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O Homem

Tenentes e revoluções do Brasil

Fortaleza - João Baptista de Andrade, 47 anos, é um dos mais políticos cineastas brasileiros. Quando lhe perguntam sua idade, diz, brincando, que "em 64 eu tinha 24 anos" e o golpe de 1º de abril o marcou profundamente, tanto é que, ainda este ano, pretende publicar um livro de contos em que refletirá o que sofreu na época, cujo título é sintomático: "Perdido no Meio da Rua".

No campo de batalha

Uma semana de homens de opiniões, radicais mesmo em suas posições. Que começa com a palestra de J. Ramos Tinhorão sobre Choro, hoje no SESC-Portão. Na Livraria Curitiba (Rua Presidente Faria, 175), no dia 28, ao entardecer, o mais radical dos defensores da negritude no Brasil, Abdias do Nascimento, autografa o seu novo livro: "O Negro Revoltado" (Nova Fronteira). xxx

Camaleão David em seu novo LP

Antecipando ao novo elepê de David Bowie, a EMI/Odeon lançou o extend dance mix com "Day in, Day out", que já está sendo um dos mais executados nas FMs. Para muitos de seus fãs - e eles são milhões em todo o mundo - pode parecer um disco menor, "sem aquelas surpresas performáticas que o camaleão sempre guardou para cada novo produto", como salientou o especialista Alberto Vilas, acrescentando: "Bowie é assim mesmo, quando a gente espera purpurina ele vem com a cara lavada. Quando a gente quer sobriedade, ele vem com plumas e paetês".

David Bowie em dupla dose sonora nas telas

Cada vez mais identificado ao cinema, David Bowie (David Robert Jones, Londres, 1947) chega em dezembro, num filme no qual a Warner aposta muito para estourar bilheterias durante as férias: "Labirinto", de Jim Henson ("O Cristal Encantado"), e que sendo uma produção de George Lucas usa e abusa dos efeitos especiais. Antecipando-se à estréia do filme, a Odeon lançou um mix com o tema central do filme, "Underground", enquanto que a trilha integral também está saindo agora.

Mercado editorial cresce em sua qualidade

Além do crescimento do mercado editorial nos últimos anos, também houve uma importante elevação no nível de exigência dos leitores. Assim, obras de qualidade vem sendo cada vez mais requisitadas e não só os autores que permaneciam inéditos entre nós estão alcançando excelentes vendagens, como clássicos também são relançados com ótima aceitação.

Refilmagem daquilo que os franceses acertaram

Já tendo reverenciado a Federico Fellini ("Alex in Wonderland", há 17 anos, inclusive com a participação do homenageado, num filme que devido sua longa e injustificável proibição no Brasil, quando liberado, aqui passou despercebidamente) e Truffaut na sua visão jovem e americana de "Jules e Jim" (Willie e Phil), Mazursky, após uma recente sátira dos desajustes de um dissidente russo nos EUA ("Moscou em Nova Iorque"), optou pela refilmagem de um antigo vaudeville francês: "Boudou sauvé des eaux" de René Gauchois.

Maria escreve livro sobre o pai Tenório

O filme só estreará em setembro, depois da Copa. Afinal, Sérgio Rezende sabe que apesar de toda euforia pelo cinema brasileiro neste primeiro semestre, nas águas das três premiações internacionais (Oscar a William Hurt, por "O Beijo da Mulher Aranha"; Urso de Ouro para Marcélia Cartaxo por "A Hora da Estrela" e Palma de Cannes a Fernanda Torres por "Eu sei que vou te amar"), os jogos no México, a partir da próxima semana, farão com que os cinemas esvaziem.

Filhas de Tenório fazem seus livros sobre o pai

Não é por falta de livros que se deixará de conhecer melhor a polêmica participação de Tenório Cavalcanti na política brasileira. Enquanto Maria Do Carmo Fortes está autografando "Tenório, O Homem e o Mito" (Record, 216 páginas, Cz$ 69,90), sua irmã caçula, Sandra, terá a sua visão, "Tenório, Meu Pai", em lançamento nacional durante a 9ª Bienal Internacional do Livro, no Ibirapuera. xxx "Tenório, Meu Pai", da Sandra Cavalcanti, é edição da Global, de São Paulo, em cujo estande na Bienal, acontecerá o lançamento - marcado para o final do mês, durante a Bienal do Livro.

O boneco dourado que ilumina sonhos

Dessa vez, pelo menos três dos cinco filmes que amanhã à noite concorrem ao Oscar já são conhecidos do público: "A Testemunha" permaneceu várias semanas no Condor, no ano passado, retornou posteriormente no Lido I e em breve deve ter uma terceira reprise, caso seja o vencedor. "O Beijo da Mulher Aranha" está lotando o Palace-Itália desde quinta-feira e ali permanecerá no mínimo por dois meses, na previsão de Antoninho Pereira Coelho, o gerente da casa, acostumado ao lançamento de filmes de grande sucesso ("Os Deuses devem estar Loucos", "Amadeus").

Lelouch, a ternura que faz o cinema reencontrar as imagens

Claude Lelouch sempre teve os olhos colocados no futuro. Em um de seus mais autobiográficos filmes "Toda uma Vida" (Toute une vie, 1972), uma história que se alongava por várias gerações - como, 10 anos depois, repetiria em "Retratos da Vida" (um dos filmes de maior bilheteria no Brasil nos últimos 5 anos), a história começava no início do século e propunha, ao final, uma continuação até o ano 2.000. Portanto, da útlima coisa que Lelouch iria falar seria sobre a morte do cinema.
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