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Paulo César Pinheiro

Vergueiro, a luta por um espaço brasileiro

"Sou um compositor de 1975 e, apesar das dificuldades de se fazer alguma coisa hoje em dia, não estou nostálgico. Como eu, existem outros compositores, preocupados com a realidade brasileira, tentando mostrar seu trabalho que deve ser ouvido e respeitado. Eu só peço não nos deixem mudos, pelo amor de Deus". (Carlinhos Vergueiro, em 1975)

Geléia Geral

Dentro de uma visão sem preconceitos da música popular, o bregue está a merecer cada vez mais atenção - não só de sociólogos e estudiosos do compotamento do público mas, em termos de marketing. Se assim não fosse, o gênero não cresceria tanto em termos de lançamentos. Afinal, sem ter divulgação na mídia impressa e confinado a prefixos declaradamente bregas, artistas que se dedicam a este gênero têm parcelas expressivas no mercado. E as gravadoras, atentas aos números, não desprezam estes populares capazes de garantirem grandes vendas.

No campo de batalha

O Instituto Nacional de Artes Cênicas continua desenvolvendo um bom trabalho editorial. Na série de palestras sobre Teatro Brasileiro lança agora Maria Helena Kuhner, autora de vários textos infantis, que em sua palestra (de improviso) discorreu sobre a temática "A Linguagem do teatro hoje". xxx José Renato, fundador do Teatro de Arena, de ligações curitibanas (aqui nasceu sua esposa e, entre 1966/67, dirigiu grandes montagens para o TCP, inclusive "Escola de Mulheres", de Molière) será o próximo lançamento da série, que incluiu também João das Neves, entre outros. xxx

João, o sambista, com toda a corda e bossas

"Meu samba sempre foi tirado do peito Quando sai, já sai com meu jeito, Com malícia e opinião Meu samba sempre foi mostrado direito. Por favor, exijo respeito Com a cor do meu pavilhão." ("Primeira Mão", João Nogueira/Paulo César Pinheiro)

Emoção e nostalgia com Baden muito à vontade

Baden Powell começou com uma confissão nostálgica. Estava feliz por voltar a Curitiba, "pois foi aqui, há 40 anos , que fiz uma de minhas primeiras apresentações". Voz clara, violão nas mãos, no palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, o nosso maior violonista foi recordando: - Eu tinha 9 anos. E já acompanhava aquele pessoal todo da Rádio Nacional e Atlântida - Cyl Farney, Eliana, Renato Murce, Adelaide Chiozzo. E lembro-me que foi aqui, em Curitiba, que fiz uma de minhas primeiras apresentações. O violão era maior do que eu...

Miltinho, do MPB-4, em seu bom lp solo

Rui (Alexandre Faria, Combuci, RJ, 1938) foi o primeiro. Há dois anos, pela Barclay, fez seu elepê solo. Sem que isto significasse a separação do MPB-4, grupo vocal formado há 24 anos, em Niterói. Agora é Miltinho (Mílton Lima dos Santos Filho, Campos, RJ, 1944) que também faz seu disco solo ("New Malemolência", etiqueta MilTons, distribuição da Fonobrás).

Joanna, a receita que agrada sempre

Coincidência ou não, em termos de marketing os novos discos de Joana (RCA) e Simone (Cristal", CBS) aparecem quase que simultaneamente. Na capa dos dois elepês, as superstars vêm vestidas de branco. Os repertórios também se aproximam. Deixemos o disco de Simone para depois e fiquemos com Joanna, que neste sexto elepê repete o mesmo esquema anterior: o romantismo abolerado e os sentimentos derramados. Só que com sete anos de carreira, vendendo bem (média de 100.000 cópias por disco) Joanna já pode pretender vôos maiores.

Aldir e Maurício, no melhor disco de 1984

Há quatro anos, Maurício Tapajós (Rio de Janeiro, 27.12.1943), dono já de uma sólida obra com ilustres parceiros - paralelamente a uma das mais lúcidas e corajosas lutas em defesa dos direitos autorais - gravou um elepê como intérprete ("Olha Aí", produção da Sociedade de Artistas e Compositores Independentes Ltda.). No primeiro semestre de 1984, Maurício voltou aos estúdios para fazer um álbum duplo, - desta vez registrando a parceria com Aldir Blanc e realizando aquele que é, em nossa opinião, o melhor disco produzido no Brasil em 1984.

João, o homem do (bom) samba

Em onze elepês lançados em 17 anos de carreira, o carioca João (Batista) Nogueira (Júnior) (RJ, 12/11/1941) firmou-se com um dos mais sólidos compositores e interpretes. Pode-se, mesmo, incluí-lo ao lado de Paulinho da Viola, como um compositor de rara inspiração , excelente voz e que numa consciência profissional que não é comum entre os artistas populares, Ter se integrado ao movimento de revalorização da MPB – idealizando, fundando e presidindo o Clube do Samba, baluarte de resistência a influência e concorrência desleal do lixo supérfluo musical internacional.
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