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Peter Bogdanovich

Apesar da Copa, cinco estréias interessantes

Em pleno início da copa, quando o Brasil (ainda) está em campo, cinco estréias não deixa de ser um record. Normalmente, distribuidores e exibidores temem qualquer lançamento neste período em que as atenções se voltam para a televisão mas, após meses de inanição cinematográfica, os circuitos não tiveram outro remédio que renovar suas programações.

Apenas uma estréia de maior interesse

Derradeiras oportunidades: hoje, em 5 sessões, no Lido II, a chance de assistir um dos mais políticos e sociais filmes do ano - o emocionante "Minha Terra, Minha Vida" (Country), de Richard Pearce, produzido e interpretado por Jessica Lange - que mereceu indicação ao Oscar como melhor atriz. Infelizmente, mais uma vez, um grande filme tem sua carreira encerrada precocemente, já que o "inteligente" público curitibano ainda continua apenas ligado aquilo que lhe é imposto promocionalmente, incapaz de valorizar obras de arte que não estejam acondicionadas em esquemas pré-estabelecidos.

Um banquete maravilhoso para todos os paladares

[Em abril último], durante um encontro informal com os jornalistas que cobriam o XII Festival de Cinema Brasileiro de gramado, o presidente da Embrafilmes, Roberto Parreiras, comentando o crescimento daquele evento, acrescentava: "O Brasil precisa, agora, é de um festival internacional. Temos que ter, também, um acontecimento que atraia as atenções de cineastas de todo o mundo".

A última sessão do mais antigo cinema

Inúmeras vezes dedicamos o espaço desta coluna a registrar a resistência do Cine Central, de Irati, como o mais antigo cinema brasileiro nas mãos de um único exibidor, João Wasileski. Há pouco mais de um ano, com tristeza, registramos o falecimento do velho exibidor, que chegando ao Brasil ainda garoto, estebeleceu-se em Irati, onde a 28 de agosto de 1920, inaugurou o seu cinema.

Houve uma vez, 1943...

CAROS espectadores com mais de 35 anos, preparai vossos corações e, se emotivos forem, apanhai absorventes lenços para enxugar lágrimas: ainda hoje, em 4 sessões, podereis ver um filme como se fazia antigamente. Com amor, emoção, bons sentimentos, gente limpa e bem trajada, capaz de nobres gestos. Enfim, um filme como se fazia antigamente. Na época em que havia no máximo duas sessões e as melhores famílias da Curitiba de menos de 100 mil habitantes (agora já passamos do primeiro milhão) faziam filas defronte os reluzentes, limpos e acolhedores cines Avenida.

O terror de Frankenstein no olhar puro da infância

Cinco meses após os irmãos Lumiére terem feito a primeira sessão de cinema (salão indiano do Grand Café, Paris, 28 de dezembro de 1895), a invenção chegava a Madri (15/5/1896) e, no mesmo ano, Eduardo Jimeno realizava o primeiro filme espanhol: "Salida de la misa de doce del pilar de Zaragoza". Passados 84 anos, o cinema espanhol é, em grande parte, ainda desconhecido no Brasil.

Verdades e Mentiras de Welles

Há 38 anos - desde que "Cidadão Kane" (Citzen Kane, 1940) foi lançado, um filme de Orson Welles sempre é uma sensação. Aos 63 anos de idade, uma vida das mais intensas, Welles está, definitivamente, entre aqueles gênios de nosso século, que marcaram o cinema. Rebelde, independente, Welles tem uma presença bissexta como diretor, já que nunca abriu mão da absoluta criatividade, não admitindo interferência s- o que, num esquema comercial, dificilmente ocorre.

( mais uma) Última Sessão de Cinema.

A realidade imita a ficção: em mais uma pequena cidade, como no filme de Peter Bogdanovich, haverá a última sessão do cinema. Desta vez em Piraí do Sul, um dos mais antigos cinemas do Brasil - e o mais velho do Paraná, encerra suas portas, pela mesma razão de centenas de outras casas de exibição: a falta de público, cada vez mais preso em casa, frente aos programas coloridos de televisão.

A catástrofe que cansa

O espectador atento que assistir "Pânico na Multidão" (cine Condor, hoje último dia em exibição) poderá lembrar, instantaneamente, "Terremoto", "Inferno na Torre" ou "O Destino do Poseidon", para citar apenas e exemplos daquilo que se convencionou chamar de "cinema catastrófico". Pois o esquema não muda em nada - alterando-se apenas os ambientes (até a presença do mesmo Charlton Heston, de "Terremoto", faz com que "Pânico na Multidão" torne-se ainda mais estandartizado).

Uma homenagem às irmãs Gish

Nas múltiplas homenagens que, como bom cinemaníaco que é, presta ao longo de "A Noite Americana" cine Scala, segunda semana, ao próprio cinema, François Truffaut abre o seu filme, com uma foto das irmãs Lilian e Dorothy Gish, a quem, humildemente, oferece a sua nostálgica obra, que lhe valeu o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1973.
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