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Lelouch, a ternura que faz o cinema reencontrar as imagens

Claude Lelouch sempre teve os olhos colocados no futuro. Em um de seus mais autobiográficos filmes "Toda uma Vida" (Toute une vie, 1972), uma história que se alongava por várias gerações - como, 10 anos depois, repetiria em "Retratos da Vida" (um dos filmes de maior bilheteria no Brasil nos últimos 5 anos), a história começava no início do século e propunha, ao final, uma continuação até o ano 2.000. Portanto, da útlima coisa que Lelouch iria falar seria sobre a morte do cinema.

"Toda Uma Vida", o melhor programa

A reprise de um filme de 1974, já visto em diferentes ocasiões em várias salas, se constitui na mais interessante programação desta semana sem estréias importantes. "Toda Uma Vida", que Claude Lelouch realizou há 12 anos passados foi, de certa forma, o ponto de partida para uma nova fase em sua carreira: um cinema panorâmico, com ações múltiplas desenvolvidas ao longo de várias décadas. Uma fórmula que Lelouch desenvolveria ainda mais em "Retratos da Vida" (Les Uns et Les Autres), de 1980 - seu maior êxito de bilheteria - e que só em Curitiba ficou seis meses em cartaz no Cinema I.

A noite dos desesperados

Ao redor da vida do homem há certas caixas de vidro dentro das quais, como em jaula se ouve palpitar um bicho (João Cabral de Melo Neto)

OS CAMPEÕES DA CRÍTICA

1. A ROSA PÚPURA DO CAIRO, EUA, 1985, de Woody Allen (92pontos) 2.PARIS- TEXAS, EUA, 1984, Win Wenders(69 pontos) 3. DE VENEZA COM AMOR,Ttália,1983, de FRANCO BRUSSAATI (65 pontos) 4.O BAILE,Itália, 1983, de Ettore Scola (62 pontos) 5. ASAS DE LIBERDADE, EUA, 1985, de Alan Parker(46 pontos) 6. CABRA MARCADO PARA MORRER,Brassil, 1984, de Eduardo Coutinho (43 pontos) 7. AMADEUS, EUA, de Milos Forman (39 pontos Carmen, Espanha, 1983, de Carlos Saura (39 pontos) 8. ERENDINA, França- Colômbia, 1983, de Rui Guerra (38 pontos)

A opinião dos especialistas

ARAMIS MILLARCH, 42 anos, jornalista: crítico de música e cinema de OESTADO DO PARANÁ e revista QUEM. 1. CABRA MARCADO PAR MORRER, Brasil, 1984, de Eduardo Coutinho. 2. DE VENEZA COM AMOR (Dimenticare Venezia), Italia, 1983, de Franco Brusattí. 3. A ROSA PÚRPURA DO CAIRO (The Purple Rose Of Cairo), EUA, 1985, de Woody Allen. 4. UM HOMEM, UMA MULHER, UMA NOITE (Clair de Femme), França, 1979, de Costa Gravas. 5. O BAILE ( Le Bal) França/Argélia, 1984, de Etorre Scola. 6. UM CASO MUITO SÉRIO (No Small Affair), EUA, 1984, de Jerry Schatzberg.

Na Global, o importante é o escritor brasileiro

Não há dúvida: o escritor brasileiro é o centro das atenções da Global Editora durante este ano de 1985. "Aliás", continuará sendo, porque o projeto editorial da Global está todo voltado para a ficção nacional, para a poesia, para a criação do autor deste Brasil" diz, com otimismo, seu diretor editorial, José Carlos Venâncio, acrescentando:

Em "Retratos da Vida" o virtuosismo de Lelouch

A reprise mais aguardada dos últimos tempos: "Retratos da Vida", desde quinta-feira, em 3 sessões no Cinema I (14, 17h15min 20h30min). Exibido apenas uma semana no Cine Itália, em princípios do ano passado. "Les Uns Et Les Autres" reunia condições de permanecer semanas em cartaz, mas, inesperadamente, a cópia foi devolvida ao Rio. Só agora, a Columbia Pictures o relança, espera-se para uma programação mais extensa. xxx

Das reedições a música das novelas a música das imagens tem seu público

Um sólido pacote de trilhas sonoras de filmes, telenovelas e até teatro e "shows", está sendo colocado nas lojas, provando que apesar de afirmações de alguns executivos fonográficos, de que este gênero - válido, antes de tudo como documentação e que tem colecionadores fiéis, pode ser rentável. Há alguns anos, ainda quando na direção de projetos especiais da Polygram, Maurício Quadrio além de ter provado as possibilidades da área clássica e jazzística, editou também a coleção de 10 álbuns duplos intitulada "Hollywood Story", com as sound-tracks dos melhores musicais da MGM.

Love Story em campo verde

Possivelmente "Um Sonho Impossível" (Cine Condor, hoje, último dia em exibição) estará entre os filmes de menor renda do ano. A própria "Cinema International Corporation", proprietária tanto do filme como do cinema que a exibe, não acreditou nesta produção da MGM, realizada em 1975, tanto é que a escolheu para fechar o buraco de uma semana em que muda o sistema de lançamentos: ao invés do sábado, os cines Condor e Lido (também pertencente a multinacional (CIC) passam a estrear seus filmes na quinta-feira, como acontecia na década de 50, em todos os cinemas da cidade.

Para ver, pensar & sentir (II)

Costa-Gravas, hoje aos 47 anos, é considerado como o "mestre do cinema político". Ruben Ewald Filho, um dos mais organizados críticos brasileiros, o classificou como "quem descobriu a fórmula cera de vender suas mensagens políticas, rodando "thrillers" policiais em que os fascistas são os vilões"22.
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