Paulo Wendt
O mercado para nossos músicos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de junho de 1990
Não há registros confiáveis - e a própria secção regional da Ordem dos Músicos do Brasil não sabe informar corretamente - mas existem hoje mais de 50 casas noturnas em Curitiba que empregam músicos. Independente de apreciações estéticas e da qualidade sonora, o fato é que o mercado ampliou-se. É bem verdade que em termos de pagamento nem sempre as tabelas do sindicato são respeitadas e pela própria instabilidade do mercado são raros os músicos que podem impor os seus preços.
Guizzo, adeus!
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de novembro de 1989
Há 25 anos que ele não mora mais aqui. Mas pela constante vida cultural, incansável batalhador pelas causas da música, cinema e literatura e os contatos que sempre soube manter entre os amigos e colegas que aqui fez entre 1959/64 - quando estudou Direito na Universidade Federal, era sempre uma presença constante: José Octávio Guizzo.
Tags:
- ALMANAQUE
- Antonio Lopes de Noronha
- Associação dos Pesquisadores da MPB
- Bossa Nova
- Campo Grande
- Centro Acadêmico Hugo Simas
- Cinema Novo
- Ennio Marques Ferreira
- Faculdade de Direito
- Fernando Brandt
- Fundação Cultural de Mato Grosso
- Glauce Rocha
- José Octávio
- José Octávio Guizzo
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- MPB
- MT
- Nara Leão
- Osvaldo Macedo
- Otto Luís Sponhols
- Partido Acadêmico Renovador
- Passeio Público
- Paulo Leminski
- Paulo Wendt
- Rádio Ouro Verde
- Universidade Federal
- Vinícius de Moraes
- Wilson Martins
Breno, da Marrocos à conquista da América
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de fevereiro de 1989
Os boêmios dos anos 60 lembram-se, com saudade, do gaúcho Breno Sauer, óculos escuros, grande concentração, extasiava o público da saudosa Boate Marrocos com o som de um instrumento meio estranho para a época: o vibrafone. Na linha do que fazia o norte-americano Art Van Dame, Sauer adaptou o instrumento à linha da Bossa Nova e com um quinteto notável foi uma sensação com seu ritmo suave e dançante.
As noites de bandonenon, argentinas e muito tango
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de agosto de 1989
Por onde andará o "El Morocho", o gordo e simpático violinista e bandoneonista, que brilhava nas noites do Cadiz Club, o reduto dos tangueiros curitibanos nos anos 50?
E o bom Edgardo, uruguaio como "El Morocho" (no registro civil Leo Ignácio Paz), simpaticíssimo e amigo de meia cidade, último milongueiro em nossa noite, ainda nos anos 80, em restaurantes como o Status e o Bangalô em Santa Felicidade - redutos para os apreciadores da música portenha, também anda desaparecido.
Tags:
- Alceu Schwaab
- Avenida Vicente Machado
- Carlos Gomes
- Cassino Ahu
- Clube Curitibano
- Diretório Acadêmico de Engenharia do Paraná
- Edgardo Silva Fernandes
- El Morocho
- El Último Café
- Francisco Canaro
- Hotel Mariluz
- Jamil Mattar
- Jorge Nasser
- Juiz de Fora
- Maria de Buenos Aires
- Mercado Municipal
- Na Praça Osório
- Paulo Wendt
- Pedrinho Mattar
- Rádio Tingui
- Rolando Gavioli
- Rua das Flores
- Rua José Loureiro
- Santa Felicidade
- Sérgio Mercer
- Sociedade Duque de Caxias
- Tribunal de Justiça
- Universidade Federal do Paraná
Lembranças do sambista
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de abril de 1989
Terça-feira, 2 de maio, Ataulfo Alves (de Souza) completaria 80 anos. Morreu há 20 - exatamente no dia 20 de abril de 1969.
Como a produtora Aretuza Garibaldi, da Sigla/Som Livre, conseguiu aprontar a tempo o álbum "Leve meu sonho...", no qual diferentes intérpretes gravaram as músicas mais conhecidas do compositor mineiro (de Miraí, na zona da Mata), a efeméride está sendo devidamente registrada. Na semana passada, por motivo dos 20 anos de sua morte, já escrevemos a respeito - e hoje completamos a homenagem.
