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Stan Getz

O jazz nos saxes

Instrumento da maior sonoridade, que possibilita a descrição de imagens sonoras dificilmente obtidas através de outros meios, o saxofone é o que presta às melhores modulações jazzisticas. Dentro desta primaveras de lançamentos excepcionais, no campo de jazz, temos alguns momentos históricos em gravações realmente imperdíveis. De princípio, o som único e para muitos inigualável de Bem Wester (1909-1973), numa seleção de seus melhores momentos em "Ballads" (Verve/Polygram), álbum duplo realizado com o esmero que caracterizou sempre os trabalhos de Norman Granz.

Gênio Intrumental

Dentro da Música brasileira - sem rótulo de popular ou erudita, contemporânea ou de vanguarda - há alguns criadores da maior voltagem que, sem favor nenhum, merecem a classificação de gênio. São compositores-instrumentistas, eventualmente vocalistas, que não podem ser colocados em categoria estanques, tal a carga que traduzem em suas produções. Entre estes, dois nomes merecem destaque: Hermeto Paschoal e Egberto Gismonti.

Altos e baixos do Festival de Jazz

São Paulo, setembro - Há muito que os puristas de jazz já reclamam da invasão elétrica na música que nasceu em Nova Orleans no final do século passado, pelas correntes do rock, pop e até o punk - este, hoje absorvido até pelo nosso conhecido Raulzinho, trombonista brasileiro há 8 anos radicado nos EUA e que na noite de quinta-feira apresentou-se no Anhembi, com um conjunto de jovens instrumentistas, mostrando sua nova fase de criação (que pode ser observada no LP "Don'T ask my Neighbours", Capitol, setembro/78).

O "show" de Raulzinho

São Paulo - A apresentação do [trombonista] Raulzinho de Souza, na quinta-feira no 1º Festival Internacional de Jazz, provou basicamente duas coisas: seu sopro está cada vez mais limpo e lírico, com uma sonoridade incrível - que os curitibanos mais velhos da noite devem recordar de seus anos (1958/63), quando era 2º Sargento da banda da EOEIG e, nas boites da cidade, tentava mostrar uma música mais moderna.

Discos do Ano

Às vésperas do vigésimo aniversário da gravação de "Canção do Amor Demais" (Discos Festa, 1958), onde a cantora Elizete Cardoso lançava, entre 12 outras músicas de Vinicius de Moraes-Antonio Carlos Jobim, a histórica "Chega de Saudade" - que, em 1959, na voz e violão de João Gilberto deflagraria o movimento da Bossa Nova - a conclusão é uma só: em termos de qualidade, de renovação nada de mais importante do que a Bossa Nova ocorreu no Brasil - em que pese todas as correntes, discussões e milhares de gravações.

Aqui, Jazz (I)

É possível que não se repita o mesmo que em 1978 - quando o I Festival Internacional de Jazz, em São Paulo, provocou a edição de quase 300 elepês deste genial musical no Brasil - onde a dieta jazzística sempre foi rigorosa, obrigando os aficionados a recorrerem aos discos importados, hoje acima de Cr$ 1.00,00 a unidade. Mas o êxito do II FIJ (Anhembi, maio/80) e o próximo Rio/Monterrey Jazz Festival (Rio Centro, 15 a 17 de agosto), com a presença de grandes nomes, está motivando que as edições jazzísticas se sucedam.

Bossa Nova

Num perdido 22 de um remoto novembro dos idos de 1962, eu, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, embarquei, contra minha vontade, pra Nova Iorque. Manhã branca, leitosa, sem sombra, o velho Boeing 707 correu no mormaço, rugiu sua prepotência, levantou o nariz e mostrou o papo pro vento, e foi galgando a escadaria de ar, as costelas de vento, corcoveando, e lá se foi, comigo dentro, muito a contra-gosto, a Guanabara espelhando lá embaixo. Era a primeira vez que saía do Brasil, já tinha quase 36 anos e me considerava velho.

Sinatra inédito

Jonas Silva, 48 anos, 35 de atividade ligadas à música e à fonografia, passou o dia ontem na cidade, visitando seus clientes e constatando, mais uma vez, a precariedade do mercado de discos da cidade: em pouquíssimas lojas da cidade, encontraram-se os lançamentos de sua etiqueta, a Imagem. Funcionando independente dos grupos multinacionais, faz, entretanto, algumas das mais interessantes edições. xxx

Nesta semana do Free Jazz, o melhor do novo e antigo

O sucesso da terceira edição do Free Jazz Festival (Hotel Nacional, Rio de Janeiro, até amanhã; São Paulo, Anhembi, de 8 a 13) trouxe, naturalmente, o maior impulso as gravações de jazz, repetindo-se o que havia acontecido em 1978, quando do I São Paulo - Montreaux Jazz Festival, que engordou o mercado jazzístico nacional com mais de cem exemplares - infelizmente o mesmo não repetindo-se nos eventos posteriores.

A Bossa Nova, vinte anos depois

Passadas muitas semanas de completa paralisação, o Teatro do Paiol reabre suas portas com um dos mais importantes eventos musicais do ano: três shows com o compositor Carlos Lyra, nome-base da música popular brasileira, um dos principais integrantes do núcleo original da Bossa Nova.
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