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Waldir Azevedo

Chorô (II)

A velha lei do mercado funciona: da quantidade acaba saindo a qualidade. O que é bom permanece, o que é supérfluo é esquecido. Assim como os compositores e interpretes do samba autêntico resistem aos modismos, ao marketing do sambão-jóias, também os verdadeiros talentos do Choro vão resistir à inglação do gênero, que ao lado de seus aspectos positivos, provocam o aparecimento de muito material de melhor qualidade. E os bons registros do choro autêntico aparecendo.

Artigo em 04.11.1977

De uma reunião que promovemos há seis meses, entre Cleto de Assis, diretor de assuntos culturais da Universidade de Londrina e o jornalista Ilmar de Carvalho, do conselho do Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, concretiza-se agora uma promoção cultural da maior importância: o I Encontro Nacional do chorinho, previsto para 29 de novembro a 4 de dezembro. A Idéia surgiu quando, a 1º de maio de 1976, Cleto, o jornalista Edilson Leal e o médico José Baldy, fundaram o Clube do Chorô, em Londrina.

Em todas as rotações ...

1 - Ray Conniff, orquestra e coral, chegam quarta-feira a Curitiba, para um espetáculo no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, e com isso a CBS tem chance de vender todos os discos em catálogo do repousante maestro. Aos 18 que já estavam nas lojas, acrescenta-se agora mais quatro elepes, montando sucessos avulsos destes últimos anos: "Strangers In The Night", "Smoke Gets In Your Eyes", "Hey Jude" e "The Shadow Of Your Smile". São mais de 50 digestivas e acolhedoras faixas, no estilo doce e anos 50 que faz da orquestra de Conniff atrair sempre uma faixa fiel de público.

Guimorvan na Warner

Airton Guimorvan Moreira teve na noite de terça-feira uma grande alegria ao reencontrar o pionista Osval Siqueira, em cuja orquestra praticamente teve o seu início profissional há 20 anos passados. Além de Oswal, Guimorvan reencontrou dois outros velhos amigos dos anos em que tocava nas boites e clubes de Curitiba: Braulio Prado, tecladista e baixista, hoje assessor de relações públicas da Telepar e Gebran Sabbag, que continua a ser o grande pianista do Paraná. O encontro foi marcado por recordações e revelações, com Airto contando muita coisa sobre sua vivência americana.

Documentos

No momento em que redigimos essas anotações não sabemos, ainda, se o troféu. Estácio de Sá, do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, na área de música popular brasileira, foi concedido a João Luiz Ferrete. Caso tenha sido terá se feito, afinal, justiça, a uma das maiores revelações da pesquisa e produção musical no Brasil.

Em todas as rotações

1) Quando ainda em vida, durante uma apresentação onde se encontrou com o cavaquinista Waldir Azevedo, o falecido violinista Dilermando Reis (22/9/1916-3/1/1977) lançou um desafio que (Waldir tocasse o choro "Magoado", criado para solo de violão, e que Dilermando, seu autor, tocava com virtuosismo. Passado o tempo, só agora Waldir pode pagar sua dívida com Dilermando: "Magoado", choro de difícil execução no cavaquinho é uma das faixas principais do novo lp de Waldir para a Continental, as vésperas de lançamento.

Os solos de Moura

Bastariam os dois números solados por Paulo Moura no clarinete - a valsa "Leninha" de Codó e o choro "Espinho de Bacalhau" de Severino Araújo - durante o espetáculo "Roteiro" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, sexta-feira, única apresentação) para justificar os aplausos entusiásticos do público. Pois, independente dos sambas comercialmente fáceis de Martinho da Vila (Martinho José Ferreira) acompanhado por um grupo de excelentes instrumentistas e mais a presença colírica da bailarina Soninha, sem dúvida o espetáculo "Roteiro" teve em sua parte instrumental o ponto alto.

Waldir & Dilermando

Dois veteranos instrumentistas que já deram muitos momentos de felicidade à música brasileira estão com novos discos na praça ambos, infelizmente sem o tratamento merecido. O primeiro deles é o grande Waldir Azevedo (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1923), autor de clássicos como "Delicado", "Brasileirinho" e ""Pedacinho do Céu" e que há anos encontrava-se afastado da vida musical brasileira. Residindo em Brasília, sofreu um acidente em que só não perdeu um dos dedos da mão esquerda por milagre.
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