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Paulo Wendt

O mercado para nossos músicos

Não há registros confiáveis - e a própria secção regional da Ordem dos Músicos do Brasil não sabe informar corretamente - mas existem hoje mais de 50 casas noturnas em Curitiba que empregam músicos. Independente de apreciações estéticas e da qualidade sonora, o fato é que o mercado ampliou-se. É bem verdade que em termos de pagamento nem sempre as tabelas do sindicato são respeitadas e pela própria instabilidade do mercado são raros os músicos que podem impor os seus preços.

Guizzo, adeus!

Há 25 anos que ele não mora mais aqui. Mas pela constante vida cultural, incansável batalhador pelas causas da música, cinema e literatura e os contatos que sempre soube manter entre os amigos e colegas que aqui fez entre 1959/64 - quando estudou Direito na Universidade Federal, era sempre uma presença constante: José Octávio Guizzo.

Breno, da Marrocos à conquista da América

Os boêmios dos anos 60 lembram-se, com saudade, do gaúcho Breno Sauer, óculos escuros, grande concentração, extasiava o público da saudosa Boate Marrocos com o som de um instrumento meio estranho para a época: o vibrafone. Na linha do que fazia o norte-americano Art Van Dame, Sauer adaptou o instrumento à linha da Bossa Nova e com um quinteto notável foi uma sensação com seu ritmo suave e dançante.

As noites de bandonenon, argentinas e muito tango

Por onde andará o "El Morocho", o gordo e simpático violinista e bandoneonista, que brilhava nas noites do Cadiz Club, o reduto dos tangueiros curitibanos nos anos 50? E o bom Edgardo, uruguaio como "El Morocho" (no registro civil Leo Ignácio Paz), simpaticíssimo e amigo de meia cidade, último milongueiro em nossa noite, ainda nos anos 80, em restaurantes como o Status e o Bangalô em Santa Felicidade - redutos para os apreciadores da música portenha, também anda desaparecido.

Lembranças do sambista

Terça-feira, 2 de maio, Ataulfo Alves (de Souza) completaria 80 anos. Morreu há 20 - exatamente no dia 20 de abril de 1969. Como a produtora Aretuza Garibaldi, da Sigla/Som Livre, conseguiu aprontar a tempo o álbum "Leve meu sonho...", no qual diferentes intérpretes gravaram as músicas mais conhecidas do compositor mineiro (de Miraí, na zona da Mata), a efeméride está sendo devidamente registrada. Na semana passada, por motivo dos 20 anos de sua morte, já escrevemos a respeito - e hoje completamos a homenagem.

Uma "Rua 24 Horas" para a noite vazia da cidade

Na usina de idéias e criatividade, o arquiteto Jaime Lerner começa agora a viabilizar novos projetos que havia imaginado durante os últimos anos que passou afastado do poder. desde obras que apresentem aspectos mais amplos (e dispendiosos) até idéias simples, possíveis de serem executadas a curto prazo.

Lembranças de Flávio Rangel

Lembranças de Flávio Rangel, mais um talento, amigo, pessoa admirável que desembarca deste nosso amalucado mundo. xxx São Paulo, setembro de 1967. Encontro Flávio na hora de embarcar, no aeroporto de Congonhas. Simpático, entusiasmado como sempre, Flávio interrompe a leitura do "Time" para falar de um novo projeto teatral. Justifica sua vinda, particularmente, a Curitiba: - "Quero expor ao Paulo (Pimentel) este projeto e pedir ajuda do Guaíra para montá-lo. Poderia tentar aqui mesmo, em São Paulo ou Rio de Janeiro, mas acho que em Curitiba há um ar mais democrático".

Uma história a espera de um cronista: nossa noite

A simpática idéia do poeta e publicitário Paulo Leminski em entrevista para o "Almanaque" dominical, do qual agora é colaborador regular, dois proprietários de bares - o "Camarim" e o "Moby Dick", faz com que se volte a um projeto que há muito exige pesquisas de maior profundidade: um levantamento da história da boemia curitibana. Afinal, pouco a pouco estão desaparecendo os boêmios da Curitiba dos anos 30 a 50 e com eles se perdem histórias, dados e todos um folclore riquíssimo, sobre uma época em que a cidade era mais feliz.

Alemão, aquela guitarra dos tempos de Marrocos

Foi uma época feliz. O gordo Paulo Wendt (1919-l966), uma espécie de god-father da noite curitibana no início dos anos 60, comandava uma cadeia de estabelecimentos noturnos e não se limitava trazer para sua principal casa, a Marrocos (Praça Zacarias), apenas as mais belas mulheres. Fazia questão de apresentar shows artísticos de nível, com gente famosa, "a altura do Rio e São Paulo" repetia sempre. Fez mais até! Acorajou-se a promover no então inacabado Guairão uma série de récitas operísticas que lhe deu altos prejuízos mas melhorou sua imagem de homem da noite.

Geléia Geral

Rodando solitariamente pelas estradas do Brasil os caminhoneiros tem na música a sua grande companhia. Percorrendo milhares de quilômetros, dia e noite, longe de suas famílias, os chamados "Heróis do Volante" elegem seus ídolos e formam um público especial, que hoje não apenas recorre as AMs e FMs em potentes aparelhagens como, através de bons gravadores, tem sua própria seleção de fitas com os intérpretes que lhes agradam. Foi de olho nesta faixa de público que o "rei", Roberto Carlos, há três anos, dedicou uma música ao "Caminhoneiro" - que virou sucesso nacional.
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