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Paulo César Pinheiro

Nascimento & Santiago

É estimulante a audição de [elepês] de novos talentos - em termos de gravação e promoção nacional, numa prova de que os caminhos da emepebe continuam abertos a [múltiplos] talentos. Registremos hoje dois destes novos talentos, que embora já com alguns anos de estrada musical, só agora ganharam a chance de fazerem seus primeiros lps: Roberto Nascimento e Emílio Santiago.

A Arte da Phonogram

Entre as gravadoras internacionais que funcionam no Brasil, não há dúvida de que uma das mais bem organizadas é a Phonogram. A multinacional holandesa atravessou na última década uma fase de prosperidade, graças a uma administração dinâmica, capitaneada pelo franco-brasileiro André Midani, de forma que hoje disputa, sempre (e com vantagens) os primeiros lugares em sucesso e, obviamente, faturamento.

Elizeth, informalmente

Em 1973, uma das grandes ausências fonográficas foi a Divina Elizeth Cardoso - que a cada ano comparece com um elepê que sempre [tem] condições de aparecer entre os melhores da temporada. No ano [passado], a Divina fez um bom disco, produzido por Moacyr Silva, [saxofonista] e seu amigo há muitos anos, que deu uma característica [...] à gravação.

Novas da Tapecar

A Tapecar é uma das gravadoras que mais vem prestigiando a legitima música popular brasileira, com uma série de edições de sambistas de bom nível. Por exemplo, está em fase final de gravação o disco de Beth Carvalho. Do disco constam musicas compostas por Nelson Cavaquinho, Paulo Cesar Pinheiro, Gisa Nogueira, Martinho da Vila e Chico Buarque. xxx Já saiu o primeiro elepe de Gilson de Souza ("Pôxa"), com quase todas as músicas de sua autoria, mas prestando também uma homenagem a Pixinguinha, através da regravação de "Gavião Calçudo". xxx

Violões

Dizer que o Brasil é o País dos violonistas talvez seja um pouco de exagero. Pois se temos virtuoses da expressão de Turíbio Santos (que passou uma semana, no Guaíra, fazendo um show admirável ao lado de Alaíde Costa e Copinha), Baden Powell, Sebastião Tapajós (os dois hoje praticamente absorvidos por contratos internacionais na Europa, assim como Turíbio), há também muitos compositores que, mesmo necessitando basicamente do violão, ainda precisam de muito estudo.

Sérgio Mendes, agora o som do "Brasil 88"

O sucesso e a fama custam caro. Vencer nos Estados Unidos, "onde o primeiro é o primeiro, o segundo é nada" tem feito muitos brasileiros que encontraram, a duras penas, o seu espaço americano, sofrerem as mais maldosas críticas no Brasil. Os que aqui ficaram, não perdoam que Sérgio Mendes, Eumir Deodato, Laurindo Almeida, o falecido Bola Sete, Airto Moreira, Manfredo e tantos outros que preferiram os Estados Unidos, acusando-os de "diluidores" da MPB, entreguistas sonoros etc.

E começou a chegar o som da mãe África

Realiza-se agora o que antecipávamos há cinco, seis meses, em registros aqui nesta página: o marketing musical da chamada música negra, com ao menos duas multinacionais - WEA e RCA - voltando-se para conjuntos e solistas africanos. O primeiro pacote negro está nas lojas, nesta temporada em que o mercado pop absorve também o jazz fusion japonês e, vejam só, até um primeiro lp com o rock soviético ("Panorama 86"), que exibe, em primeira audição brasileira sete bandas do Festival de Música Popular Jovem.

Nesta semana do Free Jazz, o melhor do novo e antigo

O sucesso da terceira edição do Free Jazz Festival (Hotel Nacional, Rio de Janeiro, até amanhã; São Paulo, Anhembi, de 8 a 13) trouxe, naturalmente, o maior impulso as gravações de jazz, repetindo-se o que havia acontecido em 1978, quando do I São Paulo - Montreaux Jazz Festival, que engordou o mercado jazzístico nacional com mais de cem exemplares - infelizmente o mesmo não repetindo-se nos eventos posteriores.

O cantor Chico com sinal verde e um álbum excelente do MPB-4

No final de 1974, como sempre acontece, as gravadoras reservaram algumas boas edições de musica brasileira, com nomes de enfrentar o ex-maior (ufa!) fenômeno de vendas -a majestade (sem trono) Roberto Carlos, da CBS, cujos recordes de vendagem já começam a ser superado por gente de melhor nível, como Martinho da Vila . Ao lado das estrelas maiores da melhor MPB.
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