Tags:
- Aretuza Garibaldi
- Ataulfo Alves
- Avenida Luiz Xavier
- Bar Jockey
- Ébano Pereira
- Ecos da Noite
- Enock de Lima Pereira
- Hotel Plaza
- Jaime Lerner
- Mauri Furtado
- MPB
- Nireu Teixeira
- Osíres de Brito
- Paulo Wendt
- Reinaldo Egas
- Renato Muniz Ribas
- Samuel Guimarães da Costa
- Sigla/Som Livre
- Tribuna do Paraná
- Última Hora
Uma "Rua 24 Horas" para a noite vazia da cidade
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de janeiro de 1989
Na usina de idéias e criatividade, o arquiteto Jaime Lerner começa agora a viabilizar novos projetos que havia imaginado durante os últimos anos que passou afastado do poder. desde obras que apresentem aspectos mais amplos (e dispendiosos) até idéias simples, possíveis de serem executadas a curto prazo.
Lembranças de Flávio Rangel
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de outubro de 1988
Lembranças de Flávio Rangel, mais um talento, amigo, pessoa admirável que desembarca deste nosso amalucado mundo.
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São Paulo, setembro de 1967. Encontro Flávio na hora de embarcar, no aeroporto de Congonhas. Simpático, entusiasmado como sempre, Flávio interrompe a leitura do "Time" para falar de um novo projeto teatral. Justifica sua vinda, particularmente, a Curitiba:
- "Quero expor ao Paulo (Pimentel) este projeto e pedir ajuda do Guaíra para montá-lo. Poderia tentar aqui mesmo, em São Paulo ou Rio de Janeiro, mas acho que em Curitiba há um ar mais democrático".
Uma história a espera de um cronista: nossa noite
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de janeiro de 1989
A simpática idéia do poeta e publicitário Paulo Leminski em entrevista para o "Almanaque" dominical, do qual agora é colaborador regular, dois proprietários de bares - o "Camarim" e o "Moby Dick", faz com que se volte a um projeto que há muito exige pesquisas de maior profundidade: um levantamento da história da boemia curitibana. Afinal, pouco a pouco estão desaparecendo os boêmios da Curitiba dos anos 30 a 50 e com eles se perdem histórias, dados e todos um folclore riquíssimo, sobre uma época em que a cidade era mais feliz.
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- Bertold Brecht
- Criado Matti
- Delegacia de Costumes
- Ecos da Noite
- Ediluz Iliponti
- Fim de Semana
- Flávio Rangel
- Fundação Cultural de Curitiba
- Jardel Filho
- Jesuíno Marcondes
- José Curi
- Miguel Zacarias
- Moby Dick
- Moulin Rouge
- Paulo Leminski
- Paulo Pimentel
- Paulo Wendt
- Praça Osório
- Praça Zacarias
- Rafael Valdomiro Greca de Macedo
- Rua Carlos de Carvalho
- Rua Marechal Deodoro
- Sérgio Mercer
- Touring Clube
- Tribuna do Paraná
Alemão, aquela guitarra dos tempos de Marrocos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de novembro de 1987
Foi uma época feliz. O gordo Paulo Wendt (1919-l966), uma espécie de god-father da noite curitibana no início dos anos 60, comandava uma cadeia de estabelecimentos noturnos e não se limitava trazer para sua principal casa, a Marrocos (Praça Zacarias), apenas as mais belas mulheres. Fazia questão de apresentar shows artísticos de nível, com gente famosa, "a altura do Rio e São Paulo" repetia sempre. Fez mais até! Acorajou-se a promover no então inacabado Guairão uma série de récitas operísticas que lhe deu altos prejuízos mas melhorou sua imagem de homem da noite.
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- Afonso Cid
- Art Van Dame
- Bossa Nova
- Breno Sauer
- Caixa Econômica
- Carlos Lyra
- Fernando Colares
- Jovem Guarda
- La Vie En Rose
- Longe dos Olhos
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- Olmir Stocker
- Paulo Oliveira
- Paulo Wendt
- Perto do Coração
- Praça Zacarias
- Roberto Carlos
- Roberto Santos
- Sérgio Ricardo
- Som da Gente
- Walter Santos
- Walter Santos/Tereza Souza
Geléia Geral
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de dezembro de 1986
Rodando solitariamente pelas estradas do Brasil os caminhoneiros tem na música a sua grande companhia. Percorrendo milhares de quilômetros, dia e noite, longe de suas famílias, os chamados "Heróis do Volante" elegem seus ídolos e formam um público especial, que hoje não apenas recorre as AMs e FMs em potentes aparelhagens como, através de bons gravadores, tem sua própria seleção de fitas com os intérpretes que lhes agradam. Foi de olho nesta faixa de público que o "rei", Roberto Carlos, há três anos, dedicou uma música ao "Caminhoneiro" - que virou sucesso nacional.