Tarik de Souza
Sexo do Ultraje prova que o melhor ainda é a mulher
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de abril de 1987
"Acidente de trânsito mata muito mais do que AIDS e ninguém fala. Além do mais, todo mundo vive em função do sexo, é uma parte fundamental de nossas vidas; então por que não falar nisso? Com a AIDS, ficou muito mais importante os jovens terem educação sexual, coisa que minha geração não teve".
(Roger Moreira, 30 anos, guitarrista, cantor, compositor, líder do grupo Ultraje a Rigor).
xxx
Pagode, a reação verde amarela contra o rock
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de janeiro de 1987
Se o rock continuou a ser o grande campo de investimento das principais gravadoras - especialmente as multinacionais - houve, em contrapartida, a nacionalística reação do pagode. De modestas produções na RGE, o pagode cresceu em vendas e terminou o ano ganhando os espaços nobres dos milionários programas especiais de fim de ano das redes nacionais de televisão, até mesmo no super Global especial de Roberto Carlos.
Bezerra da Silva com o sambandido
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de julho de 1986
A coincidência de terem sido lançados num mesmo mês (maio/86) os novos elepês do veterano Moreira da Silva, carioca de Tijuca, 84 anos completados no último dia 1° de abril ("Cheguei e Vou Dar Trabalho", Top Tape) e do pernambucano (José Bezerra da Silva, 49 anos (Älô Malandragem Maloca o Flagrante", RCA) fez com que as comparações fossem inevitáveis e os registros da imprensa aproximassem os dois intérpretes.
Roberto Carlos, o produto comercial
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de dezembro de 1985
A cada ano repete-se a operação Roberto Carlos. Vendas antecipas (este ano chegando a 1.300.000 cópias), espaços nobres na imprensa nacional e as discussões de sempres em torno da mesmice, da repetição cíclica que faz, há 20 anos , o "Rei"se manter como campeão absoluto em vendagens e popularidade. Inútil negar: RC mantém a fórmula segura de alcançar um público que, ao longo destas duas décadas, só tem crescido.
Beth, a felicidade que está no samba
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de janeiro de 1985
Beth Carvalho está feliz. Muito feliz. E transmite isto no belo disco que gravou no ano passado, lançado em novembro, mas só agora chegando às paradas de sucesso: "Coração Feliz" (RCA).
Aldir e Maurício, no melhor disco de 1984
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Há quatro anos, Maurício Tapajós (Rio de Janeiro, 27.12.1943), dono já de uma sólida obra com ilustres parceiros - paralelamente a uma das mais lúcidas e corajosas lutas em defesa dos direitos autorais - gravou um elepê como intérprete ("Olha Aí", produção da Sociedade de Artistas e Compositores Independentes Ltda.). No primeiro semestre de 1984, Maurício voltou aos estúdios para fazer um álbum duplo, - desta vez registrando a parceria com Aldir Blanc e realizando aquele que é, em nossa opinião, o melhor disco produzido no Brasil em 1984.
Tags:
- A Louca
- A Voz do Brasil
- Aldir Blanc
- César Camargo Mariano
- Chico Buarque de Hollanda
- Chico Caruso
- CLÁUDIO
- Cristina Santos
- Elifas Andreato
- Heitor Valente
- Hermínio Bello de Carvalho
- João Bosco
- João Figueiredo
- João Nogueira
- Jorge Eduardo
- Lamartine Babo
- Lucélia Santos
- Luiz Carlos Saroldi
- Luiz Cláudio Ramos
- Marco Aurélio
- Marília Barbosa
- Maurício Tapajós
- Mello Menezes
- Milton Nascimento
- Moacyr Andrade
- MPB
- MPB dos
- Nilo de Paula
- Noel Rosa
- O Bonde
- Olha Aí
- Paulo Caruso
- Paulo César Pinheiro
- Paulo Emílio
- Querelas do Brasil
- Quinteto Violado
- Radamés Gnatalli
- Santo Amaro
- Suely Costa
- Tarik de Souza
- Valsa do Maracanã
De palavra em palavra
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de dezembro de 1984
A avalanche de (bons) discos lançados no final do ano traz, ao lado da natural preocupação mercadológica/comercial das gravadoras, material para diferentes enfoques. Pena que a redução constante dos espaços destinados aos registros culturais faça com que, mesmo na chamaada imprensa nacional, os discos com as produçòes mais recentes de tantos compositores e intérpretes (de Chico Buarque a Roberto Carlos) ganhem poucas linhas.
Tags:
- Affonso Romano Sant
- Alceu Valença
- Andy Warhol
- Aquarela do Brasil
- Araçá Azul
- Aurora Miranda
- Buraco Negro
- Cabeça Feita
- Caetano Veloso
- Carmem Miranda
- Chico Buarque de Hollanda
- Dalva de Oliveira
- Erasmo Carlos
- FMs
- Gal Costa
- Gilberto Gil
- Janis Joplin
- João de Barro
- Luiz Gonzaga
- Maria da Graça Costa Pena Burgos
- Nova República
- Olhos Verdes
- Onde Está
- Paulo Barbosa
- Pegando Fogo
- Podres Poderes
- Raça Humana
- RC
- Roberto Carlos
- Tarik de Souza
- Vinícius Cantuária
Rumos do bom humor em camisa de Vênus
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de setembro de 1985
Entre as características da MPB nesta década, uma, sem favor, é a (re)descoberta do humor. O sorriso sempre coexistiu com a melhor música popular - e das ironias de Noel Rosa às irreverências erótico-políticas de Rita Lee (por sinal, saindo com seu novo elepê) há muita coisa a ser explorada - como, aliás, Tarik de Souza fez num brilhante texto que leu por ocasião da l (e única) Feira do Humor, há alguns anos, em Curitiba.
Davis, sempre revolucionário
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de setembro de 1985
MILES DAVIS é incrível e único. Quase sexagenário - nasceu em 25 de maio de 1926, em Alton, Illinois - Miles Dewey Davis parece ter uma espécie de síndrome de Peter Pan em termos de criatividade. Usina de alta voltagem musical que há 40 anos vem passando por todas as escolas revolucionárias do jazz - do bepop ao roc-fusion ("Bitches Brew", 68) Davis retornou com força após alguns anos de afastamento. "Decoy", do ano passado, foi o "Album of the Year" da rigorosa Down Beat e lhe valeu a indicação Grammy na categoria jazz fusion.
Humor de Henfil, na teoria e na prática
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de abril de 1985
Os editores descobriram o óbvio : há uma imensa faixa de público que deseja ler mas não dispõe nem tempo, nem dinheiro, para efrentar volumes grossos e caros. Assim, a leitura macetosa, com temas de interesse - mas que cobrem os mais diversos campos - em livros de bolso preenchem um espaço natural. Portáteis, econômico, descartáveis, podem ser lidos no ônibus, na fila, numa folga no trabalho etc.