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Richard Brooks

Marlon Brando.

MARLON BRANDO, James Dean e Paul Newmann surgiram nos anos 50. Na década de 60, os anti-galãs fisicamente falando como o baixinho Dustin Hoffman - provaram que beleza não se põe exclusivamente na mesa do cinema de consumo. Agora, no início da uma nova década, um ator em 3 anos de carreira aparece em 5 filmes, dirigido por nomes da importância de Richard Brooks ("À Procura de Mr. Goodbar"), Terence Malick ("Cinzas no Paraíso"), Robert Mulligan ("Irmãos de Sangue"), John Schelessinger ("Os Ianques Estão Chegando") e Paul Schrader ("Gigolô Americano").

Um ator de muito luxo.

"Gigolô Americano", em exibição no Cine Astor, desde quinta-feira, não é só um filme audacioso em sua temática - a exploração do homossexualismo masculino, nos círculos luxuosos de Los Angeles - como vem consagrar um novo ator - Richard Gere, 30 anos, 13 de carreira e tido como 0 "sex symbol " masculino desta década. Após uma pequena ponta em "À Procura de Mr. Goodbar" (Looking For Mr. Goodbar, 77, de Richard Brooks) Gere era alçado ao principal papel em "Cinzas no Paraíso" (Days of Heaven, 78, de Terence Malick) Já exibido duas vezes, este ano, em Curitiba.

Lá, como cá, como ali...

Bastaria uma seqüência de "Uma Mulher Descasada" (Cine Astor) para justificar o prêmio de mulher atriz a Jill Clayburgh no Festival de Cannes-78 e a tremenda injustiça que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, mais uma vez, cometeu, ao preferir dar (pela 2.ª vez) o Oscar de melhor atriz-78 a Jane Fonda (por "Amargo Regresso", de Hall Ashby): os 115 segundos que se sucedem a revelação do marido, Martin (Michael Murphy) de que há um ano já tem uma amante, Márcia, e que deseja se separar. Martin faz a revelação após um almoço numa lanchonete e emociona-se lágrimas.

Interiores da Alma & da Solidão

Cada vez mais os cineastas de maior consciência, responsabilidade e, talento, entendem que o importante em nossos dias é se voltar ao ser humano, procurando entendê-lo em seus anseios, angústias e medos - e traduzindo tais sentimentos em imagens que possam ser universais.

Nostalgia & metais

Foi nostálgico e até um pouco triste: casais na faixa dos 35/60 anos dançando alguns minutos, domingo a noite, ao som da orquestra de Harry James, no Clube Curitibano. Na primeira parte, todos permaneceram educadamente sentados - venderam-se bem menos mesas do que a diretoria pensava a tal ponto que foram colocados painéis ao redor do salão, tentando dar um tom intimista de boite.

Descolorida usina de sonhos

"O Último Magnata" (Cine Condor, 5 sessões diárias) é, antes de mais nada, um filme para quem ama o cinema. Um filme sobre o cinema para quem o curte - em seus mitos, sonhos & ilusões. Mas, paradoxalmente, muito provavelmente, em termos de bilheteria, não alcançará a renda mínima exigida pela impessoal CIC para justificar uma segunda semana de exibição.

Sinfonia dos bóias-frias em imagens inesquecíveis

Muitas vezes um filme impressiona visualmente, pela fotografia perfeita, cenofrafia cuidada, excelente guarda-roupa, mas não resiste uma análise mais profunda. Pecado de que é acusado - ou era, até há pouco - o francês Claude Lelouch, 43 anos, que pelo perfeccionismo da fotografia ganhou os mais importantes prêmios com << Um Homem, Uma Mulher >> (66) - em Cannes e o Oscar, mas que não resistiu a uma análise mais profunda. Outros exemplos poderiam ser lembrados, mas não é o que importa.

Merece. Não só pela fotografia

Há filmes que merecem ser vistos apenas pela fotografia. Não é o caso de << Cinzas no Paraíso >> (Days of Heaven), que desde segunda-feira está em reprise no Vitória. Afinal, o roteiro de Terence Malick é dos mais coretos e a direção tão segura que valeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes no ano passado. Mas sem dúvida dificilmente um filme apresentou um fotografia mais bem cuidada do que a que Nestor Almendros conseguiu neste drama que se desenvolve como uma trágedia clássica grega, ambiente da no Texas no final da segunda década deste século.

O incrível Mr. Haley

Em 1955, uma ultra-romântica musica de Sammy Fain e Paul Francis Webster, "Love Is A Many Splendored Thing", composta para a trilha sonora de "Suplicio de Uma Saudade", embalava muitos romances. Mas, paradoxalmente, ao romantismo daquele velho filme de Henry King, cuja musica até hoje é capaz de emocionar a geração dos anos 50, antepunha-se a chegada ao Brasil de um novo som, que no ano anterior havia começado a ganhar as paradas de sucessos dos Estados Unidos: o rock'n'roll, através do impacto de uma nova musica Rock Around The Clock", de M. C. Freedman.
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