Paulo Vitola
Gio, um concerto do melhor violão
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de novembro de 1987
Há exatamente um ano, Cupertino Amaral, 53 anos, uma das pessoas mais estimadas dos bons tempos de boêmia musical curitibana, procurou as entidades (ditas) culturais da cidade em busca de um auditório em que seu filho, Gio, pudesse fazer um recital de violão. Advogado com 30 anos de atuação na cidade, bem relacionado, ex-chefe de gabinete de Carlos Alberto Moro quando este ocupou a Secretaria da Educação e Cultura, Cupertino esperava encontrar boa vontade para o seu pedido.
A "Boca" na Manchete
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de junho de 1987
Anfrísio Siqueira, 60 anos, presidente eterno da Boca Maldita, ficou satisfeito com a reportagem de três páginas, com fotos em cores de Sergio de Souza, publicada na revista "Manchete". Com o título de "Boca Maldita - o tititi começa aqui", o jornalista Ney Bianchi fala da mais famosa instituição de boatos e fofocas de Curitiba.
Na batalha dos jingles, até Garanhão dançou
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de novembro de 1986
No início, era apenas nos horários radiofônicos reservados ao TRE. Agora, a poluição sonora á geral. Em todo o Estado, mais de 10 mil veículos - de todos os modelos e estados de conservação - percorrem ruas, praças, avenidas e até rodovias para divulgarem as mensagens dos candidatos às eleições do próximo dia 15. Se antigamente, na falta de uma melhor tecnologia na aparelhagem de som, havia necessidade de locução ao vivo em cada veículo, agora uma simples e econômica fita minicassete possibilita a audição clara da mensagem e, o que é importante, dos jingles políticos.
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E a "Curitiba" do Polaco está no ar em Los Angeles
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de abril de 1987
"Curitiba" está sendo ouvida em Los Angeles. Não se trata da hoje clássica e ufanista canção que Paulo Vítola, há 16 anos, criou para o "Cidade Sem Portas". É a "Curitiba" de Polaco - Carlos Alberto Oliva, 35 anos, violonista e compositor que há mais de dois anos reside em Los Angeles, estudando na Guitar Institut of Technology, e que começa a ter o seu espaço no competitivo universo musical americano.
"Todas As Pessoas", do Zé Oliva, está em produção
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de abril de 1987
Enquanto seu irmão mais moço, o Polaco, está se saindo bem em Los Angeles, José Roberto Oliva, 40 anos, publicitário e compositor, também está em escalada musical. Afinal, está quase concluindo a gravação de "Todas As Pessoas", seu primeiro elepê, produção independente, que vem realizando desde novembro de 1986 nos estúdios da Audison.
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Colorado e Não Agite, final sem "happy end"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de março de 1987
A crônica do Carnaval curitibano oferece múltiplos aspectos para análises que, sem sociologuês, podem, entretanto, justificar teses acadêmicas. Por exemplo, como se explica que duas das mais tradicionais escolas de samba decaíram como aconteceu com a Não Agite - que este ano nem desfilou; e a Colorado, que não se tendo apresentado no ano passado, voltou agora, no melancólico terceiro grupo, na noite de terça-feira, com enredo "Voltei Para Ficar" - ao lado da Unidos de Colombo - única Escola de Samba da Região Metropolitana - e a Leão de Ouro.
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Almir e Renato, como é bom ser bem brasileiro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de março de 1987
Assim como há muito tempo que desapareceu, naturalmente, sem traumas, o hábito de classificar-se o gênero de cada música gravada, imprimindo-se ao lado do título também a sua categoria - valsa, samba, balada, tango, marcha, etc. - já que houve uma interação rítmica natural, também há certos artistas difíceis de adjetivar e classificar em categorias estanques. São talentos que independem de origens e estilos e que se projetam nacionalmente por aquilo que melhor possuem: o talento.
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No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de março de 1987
Desonestidade de distribuidora de publicações: na semana seguinte ao Carnaval, as bancas da cidade foram inundadas com uma publicação pornográfica intitulada "Jornal do Carnaval", com fotos de bailes em que o sexo predominou. Publicado pelo editor Sérgio Lopes (Rua do Riachuelo, 109, Rio de Janeiro - Editora Gráfica Comunicação), foi vendida a Cz$ 10,50 o exemplar. Só que a publicação refere-se ao Carnaval de 83 - fato confirmado com a simples retirada do adesivo contendo o novo preço.
Maria Bueno, agora num grande bailado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1987
Depois de chegar ao teatro e à televisão , Maria Bueno na dança!
O projeto fascina Carlos Triencheiras, 48 anos, maitre do Ballet Guaíra. Desde que Oracy Gemba, responsável pela encenação da peça "Maria Bueno", há 13 anos, lhe falou desta personagem curitibana, o coreógrafo português ficou fascinado pela sua densidade dramática e força como tema para um grande bailado de raízes profundamente curitibanas.
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Bons sambas-de-enredo nas escolas de samba
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de março de 1987
Uma agradável surpresa: ao menos em termos de samba-de-enredo as 12 Escolas de Samba que desfilaram na Avenida Marechal Deodoro não decepcionaram. Com maior ou menor voltagem criativa, todas as agremiações carnavalescas saíram com sambas próprios, compostos por autores da cidade e que, dentro de suas limitações buscaram contar e cantar o enredo pretendido. Considerando-se que até há menos de dez anos eram poucas as escolas-de-samba que apresentavam sambas próprios, desfilando ao som de sambas e marchinhas tradicionais, pode-se dizer que houve uma evolução.