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Francis Hime e Olivia Hime



Entrevistados e Entrevistadores: Francis Hime Olivia Hime

Brasil-África numa trilha com balanço

A idéia de unir a poesia de nomes sagrados a versões musicais não é novidade. Olívia Hime, cantora e produtora cultural, realizou assim belos álbuns em homenagem a Manuel Bandeira (1886-1968) e Fernando Pessoa (1888-1935), no qual convocou nomes famosos da MPB para musicarem - e interpretarem - temas dos bardos.

A mensagem (musicada) dos poemas de Pessoa

Deve-se a Irineu Garcia, já falecido, o privilégio de se poder ouvir poetas como Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Augusto Frederico Schmidt, Vinícius de Moraes e tantos outros dizendo seus textos. A partir de 1957, quando inaugurou a sua etiqueta "Festa" (com o histórico "Canção do Amor Demais", com Elizeth Cardoso cantando as primeiras composições de Tom & Vinícius), Irineu voltou-se para a produção de discos culturais, inicialmente em 45 rpm e depois em elepês - numa preciosa documentação sonora de nossa literatura.

A poesia de Bandeira ganha a melhor música com Olívia

O centenário de nascimento de Manuel Bandeira (Recife, 1886 - Rio de Janeiro, 1968) teve duas comemorações retardadas para 1987, mas assim mesmo com a maior validade: as edições do álbum "Estrela Da Vida Inteira", de Olívia Hime (Continental, janeiro/87) e o belíssimo livro "Bandeira Da Vida Inteira" (1), uma criação editorial de Salvador Monteiro e Leonel Kaz, das Edições Alumbramento - com financiamento da IBM Brasil, mas também à venda em algumas livrarias da categoria (Cz$ 650,00 o exemplar).

A Música em Pessoa

"Eu sou trezentos, sou trezentos e cinqüenta" - diz Mário de Andrade, num verso célebre. Fernando Pessoa foi mais contido, em matéria de cifra. Em compensação criou uma heteronímia militante e triunfante, caso talvez único na história das letras universais. Hoje em dia, a presença do autor de "Mensagem" se mede, não em escala nacional, ou continental, mas em termos ecumênicos. Fernando Pessoa é considerado, pela melhor crítica mundial, um dos maiores poetas do século." (Hélio Pellegrino)

No rosto da selva, o verde canto de Jesus

Há três anos, num álbum tão importante quanto inédito, Thiago de Mello, poeta amazonense, desde 1978 de volta ao Brasil após anos de exílio, gravou "Mormaço na Floresta", coleção de poemas extraídos dos seus livros mais conhecidos ("Faz Escuro Mas Eu Canto", "Os Estatutos do Homem", "Vento Geral" e "Canção do Amor Armado"), além, é claro, dos textos inéditos na época.

Francis, a música sempre com classe

Francis (Victor Walter) Hime (Rio de Janeiro, 31/8/1939) é uma imagem da sofisticação musical. Começou a estudar piano aos 6 anos, fez o conservatório Brasileiro, passou 7 anos na Suíça, foi parceiro de Vinícius de Moraes e outros nomes maiores, estudou técnica de música trilhas sonoras em Los angeles. Rico, bem casado - (sua esposa é Olivia Leuthrop Hime, cantora em escalada cada vez maior), Francis só aos 40 anos começou a deslanchar em termos de shows.

Uma dupla competente pra recuperar paiol

Uma boa notícia a todos que se preocupam com a vida cultural da cidade: Marinho Gallera e Paulo Cessar Bottas são, há uma semana, os novos responsáveis pelo Teatro Paiol. Desafio da dupla: recuperar o teatro que como casa de espetáculos vem sofrendo há meses de um crítico processo de ausência de público, ao ponto dos últimos shows ali promovidos (Triângulo, com Luisinho Eça/Luis Alves/Robertinho Silva; Olivia Hime; Francisco Mario e Geraldo Flach e trio) terem reduzidíssimos espectadores.

Olívia Hime

A cantora Olívia Hime, que passou ontem por Curitiba, divulgando seu quarto lp ("O Fio da Meada", Opus Columbia), depois de dois dias em Porto Alegre, é uma das intérpretes mais preocupadas em conhecer trabalhos de novos compositores. Embora esposa do consagrado Francis Hime e sendo ela própria também inspirada letrista, Olívia tem gravado novos autores gaúchos e, ontem, manifestava curiosidade em saber de trabalhos de paranaenses. Um dos grupos que a impressionaram: As Nymphas, especialmente pelas composições de Mara Fontoura.

Mulheres afinadas

Só uma faixa - "Amargo Presente", um samba inédito de Cartola, na qual a voz tem a acompanhá-la apenas o piano magnífico de Antonio Adolfo - já justificaria a inclusão de "Suor no Rosto" (RCA, novembro/83) como um dos melhores discos do ano. Em maio/82, na II Festa Nacional do Disco (Canela, RS), já tinhamos nos emocionado ao ouvir a maravilhosa Beth carvalho, numa roda informal, interpretar esta jóia de Cartola, que ela guardou, sabiamente, para o seu disco deste ano.
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