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Pedrinho Mattar

As noites de bandonenon, argentinas e muito tango

Por onde andará o "El Morocho", o gordo e simpático violinista e bandoneonista, que brilhava nas noites do Cadiz Club, o reduto dos tangueiros curitibanos nos anos 50? E o bom Edgardo, uruguaio como "El Morocho" (no registro civil Leo Ignácio Paz), simpaticíssimo e amigo de meia cidade, último milongueiro em nossa noite, ainda nos anos 80, em restaurantes como o Status e o Bangalô em Santa Felicidade - redutos para os apreciadores da música portenha, também anda desaparecido.

A Semana Musical

Lançado em 1977, "Comigo é Assim", terceiro lp de Emílio Santiago na Phonogram, mostrou o excelente vocalista num repertório de músicas inéditas. E a temporada que encerra hoje, ao lado de Leny Andrade (em breve, com seu novo disco, pela RCA Victor), dentro do Projeto Pixinguinha (Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, 18h30min) permite aplaudir ao vivo este cantor, revelado em 71 - e hoje entre os nossos grandes interpretes.

Em todas as rotações

1 - Dois interessantes discos para quem curte o piano popular: "Pedrinho Mattar/Especial - Volume 2" (RGE, 1979) e "Meu Concerto para Você" com Aluizio Pontes (Chantecler): Mattar é um pianista correto, competente, que mesmo utilizando um esquema comercial - sem pretensões maiores - dos mais requisitados para atuar em boites e pianos-bares elegantes no eixo Rio-São Paulo, cujos fregueses já garantem o consumo de seus elepês.

Pianistas

Pedrinho Mattar, 44 anos, caçula de uma família de 10 irmãos - um dos quais, pianista e advogado, morou muitos anos em Curitiba (faleceu há algum tempo) é tecladista sofisticado. Elegante em seu estilo e apresentação, Pedrinho é disputado pelos mais caros "pianos-bares" de São Paulo, além de ser requisitado também para tocar em festas dos maiores contribuintes do Imposto de Renda do Brasil. Não pretende ser um pianista de harmonias jazzísticas como Dick Farney, mas, sim, apresentar sempre um repertório de bom gosto, suave.

Musicais

Pedrinho Mattar, um dos bons pianistas brasileiros, exclusivo do Hyppopatamus - a mais sofisticada (e cara) boate paulista desde a sua inauguração - aproveitou a folga de segunda-feira e veio rever parentes em Curitiba. Afastado da fonografia há 4 anos, Pedrinho rompeu com a Copacabana, por onde fez vários discos, e agora está preparando seu primeiro [elepê] na Som Livre/Sigla e para 1976 pretende voltar a excursionar pelo Brasil. xxx

O bom "Realejo" que Rildo sabe executar

Nesta época de consumo do mais supérfluo rock tupiniquim - sem falar nos pacotes internacionais - deve-se saudar, com entusiasmo, o aparecimento de discos de instrumentistas brasileiros. Por exemplo, o Som da Gente, bravamente, inaugura seu catálogo de 1987 com um belíssimo elepê da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco, que anteriormente fez dois discos, produzidos por Hermínio Bello de Carvalho e Maurício Carrilho - mas que ficaram restritos ao circuito oficial.

Um americano em Paris

No ano em que se comemora o cinqüentenário da estréia de "Rhapsody In Blue" - cuja primeira audição se deu em 24 de fevereiro de 1924, em Nova York o pianista Pedrinho Mattar, que há 12 anos, em belíssimo lp da RCA Victor, fez a única gravação (de intérprete brasileiro) desta clássica peça sinfônica, se dispôs a vir a Curitiba, apresentá-la em concerto no auditório da Reitoria, acompanhado da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Paraná, sob a regência do maestro Gedeão Martins - num programa que teria como complemento "Concerto em Fá".
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