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Besame Mucho e Sem Perdão, as boas estréias da semana

Quatro estréias revigoram um pouco a semana, embora os filmes mais aguardados - como o magnífico "Rádio Days / A Era do Rádio", de Woody Allen, estejam reservados para quando setembro vier. Das estréias, duas especiais atrações: "Besame Mucho", de Francisco Ramalho Júnior, da peça de Mário Prata, e "Sem Perdão" (No Mercy), de Richard Pearce, com a loira-sensação destes anos 80, Kim Basinger (de "Nove Semanas e Meia de Amor"). Uma comédia amalucada, "Dois Policiais em Apuros", de Peter Hyams (Lido I) também tem chances de fazer boa carreira.

Mostras valorizam a semana

O bom senso prevaleceu e Francisco Alves dos Santos decidiu modificar a programação da Mostra do Novo Cinema Japonês, iniciada na segunda-feira no Cine Luz. Ao invés de apenas uma única sessão - às 20 horas - desde ontem, os filmes estão sendo apresentados também em sessões às 15 e 17,30 horas. Afinal, assim há maiores opções para quem se interessa em conhecer trabalhos de novos realizadores japoneses, os quais, não terão distribuição comercial entre nós.

Pintaram novamente boas trilhas sonoras

Aleluia! Após um longo tempo de indigência musical em termos de trilhas sonoras, com oportunistas montagens (mil vezes piores do que é feito pela Sigla, para as telenovelas da Globo) de sucessos pop para serem catipultuados em filmes supostamente de apelo jovem, os produtores estão voltando-se para trabalhos originais - se não de um único compositor (como acontecia no passado), ao menos com melhor adequação - e não apenas servido para divulgar candidatos ao sol do nirvana pop.

Apenas uma estréia numa semana de muitos filmes

Apenas uma estréia nesta semana, mas nem por isto a programação deixa de estar atraente. Além dos muitos bons filmes em cartaz há também reprises indispensáveis, especialmente "Era Uma Vez na América", de Sérgio Leone (Cine Luz, 14 e 20 horas) - integrada à trilogia "Era Uma Vez a Aventura", desta vez um grande painel americano. A propósito, o jornalista Roberto Salomão, chefe-de-reportagem de O Estado, faz uma apreciação a respeito nesta mesma página.

Uma viagem musical a era do jazz em "Cotton Club"

"Cotton Club" - finalmente em exibição na cidade (Astor, 4 sessões), é daqueles filmes cuja realização chega a ser tão fascinante quanto a própria história que se propôs a contar. Seis anos de produção, um orçamento fantástico que beirou os US$ 50 milhões, o produtor-executivo Robert Evans, enfartado, greves, problemas com elenco e até uma branca intervenção da Máfia para o filme poder ser concluído. Depois de tudo isto, não teve sequer a glória de um mísero Oscar e nos Estatos Unidos a renda foi fraca - sendo, assim, impossível recuperar o capital investido.

Reprises numa semana que tem até um filme bíblico

Uma semana sem estréias excepcionais - embora continuem a existir boas opções para o público. Um destaque especial é o aguardado "Noite do sertão", de Carlos Alberto Prates Correia - premiado em Gramado no Festival de 1984 e só agora chegando à tela do Cine Ritz. Ainda hoje, no Astor, o vigoroso "A História de um Soldado", de Norman Jewison que se espera, continue em cartaz ao menos até a próxima quarta-feira. Entretanto poderá ser substituído já amanhã pelo elogiado "Birdys - Asas da Liberdade", de Alan Parker - premiado em Cannes e tido como um dos melhores filmes do ano.

Um banquete maravilhoso para todos os paladares

[Em abril último], durante um encontro informal com os jornalistas que cobriam o XII Festival de Cinema Brasileiro de gramado, o presidente da Embrafilmes, Roberto Parreiras, comentando o crescimento daquele evento, acrescentava: "O Brasil precisa, agora, é de um festival internacional. Temos que ter, também, um acontecimento que atraia as atenções de cineastas de todo o mundo".

Uma noite tranquila na festa do Oscar

Ao contrário dos anos anteriores a 52ª Festa de Entrega do Oscar, realizada na noite de segunda-feira, no Pavilhão Dorothy Chandler, Los Angeles - e que transmitida via satélite, com imagens da ABC, chegou a muitos países do mundo - transcorreu tranqüila, sem contestações.

Houve uma vez, 1943...

CAROS espectadores com mais de 35 anos, preparai vossos corações e, se emotivos forem, apanhai absorventes lenços para enxugar lágrimas: ainda hoje, em 4 sessões, podereis ver um filme como se fazia antigamente. Com amor, emoção, bons sentimentos, gente limpa e bem trajada, capaz de nobres gestos. Enfim, um filme como se fazia antigamente. Na época em que havia no máximo duas sessões e as melhores famílias da Curitiba de menos de 100 mil habitantes (agora já passamos do primeiro milhão) faziam filas defronte os reluzentes, limpos e acolhedores cines Avenida.
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