Vinícius de Moraes
Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de abril de 1973
Quando Luiz Pires deixou São Luiz, no Maranhão, para tentar a vida na Guanabara já tinha decidido trabalhar em teatro. Algumas brincadeiras artísticas no grupo em que aprendeu as primeiras letras, o animou a tentar a difícil carreira e assim , como tantos outros jovens idealistas preferiu arriscar muito em busca do pouco que o teatro possa dar, "pois o importante é a realização artística e pessoal" explica. Em São Luiz, ainda, chegou a participar de uma montagem a obra do Vinícius de Moraes e numa peça de um autor local.
Vinícius, como nasce a Poesia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de abril de 1973
Vinícius de Moraes começa a cuidar na próxima semana, em São Paulo, de um novo disco. Vai chamar-se "Vinícius Triste" e so sairá em novembro, já pela Philips (atualmente Vinícius e Toquinho estão pressos por contrato a RGE). Com produção de Roberto Menescai, o disco mostrará Vinícius com suas melhores músicas, evidentemente temas românticos, com diversos parceiros. Também dirá alguns poemas, inéditos de seu aguardado livro sobre o Rio de janeiro, no qual, no final do ano passado, em Salvador, trabalhou bastante.
PALCOS/SOM/IMAGEM
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de março de 1973
A aparência agradável e jovial, do rapaz que a partir de 1958 integrou o lado mais sadio e talentoso do movimento de renovação da musica popular brasileira: "A Bossa Nova desapareceu porque não era uma entidade: entidade é um Antônio Carlos Jobim, um Sérgio Ricardo, um Vinícius de Moraes, um Carlos Lyra". E acrescenta: "Não estou preocupado em fazer música de consumo no momento de mediocridade porque passamos: - prefiro armazenar, reservar minhas músicas para um novo momento, que deve acontecer".
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Teatro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de abril de 1973
<< Um Grito Parado no Ar >> (Teatro Guaíra, a partir de hoje) se constitui numa das mais auspiciosas estréias da temporada. Pela importância do autor (Gianfrancesco Guarnieri), gabarito do elenco (Othon Bastos e Marilha Overbeck, entre outros) e competência do diretor (Fernando Peixoto) este é um espetáculo que se recomenda e merece a atenção do público que sabe apreciar o bom teatro.
Pau-de-arara
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de março de 1973
Embora admirado pelo público por suas canções românticas, principalmente as que fez em parceria com Geraldo Vandré (Quem Quiser Encontrar o Amor) e Vinícius de Moraes (Minha Namorada, Marcha da Quarta-Feira de Cinzas), foi uma música inspirada num xaxado que mais rendeu a Carlinhos Lyra em direitos autorais. Pois Lyra - que já chegou a Curitiba para uma série de apresentações - criou o tema "Pau-de-Arara" para o musical "Pobre Menina Rica". Segundo Vinícius de Moraes, autor do libreto, o sujeito existiu: "Eu o conheci. Era um cara muito inteligente e comia gilete em Copacabana".
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Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de abril de 1973
MARIO NEGRÃO, 23 anos, oito de profissional, tem uma explicação para a seriedade com que os bateristas se comportam, em termos musicais:
- << De nosso trabalho depende o equilíbrio do conjunto: somos uma espécie de infra-estrutura do som, da harmonia >> .
GENTE
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1973
Quando o MPB-4 começou a aparecer profissionalmente, oito anos atrás. Os Cariocas eram o maior nome de nossa musica vocal, em termos de trabalho de equipe. Assim é que a principal preocupação dos quatro rapazes de Niterói foi criar um estilo próprio - romântico e agradável como do conjunto de Severino Filho, mas de muita personalidade. Dois anos depois, Os Cariocas desapareceriam após quase 20 anos de existência e o MPB-4 firmou-se como o nosso mais importante grupo vocal, colecionando prêmios - como o que lhe foi outorgado na semana passada, pelos críticos musicais de São Paulo.
MÚSICA
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de março de 1973
É difícil encontrar no Brasil uma mulher da classe média, alfabetizada, que já não tenha lido ao menos um livro de J. G. de Araújo Jorge, que desde 1934, quando publicou "Meu céu Interior", vem inundando as livrarias com obras de valor poético discutível mas de aceitação certa junto as mocinhas românticas deste nosso País. José Guilherme de Araújo Jorge, deputado Federal, poeta mais lido do que Carlos Drumond de Andrade, Manuel Bandeira e Vinícius de Moraes, (foto), ficou apenas no sucesso de livraria ou político (foi um dos deputados mais votados na última eleição).
GENTE
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de março de 1973
Os calos fazem com que Ismael caminhe, amparado por uma bengala, com muita dificuldade. Entretanto, no palco - camisa preta e calça de linho branco - o autor de Se Você Jurar esquece os cravos e, demonstrando ao ritmo de suas musicas. Sua voz rouca, segurando o microfone bem alto - como uma taça, um jeito todo seu de dizer os belos sambas que vem criando há mais de 50 anos, desde quando ainda era um moleque de calças curtas no bairro do Estacio. Último grande sambista da velha guarda, Ismael Silva é uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci.
PALCO SOM IMAGEM
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de março de 1973
SUA voz, normalmente rouca, estava ainda mais pesada ao final do espetáculo. A emoção era grande e só pode dizer: "Estou feliz por ter podido realizar um velho sonho". Alto, elegante, jovial apesar de seus sessenta e poucos anos, Ismael Silva encerrava a estréia nacional de "Se Você Jurar" (quinta e sextas-feiras, no Teatro do Paiol) debaixo dos aplausos de mais de 200 pessoas que lotavam a nossa casa de espetáculos, enquanto Carmen Costa - também emocionada, vestida de Baiana (em homenagem à outra Carmen - a Miranda) distribuía rosas aos presentes.
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