Vinícius de Moraes
A noite em que João Gilberto cantou em Curitiba
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de dezembro de 1990
Foi num domingo. E lá se vão 28 anos, mas parece que foi ontem. A Bossa Nova ainda era vista com restrições. Mesmo pessoas que gostavam da música brasileira como João Féder, então secretário de redação da vibrante "Tribuna do Paraná", ex-discotecário da Rádio Guairacá e hoje conselheiro do Tribunal de Contas, não entendia bem o canto aparentemente desafinado do nome maior da Bossa Nova - o baiano João Gilberto. Nara Leão, então, nem pensar.
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Encontro marcado com o jazz de Fernando Sabino
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de novembro de 1990
Os cariocas ainda não descobriram. Ainda bem! Se já tivesse tornado modismo, as jam-sessions da happy hour dominical do Gula Bar, no Marina Palace Hotel, no Leblon, RJ, não teriam a tranqüilidade e clima de encontro de amigos com quem vem sendo caracterizada há dois meses.
Em pouco tempo, seus 60 lugares passariam a ser tão disputados quanto são os do Michael´s Pub, em Nova York, às segundas-feiras, quando ali se apresenta um clarinetista chamado Woody Allen, também cineasta.
O talento brabo da bela cantriz Denize
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de setembro de 1990
Meu pai, gravei para sempre
No meu pensamento
Terno claro, preto de sapato
branco
A voz gutural, com uma sensibilidade selvagem, é o canto de amor filial, faixa de abertura com que Denise Assunção, 34 anos, em parceria com o irmão famoso, Itamar, 41, abrem "A Maior Bandeira Brasileira" (produção independente, distribuída pela Baratos Afins, abril/90), disco que vale a esta cantriz crioula, beleza muito pessoal, quilometragem paranaense e hoje vivendo na Suiça, uma atenção especial.
Viaje no tempo musical de Simone a Adoniran Barbosa
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de setembro de 1990
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"Personalidades" muito bem escolhidas da MPB
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de setembro de 1990
O advento da Era do CD estimulou as gravadoras a produzirem discos com os nomes de potencialidades de vendas que passaram por suas etiquetas. Afinal, os direitos sobre os fonogramas pertencem às gravadoras, público existe - tanto aquela faixa exigente que, pouco a pouco, vai substituindo os discos em vinil por CDs (como, a partir de 1952, substituiu os pesados e frágeis 78rpm por elepês), como, no caso dos mais jovens, que dispõe de montagens reciclantes, com excelente tratamento de remixagem, de gravações históricas.
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Doce música do suave Toquinho
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de setembro de 1990
Este ano, Toquinho preferiu não gravar nenhum disco no Brasil. Reduziu sua agenda de apresentações - mais de 20 shows foram suspensos e, como apaixonado por futebol, atuou inclusive como comentarista num programa de televisão durante a Copa do Mundo. Agora, com um novo espetáculo, por ele concebido e dirigido, inicia em novembro uma excursão pela Itália, ali devendo gravar seu novo elepê - com previsão de lançamento no Brasil somente em 1991.
Agora, os melhores do jazz em edições laser
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de outubro de 1990
Se faz lançamentos na área mais popular - como o álbum The Cleebanoff Strings & Orquestra ("Besame Mucho"), com 20 hits de várias épocas, abre uma série para Blues com diferentes intérpretes - que merecerá registro posterior - o forte da Imagem, além dos clássicos, são os discos de jazz. Desde a música das big bands - como a de Harry James, (1916-1983), com seus 14 standards mais conhecidos a partir do prefixo "Ciribiribin" - ao raro álbum com Chet Baker (1929-1988) cantando - o catálogo da Imagem é rico e diversificado.
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A arte múltipla do eletrizante Utrabo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de junho de 1990
Em 1964, quando o produtor Nelson Teixeira Mendes veio rodar no Paraná o filme "O Diabo de Vila Velha", seu assistente de produção, Laertes Moreira (já falecido) corria a cidade para encontrar objetos de época. Havia raros antiquários e o único com uma bem montada estrutura era Rubens Utrabo, numa das lojas do então elegante edifício Sumatra na rua Senador Alencar Guimarães.
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Tinhorão, um cruzado em defesa de nossa cultura
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de agosto de 1990
"O cara que fala pode dizer que não disse. Mas o que escreve não pode dizer que não escreveu. Por isso, sou vulnerável. Tudo o que eu disse, escrevi"
(José Ramos Tinhorão, um jornalista honesto).
Difícil encontrar alguém com alguma ligação na música popular que não tenha ouvido falar em José Ramos Tinhorão. Seja para xingá-lo - a maioria - seja para saber reconhecer seus méritos, este santista de 62 anos - completados em 7 de fevereiro, 40 de imprensa, é o pesquisador e crítico mais famoso da música popular brasileira.
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Odete não conta tudo mas George conta tudo sobre vida de Proust
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de junho de 1990
Cada vez mais enriquece-se a área de biografia e memorialismo no Brasil. É salutar observar que livros com biografias (e autobiografias), sejam obras de maiores pretensões ou mesmo depoimentos mais particulares (e, muitas vezes pouco reveladores) vem encontrando uma ampla faixa de leitores. Só assim é possível se conhecer melhor figuras, fatos e acontecimentos do passado do ponto de vista de quem deles participou, seja através de relatos pessoais ou uma arqueologia histórica desenvolvida por biógrafos.