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Tarik de Souza

Um show felliniano no palco do Paiol

Como Fellini não morreu, Fellini estará amanhã à noite no Teatro Paiol, dando um banho de som-rock-samba-mpb, como ocorre há mais de quatro anos em espetáculos e em discos. "O Adeus de Fellini", "Fellini só Vive Duas Vezes" e "Três Lugares Diferentes", este último escolhido pela crítica na revista "Bizz" como melhor elepê de 87, ao lado do disco dos Titãs.

O jazz com Sony, Mingus e Desmond

1988 parece que será realmente um ano riquíssimo em termos de jazz. Afora as boas temporadas já realizadas e o apetitoso leque de atrações que as irmãs Silvinha e Monique Galdesberg montaram para a próxima edição do Free Jazz (setembro, São Paulo/Rio), os lançamentos de qualidade sucedem a cada semana, tornando difícil mesmo os mais endinheirados colecionadores acompanhar todas as edições.

Sharp faz a maior premiação musical

Mais do que uma grande promoção em favor da música brasileira, o Prêmio Sharp de Música Popular - Troféu Vinícius de Moraes, que chega ao seu final, na noite de terça-feira, 31, com a entrega dos troféus aos escolhidos nas categorias (Teatro D. Pedro I, Hotel Nacional, Rio de Janeiro) é um (primeiro) passo para que se possa ter, no Brasil, uma distinção anual com a mesma dignidade que faz do Grammy ter hoje, para a música, o mesmo peso, que o sexagenário Oscar tem para o cinema.

Os melhores momentos dos bons que já desapareceram

Assistir a um grupo como o Traditional Band é como uma espécie de introdução ao mundo fascinante do jazz. Privilégio de uma minoria de iniciados nos segredos da música instrumental americana até há alguns anos, o jazz se democratizou felizmente! E o interesse é crescente, haja visto que em menos de seis meses o Blue Note Jazz Clube, fundado pelo engenheiro Guy Manoel a frente de um grupo de jazzmaníacos, se consolidou atingindo já sua lotação completa (hoje a noite, aliás, acontece uma reunião especial, com canja da rapaziada do TJB).

O som negro, do Soul ao rip nova-iorquino

Exemplos diversos da música pop, entre os anos 60/80, seja com reedições ou novidades, estão no último suplemento da RCA, hoje oficialmente BMG/Ariola, com muito oxigênio em seu amplo elenco nacional e internacional. Começa, por exemplo, trazendo um novo elepê de Wilson Picektt ("American Soul Man"), bastante representativo do cantor que transformou o grito alongado de "Hey Jude", "numa punhalada lancinante", como observaria Tarik de Souza. Na verdade, virada a página neoclássica progressiva do rock 70, as feras do soul estão voltando.

Geléia Geral

Stalin deve estar revirando na tumba. E o velho Marx também. Afinal a Glasnost do camarada Gorbachev parece ter exagerado: o pior rock de consumo capitalista invadiu a URSS. Afinal, um mercado imenso. Depois desta, só mesmo o rock chinês - da República Popular, é claro.

Um concerto que não haverá e o romantismo de Mercedes

Quem esperava assistir amanhã à noite o guitarrista Paco De Lucia, considerado o melhor intérprete de flamenco da atualidade, terá uma decepção. Apesar dos anúncios de página inteira em publicações como "Bizz" e notícias em revistas nacionais ("Veja", "Isto É"), dando o Teatro Guaíra como palco para uma única apresentação de Paco, dentro do roteiro nacional que o guitarrista espanhol faz no Brasil, realmente a direção da Fundação Teatro Guaíra foi o marido enganado da história. Ou seja: não há data reservada para Paco no palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto.

Canta, Brasil!

Ney e Tim, cantando com a força personalíssima O que marca um cantor? Eis uma questão para ser aprofundada por quem se interesse pela música popular em termos de arte & consumo. Pode ser a regularidade num estilo, como, há 40 anos, faz de Nelson Gonçalves, 67 anos - completados no dia 21 de junho, um dos nomes mais populares do Brasil. Ou o preciosismo vocal, a busca da perfeição que, de um outro lado, coloca um cantor como o baiano João Gilberto, 55 anos, em um altar especial a quem (como nós) o considera a mais perfeita das vozes do Brasil.

Gonzagão, este monumento vivo de nossa melhor MPB

Há seis anos ("Jornal do Brasil", 20/04/1981), a propósito do 38º elepê de Luiz Gonzaga ("A Festa") dentro de uma carreira devotada, quase exclusivamente a uma única gravadora, a RCA (em 1973, brigou, fez dois elepês na Odeon e voltou como filho pródigo), Tárik de Souza o definia como "Gonzagão, o monumento nordestino".
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