, será trazido a Curitiba, em promoção da Fundação Cultural (7 a 11 de outubro, auditório do Colégio Estadual), oferecendo a oportunidade do público (re) ver alguns c
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