No esvaziado Carnaval curitibano, que este ano, contrariando a tradição, não teve chuva, o "Baile dos Enxutos", da Sociedade Beneficiente Protetora dos Operários - ou a simplesmente Ópera-Rio - foi uma das poucas atrações turísticas. De forma que na terça-feira gorda, o presidente Edgar Antunes da Silva, o estimado "Tatu", ostentava o seu franco e famoso sorriso. Embora até ontem a diretoria do Operário não tivesse revelado os resultados econômicos do baile, uma coisa é certa rendeu o suficiente para o clube pagar as suas dívidas e ainda fazer um bom depósito bancário.

Com números na mão, João Aracheski, executivo da Fama Filmes no Paraná e Santa Catarina, lamenta informar: se, em 90 dias, a renda do Cinema 1 continuar em vermelho, Curitiba perde seu único cinema de arte e ganha mais uma casa de pornochanchadas e filmes na linha Kung-Fu, em sessões corridas, como os poetas Arlequim, Scala e Glória. Comparando não a São Paulo ou Rio - metrópoles que comportatam o funcionamento de casas especializadas em filmes de arte mas com cidades como Porto Alegre, Belo Horizonte , Recife e Salvador, Aracheski indaga: onde está o público que vive a exigir bons filmes?

Um curitibano modesto e tranqüilo, em suas horas de folga das funções de representante territorial das Edições Melhoramentos, vem se dedicando a um trabalho original: a construção de um órgão de tubos, em proporções tão grandes que ocupará grande parte da sala de visitas de sua residência. Ricardo Hermann, 30 anos, filho de Rodrigo Hermann (1921-1972), durante mais de 30 anos mestre-capela da Catedral Metropolitana, se propôs ao desafio de fazer o seu próprio órgão e, investindo seus recursos próprios e, principalmente, muita habilidade e paciência já completou a primeira etapa.

O oficial que substituirá ao coronel Oskilde Mallucelli no comando do Regimento Coronel Dulcídio da Polícia Militar do Estado - cuja nomeação deverá ocorrer nesta semana, já que Mallucelli foi transferido para a inspetoria do Policiamento do Interior - terá uma grande responsabilidade: coordenar a transformação do Regimento em Batalhão, que, pouco a pouco, deixará de ser uma unidade da cavalaria, com a substituição dos animais por veículos.